Whitesnake: Uma pancada atrás da outra em Curitiba
Resenha - Whitesnake (Live, Curitiba, PR, 30/09/2016)
Por Alceste Pagani
Postado em 04 de outubro de 2016
Após a modesta apresentação abrindo show para o Aerosmith em 2013 aqui em Curitiba, o WHITESNAKE retornou à nossa fria capital (que por sinal no dia do show estava em torno de 12 graus) com o show GREATEST HITS.
Uma longa fila já se formava ao lado de fora do local (hoje chamado Live, antiga FÓRUM) às 19h. Show marcado para às 22h.
Fiquei feliz em ver meus "irmãos" (ainda sobreviventes ao tempo) com seus cabelos compridos, camisetas de bandas e copos na mão. Grande maioria do público já com mais idade, como eu (enfim, a banda já tem quase 40 anos) mas também senti alegria em ver muitos moleques na fila, isto prova que o rock ainda está atravessando gerações.
O erro na identificação nas filas na hora da entrada causou um pouco de confusão.
O antigo "calabouço" na frente do palco, local mais frequentado por aqueles como eu, que sempre chegam por primeiro para ficar de frente ao palco, agora está com nova nomenclatura: "PISTA VIP", um mero subterfúgio para cobrar R$250,00 temers pelo local e deixando muitos outros fãs longe dos ídolos, assistindo-os de baixo da pista superior. Convenhamos, assistir um show debaixo de um mezanino? Ninguém merece!
Próximo às 22h vários técnicos se reuniram diante da pedaleira do mestre JOEL. Acenderam lanternas, fuçaram, conversaram e não chegaram a conclusão alguma.
A última música do set mecânico já estava se repetindo pela 4a vez (My Generation - THE WHO) e os técnicos de cabelos em pé.
Enfim, às 22:10h as luzes se apagaram e os gritos ecoaram!!
Mr. DAVID COVERDALE invadiu o palco batendo seu indicador no seu relógio imaginário e dava pra ler em seus lábios: I'm sorry, I'm sorry! (isso sim é respeito pela pontualidade).
A abertura se deu com BAD BOYS.
Em sua nova formação, o grande destaque fica para TOMMY ALDRIGE, que no alto dos seus 67 anos, tocou como nos anos 90. Desceu o "porrete", solou (com direito ao velho solo com as mãos) e no final jogou as baquetas para o público (que bateu na mão do irmão mas foi pega por alguém do lado dele, maldição!!).
O segundo destaque fica para o substituto de DOUG ALDRICH, Mr. JOEL HOESKTRA. Este jovem sr. surpreendeu. Toca demais! Bela presença de palco, cabelo estilo "JONH SYKES", desempenho TWO HANDS perfeito, sempre sorrindo e com direito a pose agachado quando solava! Tecnicamente muito bom! Boa escolha na difícil decisão de substituir um grande guitarrista como DOUG.
O baixista MICHAEL DEVIN também merece elogios. Com um Rickenbacker desgastado (muito bonito), tocou, solou e dividiu vocais em horas mais difíceis para COVERDALE (verdade! ele cobriu o mestre em algumas partes e ainda cantou a parte de GLENN HUGHES em BURN). Não nos deu o privilégio de ouvi-lo tocando harmônica.
REB BEACH cumpriu seu papel como sempre mas achei que ficou distante, tecnicamente falando, de JOEL.
O novo tecladista, assim como todos os outros que passaram pelo WHITESNAKE (exceção para JOHN LORD é claro!) fizeram seu papel e poderia até ter ficado nos bastidores tocando que ninguém sentiria falta. Não solou, não apareceu e limitou-se a apenas ser apresentado: On the Keyboards - Mr MICHELLE LUPI. Apesar de ótimo músico, bons backings vocals, ficou escondido pelo encanto da banda e do desempenho dos outros músicos.
Sobre COVERDALE, sempre simpático, trajado com suas camisas e calças decoradas com logos da banda, ainda cantando bem, não mais como antes mas ele é DAVID COVERDALE, poderia até fazer playback que já seria suficiente.
Um amigo que viaja com o SCORPIONS me disse que esta é Farewell Tour dos SNAKES. Tomara que tenha falado bobagem (uma abraço irmão!!)
O set, como esperado, somente os clássicos dos anos 80 e 90. Uma pancada atrás da outra. Segue o set:
Bad Boys
Slide It In
Love Ain't No Stranger
The Deeper the Love
Fool for Your Loving
Ain't No Love in the Heart of the City
Judgement Day
Slow an' Easy
(guitar solo)
Play Video
Crying in the Rain
(drum solo)
Is This Love
Give Me All Your Love
Here I Go Again
Encore:
Still of the Night
Burn
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