RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

O curioso motivo pelo qual o guitarrista do The Smiths considera Eddie Van Halen seu oposto

Max Cavalera odiava a longa "Stairway to Heaven", do Led Zeppelin

As músicas que o Metallica tocou em mais de mil shows

Gary Holt revela que rasgavam as camisetas, mas secretamente ouviam bandas Glam dos anos 80

A curiosa semelhança que Dave Murray e Adrian Smith tinham na adolescência

Os melhores álbuns de metal de 2024 segundo a Rolling Stone

Dave Mustaine não tinha planos de se tornar vocalista do Megadeth

The Beatles, agora e então: Como assim ainda se fala de Beatles?

Produtor de longa data do Black Sabbath revela os segredos do timbre da guitarra de Tony Iommi

A guitarra barata que é imitação de marca famosa e mudou a vida de James Hetfield

Billy Corgan comenta seu álbum favorito do Black Sabbath: "Iommi foi visionário e pioneiro"

O canadense que matou uma família e culpou música de Ozzy

A primeira música que Adrian Smith e Dave Murray tocaram juntos

Baterista do Shadows Fall odiou Metallica e Slayer quando ouviu pela primeira vez

A reação de seu advogado após guitarrista recusar cargo de guitarrista de Ozzy Osbourne


Stamp

Glenn Hughes: qualidades do show superaram os problemas

Resenha - Glenn Hughes (Ilha dos Pescadores, RJ, 17/12/2010)

Por Vitor Bemvindo
Postado em 22 de dezembro de 2010

Colaboração e fotos: Luiz Felipe Freitas

Glenn Hughes - Mais Novidades

O MOFODEU completou nesse ano o seu terceiro aniversário. O primeiro show que cobrimos depois de inaugurar o programa foi o de GLENN HUGHES no Circo Voador, no dia 28 de outubro de 2007. Na "resenha" sobre aquele show (que pode ser lida aqui), utilizei os adjetivos "incrível", "inesquecível", "excelente", "vigoroso", entre outros, para tentar descrever a experiência. Passaram-se mais três anos, e a experiência se repetiu, na última sexta-feira, na Ilha dos Pescadores, e mais uma vez terei que repetir tais adjetivos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Muita coisa mudou nesses três últimos anos, principalmente na minha forma de se apreciar um show. Como podem notar na primeira "resenha", o lado fã transparece de uma maneira efusiva e a empolgação por estar diante de um ídolo pela primeira vez é evidente. O estilo irônico e quase irresponsável na análise daqueles fatos também são pontos que não se pode esconder naquele texto.

Apesar de um pouco menos irresponsável, continuo, no entanto, um apaixonado pela música e por grandes artistas de que marcaram a história do Rock. Os leitores que já se depararam com minhas análises devem ter notado que nunca me revisto de uma pompa de crítico para denegrir a imagem de grandes nomes, nem uso da soberba de muitos para achar defeitos em tudo que presencio num espetáculo. Ao contrário, a paixão pela música é a principal marca do meu texto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Por isso, não há como não falar apaixonadamente do que presenciei no último dia 17 de dezembro. Estive diante de um grande nome da história do Rock que, apesar de pouco lembrado, foi responsável por grandes inovações no Hard Rock. Glenn Hughes foi pioneiro em introduzir no rock pesado levadas com swing típico do soul, do rhythm and blues e do funk. Apesar de ser britânico e branco, Hughes parece ter sua alma nascida no Tennessee, no berço de uma família pobre descendente de escravos africanos que fizeram a América crescer com seu suor e sangue. Não tivesse ele nascido na terra da Rainha, talvez tivesse conseguido um contrato com a Motown nos anos 1970.

Se o Funk Rock introduzido pelo TRAPEZE (banda da qual Glenn Hughes foi fundador) não transformou a história da música, foi importante por seu lado inovador e experimental. Essa característica marcaria a carreira de Hughes, sendo sempre a sua marca registrada nos seus vocais e na sua maneira de tocar contrabaixo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Essa característica foi responsável pela radical transformação no som de uma das mais conceituadas bandas de Hard Rock setentista, o DEEP PURPLE. Após sua entrada no grupo, em 1973, o mundo conheceu um pouco do Funk Rock, antes restrito ao underground.

Por essas e outras é fascinante estar diante de uma figura como essa. Apesar de estar no local inadequado, com uma plateia em número restrito e com o som indigno de sua magnitude, é impossível sair do show de Glenn Hughes sem ter a alma lavada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Para a apresentação na Ilha dos Pescadores, Hughes contou com a ajuda de sua banda de apoio para a sua carreira solo, que conta com Søren Andersen (guitarra), Anders Olinder (teclados) e Pontus Engborg (bateria). Se o grupo não está à altura dos grandes nomes que estiveram ao lado do vocalista/baixista, tampouco se pode dizer que se trata de meros incompetentes. Os músicos, ao contrário, trouxeram uma sonoridade bastante interessante para a apresentação, com um peso "metaliano" que fez um ótimo contraste com o swing do baixo e da voz de Hughes.

