Theatre of Tragedy: grand finale de uma carreira de 17 anos
Resenha - Theatre of Tragedy (Carioca Club, São Paulo, 27/06/2010)
Por Lidia Zuin
Postado em 03 de julho de 2010
Neste último domingo, dia 27, a banda norueguesa THEATRE OF TRAGEDY veio ao Brasil para o grand finale de uma carreira de dezessete anos compilados em um show de quase duas horas. O Carioca Club, não tão preenchido de fãs de um dos ícones do Gothic Metal, recebeu os espectadores antes mesmo do horário programado para a abertura dos portões.
Perto das 19 horas, a banda goiana VOLÚPIA DE BACO subiu ao palco para abrir uma noite marcada por grupos de metal com vocal duplo: uma mulher e um homem. O nervosismo e timidez dos integrantes deixou a apresentação um pouco a desejar, mas as músicas finais, com mais fôlego nos acordes melhor familiarizou a platéia às composições próprias. Já o segundo grupo de abertura, o paulistano RAVENLAND, apresentou músicas do recente CD "…And a Crow Brings me Back", que foi entregue de brinde na compra do ingresso. As músicas "Soulmoon" e "Nas Asas do Corvo" foram bem acompanhadas em coro incentivado pelo vocalista Dewindson. O único problema foi técnico, já que houve uma falha no microfone de Camilla.
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Às 21h30, as cortinas voltaram a se abrir, trazendo à vista não mais uma banda de abertura, mas a atração principal. Já estavam em posição Erik Torp (baixo), Frank Claussen (guitarra), Vegard K. Thorsen (guitarra), Hein Frode Hansen (bateria), Lorentz Aspen (teclado) – os dois últimos sendo os únicos instrumentistas fiéis à formação de 1993. Pouco depois, Raymond István Rohonyi (vocalista) entrou sozinho no palco, oferecendo um sorriso tímido que se desembaraçaria ao longo do show. Nell Sigland, cantora que bem preencheu o vácuo deixado pela demissão de Liv Kristine, chegou logo depois, demonstrando a delicadeza de uma banda essencialmente formada por homens.
A primeira música, "Hide and Seek", trouxe uma amostra do álbum "Deadland", lançado no ano passado. O ânimo chegou mesmo em "Lorelei", que levou Raymond e Nell para a parte mais baixa do palco. Não só interagiam com a platéia mais próxima como também ofereciam a mão àqueles que não deixaram de estendê-la durante a noite. A surpresa veio com "A Rose for the Dead", que levantou comentários de exaltação por parte da platéia. A partir dai, a idéia de que Nell é tão boa cantora quanto Liv tornou-se indubitável. Outras músicas que animaram a platéia foram "Storm" e "Cassandra".
Sem muito conversar com os fãs, Raymond e Nell se limitaram aos agradecimentos, arriscando fazê-los em português vez ou outra. Após uma breve saída, o encore trouxe "Machine", que foi fortemente acompanhada pela platéia – durante os intervalos de outras músicas, já se ouvia os pedidos por ela. Mais uma vez, Raymond e Nell interagiam entre si, contudo, além de se entreolharem enquanto cantavam, o vocalista resolveu aproveitar a empolgação da cantora para deixar a mão escorregar por seu quadril. Um meio sorriso bastante tímido foi a resposta dela.
Tendo prometido como última canção da noite "Der Tanz Der Schatten", as cortinas se fecharam ao seu fim e as luzes parcialmente se acenderam. Algumas pessoas entenderam aquilo como um adeus, porém, poucos minutos depois, Nell voltou ao palco acompanhada do tecladista Lorentz. A vocalista agradeceu à equipe de produção e aos presentes naquela despedida, justificando que, afinal, tudo termina. Assim, ela anunciou "Forever is the World", desfazendo as esperanças de quem acreditava que os dois fariam dueto para "…A distance there is", que, inclusive, fez falta.
Apesar de o show ter sido equilibrado, no sentido de bastantes exemplos de composições feitas ao longo da carreira, nenhuma música do álbum "Assembly", que marca a fase industrial do THEATRE OF TRAGEDY, foi tocada.
SETLIST
"Hide And Seek"
"Bring Forth Ye Shadow"
"Lorelei"
"Frozen"
"Ashes And Dreams"
"A Rose For The Dead"
"Fragment"
"And When He Falleth"
"Venus"
"Hollow"
"Storm"
"Image"
"Cassandra"
"A Hamlet For A Slothful Vassal"
"Fade"
Encore:
"Machine"
"Der Tanz Der Schatten"
"Forever Is The World"
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