Van Halen: a obra prima de Eddie Van Halen
Por Denison Souza Rosario
Postado em 19 de novembro de 2020
Desde que o grande guitarrista holandês Edward Lodewijk Van Halen, mestre que reinventou a guitarra junto com Jimi Hendrix, veio a perder sua luta para um câncer cruel no último mês de outubro, os músicos e colunistas vem citando quais são os seus melhores solos.
Um solo de guitarra não deve ser julgado apenas pela sua beleza ou celebridade, mas, pela sua estrutura, como um todo.
Sabemos que Eddie Van Halen tem o hábito de solar em pequeno espaço de tempo, falando muito com pouco; inclusive é notório em "Beat It", de Michael Jackson, que o espaço destinado ao solo ficou longo para Eddie solar, ficando um buraco vazio apenas com instrumental antes do solo (observe com atenção na música isso), e nesse espaço sobrando, para não ficar tão tedioso, foi introduzido um belo bater de batuta de maestro clássico, como que abrindo com chave de ouro o solo do grande guitarrista, que é executado na metade do espaço destinado a ele.
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Se formos considerar a linguagem da mão esquerda, o uso de todas as técnicas da mão direita de Eddie (que é o maior diferencial do holandês), os efeitos, modulações e variação de ritmos, o solo mais estruturado do mestre holandês é o da música "Top Jimmy", do álbum "1984". A música, do começo ao fim, descortina todas as técnicas de Van Halen. Até mesmo a base da guitarra nessa música é diferenciada! E o solo é a sua maior obra prima. O solo, inclusive, entra um segundo antes do vocalista acabar a frase, causando um efeito majestoso e contextualizado. Em curtíssimo espaço de tempo, Eddie Van Halen consegue, repito, falar muito com pouco; não é um solo melódico, não é um solo bonito, talvez por isso, não muito lembrado; tem, ao contrário, uma antibeleza altamente contemporânea, pela falta de melodia reconhecível (nos faz até lembrar o seu herói: o guitarrista de jazz Allan Holdsworth) e este mesmo solo consegue expor várias e diversas técnicas que fizeram sua celebridade de forma orgânica e inteligentemente estruturada, variando o ritmo do solo a cada momento (no final o ritmo fica rapidíssimo) num espaço de tempo impossível para outro guitarrista qualquer, com exceção de Allan Holdsworth.
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