Paradise Lost: "ainda estou esperando pelo show..."
Resenha - Paradise Lost (Carioca Club, SP, 08/12/2012)
Por Maria Clara Rabelo
Postado em 12 de dezembro de 2012
Nunca estive em um show da banda PARADISE LOST. Há tempos estou aguardando pela oportunidade de assisti-la ao vivo. Até que no último sábado (08/12) a minha chance chegou!
Tenho certeza de que assim como eu, outras tantas pessoas que compareceram ao evento sentiam-se da mesma forma. Afinal de contas o último show da banda no Brasil foi em 2008...
Confesso que, diante de tudo isso, a expectativa era imensurável. Resisti à forte tentação de conhecer o possível set list com antecedência... Na verdade, eu queria ser surpreendida; mesmo porque curto o som dos caras de qualquer uma das fases.
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O triste é ter de dizer que logo de cara fui negativamente surpreendida. A música de abertura, "Widow" (Icon, 1993), me deixou com a sensação de que o show "começou pelo meio". Nada contra a faixa, pelo contrário, ela é fantástica. O problema é que ela não cumpre o papel de "jogar um fósforo aceso na platéia"...
Curiosa, ao chegar em casa, fui buscar por outros shows da turnê "Tragic Idol". No Festival Bloodstock Open Air (Reino Unido, 2012) os caras começaram com "The Enemy" (In Requiem, 2007). Certamente, essa foi uma escolha mais acertada... Embora, considere que o show deveria ser aberto com uma música da própria turnê em questão, como: "Crucify", "To The Darkness" ou "Fear Of Impending Hell".
Apesar do som impactante dos instrumentos primorosamente executados pelos caras, algo incomodava na voz de Nick Holmes. Onde estava toda a potência vocal dos CDs e DVDs? Por fim, achei que era "normal"... Até a execução de "Fear Of Impending Hell" (Tragic Idol, 2012), quando uma grave falha no microfone de Holmes jogou um caminhão pipa de água gelada na platéia inflamada! Avisados pela platéia de que não era possível ouvir nada do que Nick cantava ou falava, os membros da banda e seus roadies solucionaram a questão e o som voltou com plenitude instrumental e vocal. Então, veio a certeza de que algo errado acontecia desde o início do show... A impressão que tive foi de que até aquele momento ouvíamos o talentoso Nick Holmes cantando em "mono"...
Mais triste ainda foi que, duas músicas depois de recuperada a plenitude do som, a banda partiu pra um encerramento repentino com "Say Just Words" (One Second, 1997). A platéia se entreolhava e os rostos dos fãs – incluindo o meu – deixavam transparecer algumas coisas como: "Então, é isso?", "Mas, agora que estava ficando bom?", "Não vão rolar mais algumas músicas pra compensar a falha técnica?". O que posso dizer diante do que vi, ouvi e vivi é que sim, foi isso; sim, estava ficando fenomenal; e não... Não fizeram um bis da parte perdida de "Fear Of Impending Hell" e nem tocaram algumas músicas a mais para agradar ao público...
Apesar dos "problemas técnicos", a mescla de faixas dos vários CDs da carreira acalmou os fãs presos ao passado da banda e proporcionou àqueles que, como eu, apreciam toda a discografia uma noite de inesquecível. Mas, quem de fato conquistou todos os fãs brasileiros que compareceram ao show foi o guitarrista Aaron Aedy com muita simpatia e empolgação do início ao fim da apresentação.
Agora, resta torcer por um retorno da banda ao Brasil, para que eu e outras pessoas que viveram esse momento e compartilham das minhas impressões possamos sentir "ao vivo" o real poder do som desses caras!
Setlist (Carioca Club – SP, 08/12/2012)
• Intro
• Widow
• Honesty in Death
• Erased
• Enchantment
• Soul Courageous
• In This We Dwell
• Praise Lamented Shade
• Pity The Sadness
• As I Die
• One Second
• Tragic Idol
• The Enemy
• Embers Fire
• Fear Of Impending Hell
• Faith Divides Us - Death Unites Us
• Say Just Words
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