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Resenha - Steve Vai (Tom Brasil, São Paulo, 04/06/2017)

Por Durr Campos
Postado em 09 de junho de 2017

Fotos: Fernando Yokota

Há aproximadamente quatro anos, Steve Vai esteve na capital paulista para promover seu então mais recente registro de estúdio, ‘The Story of Light’, isto é, a segunda parte de uma trilogia cósmica e conceitual de álbuns, por assim escrever. O início deu-se algum tempo antes, em ‘Real Illusions: Reflections’. Enquanto organiza o material para finalizar esta história, o virtuoso guitarrista tem viajado pelo mundo tocando seu, provavelmente, melhor trabalho. Se não é, cabe ao leitor decidir por si só, mas talvez seja mais eficaz afirmar que ‘Passion And Warfare’ é o xodó de seus fãs. O momento oportuno pelos 25 anos de lançamento [nota do redator: Hoje nos seus tenros 27] aportou por esses lados e o resumo de sua passagem por São Paulo pode ser conferido a seguir.

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Pouco se passava das 22h quando uma projeção do filme ‘Crossroads’ [Nota do redator: Lançado em 1986, tinha uma de suas personagens, Jack Butler, interpretado por Vai], nos preparou para receber, por ordem de aparição, o talentosíssimo baterista Jeremy Colson, o fabuloso e premiado baixista Philip Bynoe e um dos mais enigmáticos músicos da atualidade, Dave Weiner. Escrevo isto porque me pergunto sempre que o vejo o seguinte: "Quão bom deve ser um cara para ser o segundo guitarrista na banda de Steve? Tipo, o que ele fez em sua audição que possa ter impressionado o astro?" Enfim, estavam todo ali à espera do patrão, que não demorou a chegar e o fez com sua extravagância de praxe. A não ser que ter neon passeando em uma roupa e instrumento seja algo básico em qualquer guarda-roupas.

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"Bad Horsie", de ‘Alien Love Secrets’ encarregou-se de abrir alas e talvez tenha sido de propósito porque sua primeiríssima visita ao país deu-se no lançamento daquele EP. Se é para comemorar, vamos com tudo. Pensei eu, pelo menos. Apoteótica, assim como "The Crying Machine", do ótimo ‘Fire Garden’ [1996] e ‘Gravity Storm’, daquelas que nos explicam porquê Jeremy segura as baquetas na banda. O quadrilátero amoroso selou-se com um retorno ao ‘Alien...’ em "Tender Surrender", uma das que mais aprecio do rapaz. Que bela melodia, não? O aspecto erótico nela fez seu Steve aconselhar o público a dançar pelado na frente do espelho, inclusive. Hilário! Ele então nos conta um pouco sobre ‘Passion And Warfare’. "Sinceramente, não esperava o sucesso tremendo que foi ao lança-lo. Nem uma turnê para ele pude fazer", disse.

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Na verdade, Vai tinha permissão de David Coverdale [leia-se dos advogados de ambas as partes] para tocar duas ou três durante sua passagem pelo Whitesnake, mais precisamente promovendo ‘Slip of the Tongue’, no qual o estadunidense tocou em estúdio, devido problemas de saúde de Adrian Vandenberg. Foi o suficiente para as vendas de ‘PaW’ subirem consideravelmente. Eu mesmo quando comprei meu LP não conseguia parar de ouvir. Como apenas em casa não era suficiente, tinha de prontidão um cassete para o walkman. Um skatista em seus 12 anos ouvindo disco instrumental nos anos de 1990? Tinha sim e eu não era o único. Não se sente falta de um cantor. A Ibanez daquele homem era a ‘voz’ mais afinada do mundo!