O show começou com a "Muscle and Blood", um hard rock tipicamente oitentista com um riff pegajoso, herança da parceria de Hughes com Pat Thrall. Com peso dado pelo seu grupo de apoio, a canção ganhou uma roupagem bem mais interessante.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

O funk rock tomou conta do ambiente quando Hughes e companhia retomaram a primeira canção do Trapeze da noite: "Touch My Life" (do álbum "Medusa", de 1970). Logo depois o pequeno público presente explodiu pela primeira vez, com "Sail Away", um dos destaques do clássico "Burn" (1974), do Deep Purple.

A relação de Glenn Hughes com a plateia merece uma consideração especial. O artista parece ter o público na mão o tempo inteiro. A intimidade que ele cria com os espectadores faz com todos mantenham-se conectados com o palco de uma maneira quase que transcendental. A admiração estava nos rostos dos poucos felizardos que participaram daquele momento.

Toda essa admiração foi recompensada com mais uma canção do Trapeze. "Medusa", que dá nome ao álbum de 1970, foi recentemente regravada pela banda Black Country Communion, projeto de Hughes com o guitarrista Joe Bonamassa, o baterista Jason Bonham e o tecladista Derek Sherinian. A versão executado aqui no Rio se assemelhou muito com a que saiu no disco "Black Country", lançado nesse ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Em seguida vieram dois petardos de sua carreira solo: "You Kill Me" ("The Way It Is" – 1999) e "Can’t Stop the Floor" ("Building the Machine" – 2001). Essa última canção, na minha opinião, um dos melhores trabalhos realizados por Hughes em seus projetos solos.

O Deep Purple voltou a ser lembrado com o melancólico blues "Mistreated". A participação do público, cantando a canção, pareceu surpreender os músicos da banda. O local pequeno favoreceu que o uníssono da plateia entoando tomasse grande vulto, deixando Hughes e seus companheiros visivelmente emocionados.

Logo após esse momento de êxtase, veio outro: "Keepin’ Time", uma obra-prima do álbum "You are the Music... We’re Just a Band" (1972). Mantendo o nível de empolgação nas alturas, seguiu-se "Stormbringer", faixa-título do álbum de 1974 do Deep Purple, que fez o público fazer a pequena casa de espetáculo tremer. A primeira parte do show foi encerrada com "Soul Mover", do álbum solo de mesmo nome, de 2005, que com seu refrão fácil, fez com todos os presentes cantassem em plenos pulmões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Os músicos deixaram o palco por poucos minutos e, quando voltaram, trouxeram a poderosa faixa "Addiction" (que dá nome ao fraco álbum solo de 1996). Para encerrar, com chave de ouro, o que a maioria do público esperava: "Burn", do Deep Purple. Os comentários sobre a reação dos presentes é dispensável.

A apresentação de Glenn Hughes no Rio só faz reforçar a ideia de quem tem acompanhado a carreira do músico nos últimos anos: a de que ele está em plena forma. Os seus trabalhos solos lançados na última década são prova disso. Além disso, o recente lançamento de "Black Country" mostra que o artista ainda tem muita lenha pra queimar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

O local escolhido para o show demonstrou ser inapropriado. Além do difícil acesso, o local é demasiado pequeno e com uma acústica bastante prejudicada. Em algumas partes do show foi difícil compreender o que o cantor pronunciava, problema esse percebido pelos demais músicos que a todo momento sinalizavam para os técnicos com o intuito tentar solucioná-lo. Por outro lado, o pequeno espaço tornou o espetáculo mais intimista, reforçando a relação entre o artista e a plateia.

Vale ressaltar o empenho da produção do evento em trazer o artista ao Rio, mesmo sabendo das dificuldades de encontrar um local adequado para o mesmo e da carência de público para espetáculos desse tipo na Cidade Maravilhosa. Imagino que a Ilha dos Pescadores foi a solução encontrada pelos responsáveis pelo evento, e esse esforço é digno de elogios e não de críticas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Em suma, as qualidades do show superaram todos os problemas e mais uma vez, as palavras para descrevê-lo não são outras senão: "incrível", "inesquecível", "excelente", "vigoroso", etc.

Set list:

Muscle and Blood
Touch my Life
Sail Away
Medusa
You Kill Me
Can't Stop the Flood
Mistreated
Keepin' Time
Stormbringer
Soul Mover

BIS:
Addiction
Burn

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Vitor Bemvindo

Historiador de formação, tem verdadeira adoração pelo Rock and Roll desde sua infância. Seu instinto de pesquisador fez com que "se especializasse" em bandas velhas, especificamente as das décadas de 1960 e 1970. Produz e apresenta o MOFODEU (www.mofodeu.com), o Programa que tira o MOFO do ROCK, juntamente com seu parceiro Luiz Felipe Freitas (a Enciclopédia do Rock). O Programa está no ar desde 2007, tocando só bandas sessentista e setentistas sempre com muita informação e bom humor.
Mais matérias de Vitor Bemvindo.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS