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Allman Brothers & Eric Clapton: com chamas saindo dos dedos

Resenha - Allman Brothers & Eric Clapton (Beacon Theatre, NYC, 19/03/2009)

Por Mateus Tozzi
Fonte: ericclaptonportal.com
Postado em 20 de julho de 2009

Nota do editor: esta resenha feita por um fã chamado Michael Cummings, foi publicada originalmente no meio de várias outras do ericclaptonportal.com.

Eu tive a felicidade de estar no Beacon theatre em Nova Iorque no dia 20 de março para presenciar o que se tornou o melhor concerto que eu já vi. E eu já vi mais de cem shows na minha vida.

A excitação no local era palpável. Eric Clapton tinha tocado seis músicas na noite anterior com os Allmans, que estão celebrando seu quadragésimo aniversário com uma série de shows e convidados fazendo um tributo a Duane Allman.

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Rumores estavam circulando por Nova Iorque na sexta de que Bob Dylan também poderia aparecer para o show daquela noite. Algumas pessoas estavam preocupadas pois, caso ele aparecesse, ele ofuscaria a presença de Eric ou até mesmo diminuiria o tempo de Clapton no palco. Bom, estou feliz de dizer que não houve nada com o que se preocupar, pois Bob Dylan não apareceu.

O primeiro set do Allman Brothers abriu com uma maravilhosa versão de "Little Martha" tocada somente pelo baixista Oteil Burbridge. Então toda a banda subiu no palco e logo a abertura de "Mountain Jam" começou a preencher o local. "Mountain Jam", a segunda música da noite! Derek estava em chamas com sua guitarra slide. Enquanto os Allmans seguiam em frente com o set, ficou aparente que Warren Haynes estava em uma noite excepcional também. Por melhor que Dicky e Duane eram, eu não consigo imaginar que eles poderiam tocar nada melhor do que Warren e Derek estavam tocando. Para o final do primeiro set, o grupo detonou uma jam de blues - a linha de baixo era reminiscente do riff de "Truckin" do Grateful Dead. A jam finalizou numa reprise de "Mountain Jam" para concluir o primeiro set.

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Por si só esse primeiro set estava entre os shows mais empolgantes que eu já tinha visto. Agora estavam todos ansiosamente aguardando o segundo set e a aparição de Clapton. Iria Eric se conter e deixar os holofotes para o Allmans? Iria ele tocar solos polidos e deixar o Allmans ter a noite deles? Como Eric iria tocar músicas do Allman Brothers? Sim, eles compartilham uma afinidade pelo blues, mas o Allmans tem uma veia bem jazzística. Como Eric reagiria a isso?

A tensão aumentou quando o técnico de guitarra de Clapton, Lee Dickson, foi visto no palco preparando o equipamento de Eric. Logo, as luzes escureceram e eu pude ver uma guitarra acústica. Dylan estaria aqui realmente? Isso era possível? Não, era a guitarra de Gregg Allman e a banda fez uma versão sublime de "Melissa", uma das músicas favoritas de Duane escrita por Gregg, embora essa versão não tenha sido tocada por Derek. Warren tinha largado sua Les Paul e estava tocando a sua ES 335. Então, Derek apareceu e eles tocaram uma magnífica "Leave My Blues At Home". Era certamente a hora para Eric. Nós esperamos o suficiente. Mas o Allmans nos surpreendeu com uma jam prolongada em "No One Left To Run With". Nenhum sinal de Eric ainda. Assim que a jam terminou, os membros estavam falando uns com os outros, então Warren foi ao microfone e disse, "Aqui está alguém que não precisa de apresentação, por favor dêem boas vindas a Eric Clapton," e o lugar foi a loucura!

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Eric apareceu com um enorme sorriso na cara e pegou uma strato azul Daphne. De repente, a sessão de ritmo articulada do Allman Brothers começou detonando "Key To The Highway" num tempo muito mais rápido do que estamos acostumados a ouvir Eric tocando. Clapton começa a cantar depois de um solo de introdução e então faz um solo seguido por Derek. Maravilhoso.

Os licks de Eric relembram o que ele fez no seu álbum "Layla And Other Assorted Love Songs." O que viria depois? Eu escuto Warren tocando os primeiros acordes de "Stormy Monday", uma música presente nos sets dos dois artistas durante os anos. Dessa vez, é o arranjo do Allmans e Derek faz o primeiro solo, seguido por Gregg, então Warren. Finalmente, Eric dá um passo a frente e não desaponta. Faz mais do que o esperado. Derek e Warren estão em chamas esta noite e Eric claramente não aparenta querer ficar pra trás.

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A próxima foi "Dreams", uma das primeiras músicas de Gregg e uma música que Duane tocava sua guitarra slide em afinação padrão. Eric, surpreendentemente, faz o primeiro solo e parece que o material do Allman não será um problema pra ele pois ele detona em um solo espetacular, seguido por Derek com Warren, fazendo perfeitamente a guitarra slide de Duane. Warren claramente não vacila no slide, pois arrebenta um solo selvagem. Que show!

