Paradise Lost: apresentação impecável, mas poderia ter sido maior
Resenha - Paradise Lost (Carioca Club, SP, 08/12/2012)
Por Rafaela Moraes
Postado em 18 de dezembro de 2012
Saindo de Brasília para ver a banda Inglesa, Paradise Lost, posso dizer que foi um momento memorável e supriu as expectativas. Com um público fervoroso, clássicos e canções do então mais recente álbum, Tragic Idol, foram cantadas do início ao fim.
Chegando por volta das 17:00 no Carioca Club, me espantei pois o movimento de fãs por ali era pequeno, se a casa ia lotar eu não sabia, mas aos poucos filas foram se formando. Em um momento rápido, uma van preta parou, e eram eles. A banda, muito carismática, fez questão de acenar e dar um tchauzinho para quem estava próximo à entrada. Com meia hora de diferença, as portas foram abertas, e aos poucos a casa ia enchendo. Acredite, um pouco antes do show começar, ela já estava cheia! nada comparado a uma lata de sardinha, mas bem diferente do oque estava lá fora.
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Começando com poucos minutos de atraso, a banda inicia com Widow, do tão renomado álbum ''Icon'', boa para preencher um sorriso no rosto dos fãs mais antigos porém não tão boa para uma música de abertura. Com Honesty in Death, começam o repertório do ''Tragic Idol'', fazendo todos cantarem em coro o refrão cativante. Erased foi um ponto alto (altíssimo) do show, na qual todos foram a loucura, por assim dizer, deixando os integrantes um tanto quanto surpreso pela receptividade dos brasileiros. Enchantment foi a única tocada do ''Draconian Times'', uma pena, é um álbum amado por todos e deveriam ter mesclado com mais músicas do mesmo. Variando com os álbuns de todas as fases, Soul Courageous não apagou o entusiasmo do público, assim como In This We Dwell também não. Escolha certíssima foi a de escolherem Praise Lamented Shade do ''In Requiem'', belíssima canção, ainda mais ao vivo.
Prosseguindo com as obrigatórias Pity The Sadness e As I die do ''Shades Of God'', esta última levou o público a delírio do início ao fim. One Second seguiu a mesma linha. Com a melhor música do último álbum, em minha opinião, Tragic Idol emocionou a todos. Em The Enemy, o Carioca Club virou um só com o coro que a música leva (outro ponto alto da apresentação).
Com uma interação razoável com o público, o vocalista Nick Holmes, para quem já o conhece de antigas apresentações, sabe de tua timidez e não podem julga-lo tanto assim. Já o guitarrista base, Aaron Aedy, mostrou total entusiasmo, sempre sorrindo. Todos cumpriram seu papel sendo extremamente profissionais, como o esperado. Alguns problemas na acústica do local, infelizmente eram bem perceptíveis, mas foi melhorando aos poucos (bem aos poucos).
Na segunda parte do show, já caminhando para o fim, Nick introduz Embers Fire. Caro leitor, imagine todo o peso que essa música tem no CD e imagine-a ao vivo. De arrepiar, né? Foi o momento para fechar os olhos por alguns instantes e curti-la. Não sei explicar quais sentimentos foram postos a tona naquele momento, simplesmente emocionante. Fechando o repertório do ''Tragic Idol'', tocam Fear of Impending Hell e logo após Faith Divides Us - Death Unites Us, cujo teve um problema grotesco no microfone, fazendo todos revindicarem a volta da música, desta vez, com tudo certo. Por fim, os teclados deram início a última canção da noite, Say Just Words, ótima para tal.
Deixando a sensação de ''quero mais'', o Paradise Lost fez uma apresentação impecável, que poderia sim ter tido mais músicas, mas fazer o que? Conseguimos um show de extrema qualidade, marcando aquela noite em nossa memória.
Setlist:
Widow
Honesty in Death
Erased
Enchantment
Soul Courageous
In This We Dwell
Praise Lamented Shade
Pity the Sadness
As I Die
One Second
Tragic Idol
The Enemy
Encore:
Embers Fire
Fear of Impending Hell
Faith Divides Us - Death Unites Us
Say Just Words
Integrantes:
Nick Holmes- vocal
Aaron Aedy- guitarra
Gregor Mackintosh- guitarra
Stephen Edmondson- baixo
Adrian Erlandsson- bateria
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