Review: Shrinebuilder, Steve Von Till e A Storm of Light
Resenha - Shrinebuilder (Independent, San Francisco, 07/03/2010)
Por Luiz Mazetto
Postado em 08 de abril de 2010
Já passava das oito horas da noite, horário oficial da Califórnia, quando A Storm of Light adentrou o palco do Independent, em San Francisco, CA, com a missão de divulgar o álbum "Forgive Us Our Trespasses" e abrir o show da grande atração da noite, o supergrupo Shrinebuilder.
Apoiados por uma bela e talentosa cantora lírica, os três rapazes provaram, durante cerca de meia hora, que poderiam ser atração principal em outras ocasiões, tamanho poder de fogo do som que tocam. Belas imagens projetadas em um telão ao fundo do palco amplificavam a força da massa sonora executada pela banda, que transborda influências de Neurosis, mas com uma pegada mais metal. Após receber os aplausos do já numeroso público, o grupo liderado por Josh Graham (que também cuida da parte visual do Neurosis) deixou o palco para a próxima atração da noite.
A montagem do equipamento do único integrante demorou quase o mesmo tempo que a apresentação anterior. Mas a espera valeu a pena, pois o próximo da lista era Steve Von Till. Antes de iniciar seu show, o guitarrista e vocalista do Neurosis convidou o público para sua "espaçonave", em referência à quantidade de pedais de guitarra e equipamentos à sua volta. E realmente foi uma viagem. Em pouco mais de 40 minutos, o músico que parecia tocar por dez, apresentou canções do projeto instrumental Harvestman e de sua carreira solo, como "Breathe" e "My Work is Done", que ganharam um clima ainda mais soturno graças à sua verdadeira parede de guitarras, remixadas e tocadas ao vivo em seus pedais e pedaleiras, ora calmas e suaves, ora agressivas e sujas como em um show do Neurosis.
Após o excelente show do Steve Von Till, o grande nome da noite teria que fazer uma grande apresentação para impressionar (pelo menos a mim). Confesso que já havia ficado de cabelo em pé quando assisti à passagem de som do Shrinebuilder, enquanto esperava para entrevistar os membros da banda, vindos de grupos tão importantes como Neurosis, Melvins, Saint Vitus e Om. Mas não tinha ideia do que estava por vir no show... Mesmo com Scott Kelly não podendo urrar como de costume por um problema na garganta, a apresentação foi demolidora. Destaque especial para a cozinha da banda, formada pelo John Bohamn moderno, Dale Crover, e pelo grande Al Cisneros, que parece ir para outro dimensão ou cosmos enquanto toca milhões de notas em seu baixo. Aliados aos dois Scott´s, Kelly e Wino, a banda produz um som já próprio, calcado em um doom metal, ora setentista, ora mais atual, alternando sempre o peso e a calmaria, quase chegando a uma sensação de eterialidade em alguns momentos. Além das músicas do primeiro disco auto-intitulado, lançado no final de 2009, pela Neurot Recordings (gravadora das três atrações da noite), o supergrupo também tocou duas músicas novas e um cover do Joy Division, "24 Hours", que devem estar todas presentes no próximo disco, ainda sem previsão de lançamento.
Realizei sim meu sonho de adolescência ao assistir Scott Kelly e Steve Von Till ao vivo, mesmo que não na mesma banda. Mas acima de tudo assisti à três apresentações incríveis por menos de 15 dólares, em uma boa casa de shows e com ótimo som. Tomara que um dia os promotores de shows do Brasil consigam fazer algo perto disso.
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