Tom Gabriel Fischer: A juventude problemática do líder do Celtic Frost
Por Rafael Alexandre Tamanini
Fonte: Blabbermouth
Postado em 22 de janeiro de 2007
Em uma entrevista para a revista Guitar World de janeiro de 2007, o líder do CELTIC FROST, Tom Gabriel Fischer, reconta os detalhes chocantes de sua juventude problemática e explica como a música e a guitarra se tornaram a fuga para a sua solidão e agressividade. Alguns trechos da entrevista seguem abaixo:
GW: Você ainda mantém contato com a sua mãe?
Fischer: "Não falo com ela há muitos anos. Eu não sei mais onde ela mora ou mesmo se está viva. Eu não me importo, odeio minha mãe. Há alguns anos atrás minha tia disse que evitou que minha mãe cometesse suicídio, e meus primeiros pensamentos foram que ela não deveria tê-la salvo. Carrego um grande ódio pela minha mãe. E estamos falando apenas de uma pequena parte de minha infância. Passei por milhões de coisas piores quando fiquei mais velho".
GW: Em que ponto da sua juventude você começou a tocar algum instrumento?
Fischer: "No final dos anos 70, uma nova onda do heavy metal estava surgindo, e era muito excitante. Primeiro com a New Wave of British Heavy Metal, e em seguida a América foi contaminada. Quero dizer, como você não pegaria um instrumento se fosse fã da música? E eu tinha muitas emoções presas dentro de mim, esperando para sair, mas eu não tinha nenhum outro jeito de colocá-las para fora. Eu não tomava drogas nem bebia: a música se tornou a minha droga. Eu era tão estranho na minha pequena cidade, que nem uma namorada eu conseguia arrumar. Então o que sobrava? Música".
"Inicialmente eu queria ser um baixista. Eu sempre estava procurando por músicas mais pesadas e logo eu descobri o RUSH. Eu realmente gostava do que Geddy Lee estava fazendo, e especialmente seu baixo Rickenbacker. Depois disso descobri o MOTÖRHEAD e novamente lá esta o baixo no papel principal. A partir daquele momento ficou claro que eu precisava ser um baixista e tocar um baixo Rickenbacker".
GW: Como você diria que suas habilidades como guitarrista progrediram através dos anos?
Fischer: "Habilidades técnicas nunca importaram para mim, porque tudo estava na forma de se expressar. Eu queria me expressar com sons, não com demonstração de 'técnicas de dedo'. Eu só queria ser capaz de reproduzir na guitarra o que eu sentia dentro de mim, algo que era muito negro".
GW: Deve ser uma sensação muito legal saber que você deixou sua marca na música do mundo, especialmente vendo o jeito que você começou.
Fischer: "Não me levo muito a sério e nem acho que seja importante que eu deixe minha marca no mundo. Tudo é extremamente perecível. Um dia eu morrerei assim como uma folha ou um pedaço de madeira. E isso é bom; é o caminho do mundo. Eu sou só um pedaço da poeira cósmica do Big Bang. È tão importante que Tom Fischer deixe sua marca na música? Eu não acho. Se meus álbuns deixam algumas pessoas felizes por algum tempo, sim é muito legal. Eu sei que estou fazendo uma coisa, mas isto realmente quer dizer algo?"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
Download Festival anuncia mais de 90 atrações para edição 2026
O disco do Metallica que para James Hetfield ainda não foi compreendido; "vai chegar a hora"
Os melhores guitarristas da atualidade, segundo Regis Tadeu (inclui brasileiro)
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
A música do Kiss que Paul Stanley sempre vai lamentar; "não tem substância alguma"
Max Cavalera fala sobre emagrecimento e saúde para turnê desafiadora
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
Greyson Nekrutman mostra seu talento em medley de "Chaos A.D.", clássico do Sepultura
"Guitarra Verde" - um olhar sobre a Fender Stratocaster de Edgard Scandurra
Mais um show do Guns N' Roses no Brasil - e a prova de que a nostalgia ainda segue em alta
Como era sugestão de Steve Harris para arte de "Powerslave" e por que foi rejeitada?
AC/DC confirma show único no Brasil em São Paulo para fevereiro
O artista que Neil Peart se orgulhava de ter inspirado
A banda que Dave Grohl acha "indiscutivelmente a mais influente" de sua geração

A banda de metal extremo que é referência para Mark Tremonti (Creed, Alter Bridge)
A reflexão de Tom G. Warrior sobre "Cold Lake", o álbum farofa do Celtic Frost
Confira 5 shows que você não pode perder no Setembro Negro Festival 2025
Heavy Metal: os dez melhores álbuns lançados em 1985


