Gravadoras processam brasileiros por download
Fonte: Terra
Postado em 18 de outubro de 2006
Responsável por 5% dos downloads ilegais de músicas em todo o mundo, o Brasil está na mira de uma campanha global da indústria fonográfica contra a pirataria digital. A iniciativa provocou a abertura das 20 primeiras ações judiciais contra internautas do País.
"Essas pessoas não são nossos clientes, eles estão roubando música. O que eles fazem não é diferente de entrar numa loja e roubar um CD", disse em coletiva de imprensa o presidente-executivo da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), John Kennedy, no hotel Copacabana Palace.
A entidade afirma que os 20 brasileiros alvos dos processos são responsáveis, cada um, por tornar disponível na Web entre 3 mil e 5 mil músicas para download sem pagamentos de direitos autorais. Eles foram encontrados através das próprias redes de compartilhamentos de arquivos e não foram identificados pela IFPI.
Segundo a entidade, o internauta brasileiro que faz downloads ilegais de música pertence principalmente às classes A e B e tem entre 15 e 24 anos, o que levou os defensores dos direitos autorais a enfocar sua campanha na conscientização.
Pesquisa apresentada pela IFPI, em parceria com o instituto Ipsos, mostrou que mais de 1 bilhão de faixas de música foram baixadas ilegalmente no ano passado no Brasil. Enquanto isso, desde 2000, o faturamento das gravadoras caiu quase pela metade.
Em 2005, foram vendidos 55 milhões de CDs legítimos no país contra quase 75 milhões de CDs baixados ilegalmente - numa média de 14 faixas por disco - além de outros 40 milhões de piratas vendidos nas ruas. "É muito difícil mudar a mentalidade das pessoas que já fazem os downloads ilegais. Onde realmente temos feito progresso é com os novos usuários de música digital", acrescentou Kennedy.
Com esses números, o Brasil foi escolhido pela IFPI para o lançamento de sua campanha mundial, na qual 8 mil processos judiciais foram abertos contra pessoas acusadas de pirataria online.
Protesto
A Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD) será responsável pela implantação da campanha no Brasil. Entre as medidas adotadas, o envio de mensagens instantâneas aos usuários das redes de compartilhamento (conhecidas como P2P) é uma das maiores apostas da entidade. "O nosso objetivo propriamente não é processar as pessoas, mas mandar um avisos aos usuários ilegais", afirmou o diretor da ABPD, Paulo Rosa.
Do lado de fora, impedidos de entrarem na cerimônia do lançamento da campanha da IFPI, membros da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro entregaram um manifesto criticando as ações contra internautas brasileiros e propondo mudanças na lei de direitos autorais.
Os manifestantes afirmaram que essas mesmas ações em outros países não diminuíram o número de downloads ilegais e defenderam uma mudança no modelo de negócios, minimizando o papel das gravadoras em favor do repasse direto do consumidor para os artistas.
"A lei de direitos autorais brasileira é incompatível com os desenvolvimentos tecnológicos recentes. Nosso atual regime de direito autoral transforma qualquer usuário de Internet em um potencial criminoso e infrator de direitos", afirma o comunicado divulgado pelos manifestantes a jornalistas.
A aposta da indústria fonográfica é o crescimento dos sites legalizados de vendas de música, que têm contratos com as gravadoras. Esse mercado ainda é bastante incipiente no Brasil, e os próprios empresários vêem dificuldades em conquistar consumidores.
Para Felippe Llerena, sócio-diretor do iMusica, seria necessária uma grande campanha de incentivo para que os internautas aceitem pagar pelas músicas que atualmente conseguem gratuitamente. "Não sabemos como fazer para essas pessoas simplesmente deixarem de baixar música de graça e pagar por elas. Acho que os artistas poderiam participar disso junto aos jovens, talvez essa seja a única maneira", disse Llerena à Reuters, acrescentando que o iMusica tem média de 25 mil canções vendidas por mês com custo entre R$ 0,99 e R$ 2,49.
Reuters
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



AC/DC anuncia show extra no Chile e encerra adição de datas na América do Sul
Como James Hetfield, do Metallica, ajudou a mudar a história do Faith No More
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
Os três clássicos do Iron Maiden que foram "copiados" do Michael Schenker Group
A melhor banda de metal de todos os tempos, segundo Scott Ian do Anthrax
Os dois solos que, para Ritchie Blackmore, inauguraram a "guitarra elétrica inglesa"
A opinião de Rafael Bittencourt sobre bandas que ficam se apoiando no "Angraverso"
A melhor música de cada disco do Metallica, segundo o Heavy Consequence
A única música do "Somewhere in Time" do Iron Maiden que não usa sintetizadores
West Ham une forças ao Iron Maiden e lança camiseta comemorativa
A música que encerrou todos os shows que o AC/DC fez no Brasil
Filhos de líderes do Kiss anunciam o projeto Stanley Simmons
Opeth anuncia show no icônico Anfiteatro da Pompeia para 2026
A maior lenda do rock de todos os tempos, segundo Geezer Butler do Black Sabbath
John Bonham criticou o Deep Purple para Ritchie Blackmore (e levou o troco)
Por que Ira! nunca fez tanto sucesso quanto Capital Inicial, segundo Edgard Scandurra
O impagável apelido que Andre Matos deu a Luis Mariutti por sua pontualidade


Simone Simons: a nudez na capa de Divine Conspiracy
Not Troo: João Gordo posta foto com James Hetfield na Disney
Túmulos: alguns dos jazigos mais famosos do Metal nos EUA
Dupla sertaneja desvirtua clássico do Pink Floyd
A música que gerou desentendimento entre membros dos Titãs, mas se tornou um grande hit
Metal Progressivo: os dez melhores álbuns do estilo