Eric tocou seis músicas na noite anterior, então eu senti que teria mais 3 canções com ele para terminar. De repente, o riff de abertura de "Why Does Love To Be So Sad" sai dos falantes e a galera vai a loucura. O clima é ardente e Eric começa disparando. Quando ele chega no primeiro verso todo o teatro está cantando junto! Eric detona seu melhor solo da noite não economizando nada e depois Warren aparece com seu próprio solo. Então, Derek começa a parte de Duane com Eric e Derek trocando riffs enquanto a música gradualmente começa sua desaceleração. A canção dura cerca de 8 minutos e imediatamente se torna a minha favorita da noite.

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Isso não durou muito tempo, já que Eric começou a tocar o arranjo do Dominos para "Little Wing" de Jimi Hendrix. De novo, a platéia vai a loucura. Clapton faz como Derek e Warren. Eu não consigo imaginar 3 guitarristas melhores no palco ao mesmo tempo como estou vendo e escutando. É incrível! As performances são de cair o queixo! Eric está tocando como eu nunca o vi tocar. Ele é agressivo e brutalmente rápido. Ele toca como se estivesse nos seus dias de Cream, energia saindo de sua guitarra. Ele e o Allmans deixaram Jimi (Hendrix) orgulhoso. E agora é a hora de "Layla". Tenho certeza disso. Eu daria certeza. Apostaria dinheiro. Lá vem. Espere! O que estou escutando?

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Por que tocar "In Memory Of Elizabeth Reed" com Eric Clapton? Essa é uma instrumental de Dicky Betts que mostra claramente o que o Allmans faz de melhor - as jams longas de jazz. O que Eric irá fazer com isso? Realmente não é seu estilo. Tenho absoluta certeza que ele nunca tocou isso. Ele irá ficar apagado? Essa música tem essas harmonias de guitarras gêmeas. Como ele vai se encaixar?

A questão é apresentada quando a jam se inicia. O primeiro é Derek, que mais uma vez tem Clapton como um expectador em descrença com aqueles imensos sons com seu trabalho de slide. Todos estão sorrindo de orelha a orelha, incluindo a banda. Como Eric vai acompanhar isso? Ele não sabe essa música. Gregg é o próximo com seu solo bluesy de órgão hammond e então... Eric começa o solo de maneira selvagem, arregaçando completamente, sem economia, solando incrivelmente, como eu nunca tinha visto antes. Mas é incrível e de cair o queixo. Ninguém segura o homem. Ele pegou o que ele já sabe tocar e incrementou isso com alguns toques. Chamas estão saindo de seus dedos!

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Agora eu penso "coitado do Warren ter que solar na sequência". Bem, Warren é um sujeito crescido e eu não tenho com o que me preocupar. Sabiamente ele diminui o ritmo, deixando a energia do solo de Eric para trás. Criar sua própria energia. E é isso que ele faz, construindo de novo a tensão onde Warren absolutamente está pegando fogo, tocando esses licks incríveis com a platéia gritando a seus pés. Incrível, magistral e virtuosamente tocado por esses três guitarristas, como nada que eu tenha visto antes. Um verdadeiro monstro de três cabeças! A música termina, todos chocados com o que acabaram de testemunhar. A mais poderosa performance de música que eu já vi ou ouvi. Eu não consigo dizer nada a não ser uma certa palavra de quatro letras que fica pulando na minha mente. Meu cérebro está procurando pelo poder da fala. A banda e Eric dizem boa noite e saem do palco para se preparar para o bis. Como eles podem sequer conseguir caminhar depois daquilo?

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Meu amigo se vira pra mim e diz, incredulamente, "O que eles podem fazer após isso?" Claramente, se Dylan estivesse esperando no backstage, ele estaria indo pra casa a essa hora, não haveria jeito dele subir no palco depois disso. Seria como tocar depois de Jimi Hendrix em Monterey após ele tocar fogo na sua guitarra. Pergunte ao Grateful Dead sobre isso. Eu apenas me virei para o meu amigo e disse "Layla". Logo, os caras voltam para o palco e a abertura de "Layla" começa a navegar pelo lugar. Um rápido solo de Eric e então Derek - que estava canalizando Duane para a parte de slide na contibuição de Jim Gordon para a música. Danny Louis do Gov´t Mule, que ajudou no primeiro set com ".44 Blues" de Howlin´ Wolf, tocou a parte de piano. Então todos agradeceram a platéia e saíram do palco, mas eu duvido que os pés deles tocaram o palco. Eu sentei no meu assento pela primeira vez naquela noite, e ficamos conversando 3 horas e meia. O que tinha acabado de ver, eu pensei... "Bem, é fácil. O melhor concerto... de todos".

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Sobre Mateus Tozzi

Mateus Tozzi nasceu em 1988 em Sorocaba-SP e vive até hoje nessa cidade do interior paulista. Começou a se interessar por Heavy Metal em 2001 assistindo a apresentação do Iron Maiden no Rock In Rio III, e desde então, leva consigo uma enorme paixão pela música pesada. Suas bandas preferidas São Dio, Iron Maiden, Judas Priest, Sepultura, Slayer e Deep Purple. Atualmente faz o curso de Processamento de Dados e pratica guitarra.
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