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Bangers Open Air

As novas faces do progressivo: Änglagård

Por Roberto Lopes
Postado em 02 de abril de 2006

Poucos grupos ligados à vertente sinfônica do progressivo pós-década de 70, e mesmo alguns dessa época áurea, possuem tanto respeito e admiração dentro do público progressivo quanto o sexteto sueco Änglagård. O grupo teve uma carreira meteórica, com menos de cinco anos de existência e apenas dois discos de estúdio, mas suficiente para revelar uma nova geração de bandas e músicos progressivos suecos nos anos 90, injetando ânimo para o público progressivo, carente de bandas que revivessem a grandiosidade de grupos como Yes, Genesis e King Crimson.

O grupo foi formado em Estocolmo em 1991, quando os músicos Tord Lindman e Johan Högberg, entusiastas do rock progressivo, procuraram músicos que seguiam suas influências e que tinham interesse em, literalmente, reviver essa sonoridade. Com a adesão de Thomas Johnson, Jonas Engdegård, o jovem e promissor baterista Mattias Olsson e, por último, a flautista Anna Holmgren, o grupo estava formado, caindo em extensivos ensaios e apresentações em 1992. Ainda nesse ano, o grupo conseguiu encontrar uma gravadora, com o sugestivo nome de Mellotronen, para produzir e gravar seu material. No fim desse ano, "Hybris", o primeiro disco da banda e um dos melhores discos de progressivo dos últimos tempos, foi lançado.

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O disco impressiona pela semelhança da sonoridade do grupo com o que de melhor era feito no progressivo sinfônico há 20 anos. As principais influências do grupo eram de grupos suecos como o Kaipa e Trettioåriga Kriget, evidentes na faixa "Ifrån klarhet till klarhet", misturando art rock, elementos musicais nórdicos e medalhões do progressivo sinfônico, em especial Genesis (fase Peter Gabriel) e King Crimson (fase "Larks tongues in aspic", isto é, 1972-74). A mudança de elementos sonoros, de sons pesados caindo para momentos de quase silêncio e de belas passagens de teclado e piano bem parecidos com Tony Banks, é característica nessas faixas. Todo esse "revival" era feito de forma surpreendentemente original, fugindo do plágio ou cópia, com destaque também para a qualidade técnica de seus músicos: seja o som de baixo à Chris Squire de Högberg, os belos efeitos de teclados e melotron de Johnson, a virtuosa bateria de Olson (na época com apenas 18 anos) e a bela e discreta flauta de Holmgren.

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A receptividade do disco foi muito boa, porém não muito grande. Mas em 1993 ocorreu a oportunidade de consagração do grupo com o público progressivo, com sua apresentação no festival Progfest, nos Estados Unidos, chance muito bem aproveitada em uma apresentação antológica, com direito a um bis regado ao clássico do Genesis "The musical box". O grupo acabou sendo aclamado a grande revelação do estilo. Todavia, o grupo também ganhou críticos, especialmente aqueles ligados ao neoprogressivo, que viam na proposta do grupo em reviver literalmente a sonoridade de bandas como Genesis e King Crimson, usando melotrons e instrumentos dos anos 70, como um retrocesso para o estilo. Realmente, em alguns momentos, a proposta soa um tanto retrô demais, o que, porém é relevado pela iniciativa do grupo em reutilizar idéias há muito esquecidas dentro da proposta sinfônica do progressivo.

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Em janeiro de 1994, o grupo entrou novamente em estúdio e, após longas e tensas sessões, lançou seu segundo trabalho, "Epilog". O disco mostrava novamente o grupo procurando recriar o melhor do progressivo em sua música, porém tentando incorporar outras sonoridades, com experimentalismos, efeitos sonoros e até a inclusão de elementos mais jazzísticos, mas que não modificava significamente sua sonoridade e – o mais importante - não atrapalhava o excelente resultado final. Totalmente instrumental, o destaque era a longa faixa "Höstsedj", um misto de experimentalismo e King Crimson, e as faixas "Skogsranden" e "Sista somrar", que mostram um grupo coeso e com grande personalidade.

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Infelizmente, tudo o que é bom dura pouco. Após um longo período de desentendimentos, alguns membros do grupo preferiram seguir outros caminhos fora do Änglagård, e o grupo encerrou suas atividades ainda em 1994, no ápice do sucesso. E o público progressivo, que mal havia acabado de encontrar seu mais novo ícone, teve de aceitar seu repentino fim. Porém, a insistência dos fãs para um retorno e a vontade dos músicos em tocar juntos novamente fizeram com que a banda retornasse brevemente entre 2002 e 2004, ainda que restrita a algumas apresentações ao vivo e parcas faixas inéditas ainda não gravadas. Em 2009, o grupo, depois de um longo hiato, retornou a ativa, trabalhando novas composições, e após um longo período de ensaios e gravações, foi lançando o terceiro disco de estúdio, "Viljans Öga", em julho de 2012, surpreendentemente mantendo o alto nível obtido nos dois discos anteriores. Graças ao sucesso obtido pelo grupo, o cenário sueco receberia a aprovação do público e da crítica para promover sua música, revelando grupos como Anekdoten, Pär Lindh Project, Landberk, Paatos e Liquid Scarlet, fazendo com que a cena nórdica fosse a mais profícua dentro dessa vertente progressiva na década de 90.

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Änglagård, um dos pouquíssimos grupos que souberam reviver a essência do grande rock progressivo e um dos poucos grupos pós-anos 70 realmente obrigatórios para se conhecer o estilo.

Discografia recomendada: "Hybris" (1992), "Epilog" (1994).


Roberto Lopes, 27, é arquivista e moderador do Ummagumma, onde é conhecido como bobblopes. O Ummagumma é um fórum que procura discutir todas as vertentes do progressivo. Todos estão convidados a visitá-lo e discutir a música progressiva, desde os medalhões sinfônicos até as bandas mais experimentais.

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Sobre Roberto Lopes

Arquivista, professor, cientista da informação e pseudo escritor de música nas horas vagas. Apesar de mais focado no Rock Progressivo e clássico, também curte metal, punk, rock alternativo e indie Rock.
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