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A ordem das faixas é bem conhecida, portanto "Liberty" fez as honras, causando arrepios e sorrisos por toda a casa. A emenda com "Erotic Nightmares" é uma das mais celebradas no meio. Por isso mesmo, um som mais bem equalizado teria gerado o brilho merecido. Nada demais, apenas alto ao ponto de embolar aqui e acolá. Resolveram logo, porque "The Animal" pedia passagem. Ali tem muito de Zappa, concorda? "Answers", uma das mais acessíveis – se posso escrever assim – contou com uma jam entre Steve e seu camarada Joe Satriani, que gravou um vídeo muito bem sincronizado e pândego. "The Riddle" parecia a versão de estúdio pela execução impecável, afora o peso extra. Já "Ballerina 12/24" significava a chegada dela, a onipresente "For The Love Of God", uma das canções mais bem forjadas que se tem notícia. Lindamente tocada em conformidade ao famoso clipe no telão.

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"The Audience Is Listening" veio acompanhada de mais uma ilustre participação "ao vivo". Desta vez John Petrucci deu as cordas, mantendo acesa a chama e barulheira naquele rico palco. "I Would Love To" trouxe aquela saudade dos bons tempos da MTV. Bom demais vê-lo tocá-la ainda melhor hoje em dia. Há uma clara pegada comercial, mas de modo algum retira o brilhantismo de sua estrutura harmônica. Muito pelo contrário, Vai é um cientista musical das massas, sim senhor! O tracklist de ‘Passion and Warfare’ parece mesmo ter sido construído para ser tocado na íntegra. "Blue Powder" e "Greasy Kid's Stuff" não me deixam exagerar. Podemos a partir deste ponto indagar que o lado A afagava e o B apedrejava. A edição em CD confundiu isto um pouco. A trinca de ouro fez lembrar a proximidade do fim. "Alien Water Kiss", "Sisters" e "Love Secrets" é o triângulo das bermudas na música experimental do último quarto de século.

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"Passion And Warfare seria isto, pessoal", brincou Steve. Era hora do mestre Zappa chegar junto. "Stevie's Spanking" arrancou lágrimas, ainda mais casada com um vídeo ao vivo daqueles tempos. Ainda houve tempo para "Racing the World" antes da turma se retirar de cena. Não demorou e lá estavam eles executando outra das mais finas de sua extensa lista de quitutes: "Fire Garden Suite", mas somente a quarta parte, "Taurus Bulba." Aquele sorriso solto, desenvoltura para tratar com sua audiência e simpatia genuína farão falta. Vai não, Vai!

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Agradecimentos especiais à Free Pass Entretenimento pelo credenciamento e Miriam Martinez pela atenção e carinho.

Set-list em São Paulo:

90" excerpt from the 1986 film "Crossroads" (video intro)
Bad Horsie
The Crying Machine
Gravity Storm
Tender Surrender

Passion and Warfare
Liberty (com vídeos mostrando performances ao vivo antigas)
Erotic Nightmares
The Animal
Answers (com Joe Satriani)
The Riddle
Ballerina 12/24
For The Love Of God
The Audience Is Listening (com John Petrucci)
I Would Love To
Blue Powder
Greasy Kid's Stuff
Alien Water Kiss
Sisters
Love Secrets

Stevie's Spanking (cover do Frank Zappa)
Racing the World

Encore:
Fire Garden Suite IV - Taurus Bulba

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Sobre Durr Campos

Graduado em Jornalismo, o autor já atuou em diversos segmentos de sua área, mas a paixão pela música que tanto ama sempre falou mais alto e lá foi ele se aventurar pela Europa, onde reside atualmente e possui família. Lendo seus diversos artigos, reviews e traduções publicados aqui no site, pode-se ter uma ideia do leque de estilos que fazem sua cabeça. Como costuma dizer, não vê problema algum em colocar para tocar Napalm Death, seguido de algo do New Order ou Depeche Mode, daí viajar com Deep Purple, bailar com Journey, dar um tapa na Bay Area e finalizar o dia com alguma coisa do ABBA ou Impetigo.
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