Sonata Arctica: em São Paulo, os clássicos valeram o show
Resenha - Sonata Arctica (Carioca Club, São Paulo, 30/10/2010)
Por Diego Cesar Bortolatto Simi
Postado em 05 de novembro de 2010
Sabadão, véspera de eleições, nada melhor pra dar aquela relaxada do que ver um show do SONATA ARCTICA - que não passava pelo Brasil desde 2008 -, é ou não é?
Pois bem, depois daquela chuvinha marota que caiu pela tarde, os fãs que quase lotaram o Carioca Club - entre estes, muitas minas de cabelo vermelho e caras de óculos - foram torturados por playbacks horríveis que o camarada que cuida do som colocou. E, depois de tudo isso, como já era esperado, a banda não entrou no palco no horário marcado (19h). O que será que Tony Kakko e seus amiguinhos estavam fazendo no camarim nesses 20 minutinhos, hein?
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Atrasos a parte, a intro "Everything Fades To Gray" é tocada e o SONATA ARCTICA entra simplesmente arregaçando com a já famosa "Flag In The Ground", fazendo com que os fãs comecem a pular, se esmagar, banguear, cantar até ficarem roucos e totalmente suados. Logo em seguida, sagazes como são, os nossos camaradas Finlandeses já emendam "Black Sheep" - do disco "Silence" - pra baixar o capeta de vez na galera. E foi o que aconteceu.
Até aí o show ia muito bem, eis que eles começam a até legalzinha "The Last Amazing Grays" e em seguida, "Juliet" e alternando com músicas que relatarei no próximo paragráfo, os caras tocaram "As If The World Wasn't Ending", "In Black and White" e "The Dead Skin". O que se pode ver na execução dessas músicas foi que houve pouquíssima interação entre banda e público. As músicas eram tocadas e os fãs ficavam totalmente calados e parados praticamente o tempo todo. Foi uma parte morta do show. No show do GAMMA RAY em São Paulo esse ano, por exemplo, o público agitou muito em todas as músicas novas que estavam sendo tocadas na Tour, o que não aconteceu nesse caso. As músicas do disco "The Days of Grays" - que na minha opinião são fracas - definitivamente não foram feitas pra serem tocadas ao vivo e fica a lição pra banda não repeti-las mais, pois isso, na minha opinião e na de muita gente quase estragou o show.
Mas se o meu caro leitor pensa que show foi zoado, ruim, está redondamente enganado! Entre as músicas que acima citei, os Lobinhos do Metal arregaçaram com seus grandes clássicos. "8th Commandment" - do disco "Ecliptica" - foi o primeiro deles e a galera quase se matou... a voz dos fãs conseguiu ser mais alta que a do Tony a música inteira e todos gritavam os tradicionais "hey! hey! hey!". Foi foda! Um tempinho depois, veio a lindíssima "Tallulah" - do disco "Silence" - fazendo com que os carinhas de óculos beijassem as minas de cabelo vermelho e os solteiros ficassem só nas palminhas... foi o momento "só love" do show. E, após aturarem uma exibição de solos um tanto quanto masturbatórios do guitarrista Elias Viljanen e de Henkka, o tecladista - que inclusive, ganhou um "happy birthday" por ter feito aniversario semana passada -, Tony Kakko, usando sua elegante calça-de-pijama vermelha e preta, começa a uivar no palco e chegou a hora de "The Cage" - do disco "Winterheart's Guild" - e logo no ínicio com aquele solinho de teclado, o Carioca Club se transforma num verdadeiro inferno, com direito a um repeteco do refrão no final.
Agora, chegara a hora do momento "fanfarrão" de Tony Kakko. De fato, o sujeito estava com a macaca no dia. Além de imitar aqueles tiozinhos dos alpes que fazem "ioileleoileleoileleoi leleitch", nosso amigo barbudo ainda fez o público de bateria, e tocou uma tal de "We Will Rock You". Ora essa...
E se o leitor pensa que acabou, o melhor chegou agora: o megaclássico "Fullmoon" - do disco "Ecliptica" - fez com que todos os lobinhos e lobinhas presentes conseguissem ainda ter forças pra pular e gritar "Run Away! Run Away! Run Away!" no meio do refrão e botar o local abaixo!!! foi realmente o ponto máximo da noite. Foda! Foda mesmo. Fechando com chave de ouro, os nossos queridos amigos mandaram "Don't Say a Word" - do disco "Reckoning Night" - fazendo com que, mesmo exaustos, a galera ainda agitasse pra caramba. E por fim, finalmente, Tony cantalorou a tradicionalmente finlandesa músiquinha de encerramento chamada "Vodka (Hava Nagila)", o SONATA ARCTICA agradeceu o público, e outro pedaço de "Everything Fades To Gray" foi colocado nas caixas de som enquanto a galera ia embora.
Foi realmente um show no capricho, deixando todos moídos depois de tudo, embora com as músicas mais frias, os clássicos compensaram e muito. Enfim, foi muito foda e fica a expectativa de um novo show por aqui. É ou não é?
SONATA ARCTICA -
Tony Kakko - Vocal
Marko Paasikoski - Baixo
Tommy Portimo - Bateria
Henrik "Henkka" Klingenberg - Teclado
Elias Viljanen - Guitarra
Set List -:
01 - Intro - Everything Fades To Gray
02 - Flag In The Ground
03 - Black Sheep
04 - The Last Amazing Grays
05 - Juliet
06 - 8th Commandment
07 - As If The World Wasn't Ending
08 - Paid In Full
09 - Tallulah
10 - In Black And White
11 - The Dead Skin
12 - Solos (Guitarra e Teclado)
13 - The Cage
+
14 - FullMoon
15 - Don't Say A Word
16 - Vodka (Hava Nagila)
17 - Outro - Everything Fades To Gray
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