A reflexão de Tom G. Warrior sobre "Cold Lake", o álbum farofa do Celtic Frost
Por João Renato Alves
Postado em 16 de outubro de 2025
Lançado em 1º de setembro de 1988, "Cold Lake" foi o quarto álbum de estúdio do Celtic Frost. Contando com o vocalista e guitarrista Tom G. Warrior e uma nova formação, o disco contava com uma sonoridade mais melódica, tentando alcançar o mercado mainstream da época, que tinha no hard rock uma de suas forças.
No entanto, o experimento se mostrou um fracasso. O público antigo abandonou a banda e possíveis novos adeptos não apareceram. Em entrevista ao canal colombiano Alejandrosis, o frontman refletiu sobre o erro cometido, que deixou marcas indeléveis, apesar de a credibilidade ter sido reconquistada posteriormente.


"Sou músico há 44 anos e já fiz muitos discos. Em quatro décadas e meia, você também comete erros. Sou um ser humano. Estou muito, muito longe da perfeição. 'Cold Lake' foi um experimento que achamos que seria interessante na época. Queríamos um disco um pouco mais positivo, melódico, festivo. Mas acabou sendo um grande erro artístico. Acho que o álbum é uma catástrofe em nível artístico. Tem uma produção ruim, composições ruins, letras ruins, uma apresentação ruim. Trabalhamos com um produtor que não era muito adequado para o Celtic Frost, então acho que é provavelmente o pior álbum da minha carreira. É o pior álbum de 44 anos como músico."

Ainda assim, Tom consegue colocar o play sob um espectro positivo em alguns aspectos. "Ele foi lançado em 1988, 37 anos atrás, então é bastante tempo. Aprendi muito desde então. Tornei-me um músico muito melhor. Tornei-me produtor. Acho que 'Cold Lake' foi um passo importante para me tornar mais crítico comigo mesmo, analisando meu próprio trabalho e implementando um padrão de qualidade mais elevado. Então, embora musicalmente eu ache que é um álbum terrível, provavelmente me tornou um ser humano mais maduro e um músico mais maduro e experiente."
"Cold Lake" foi o único disco do Celtic Frost que não ganhou relançamento – e Tom não parece disposto a mudar de ideia até o momento, mesmo com o álbum se tornando item de colecionador, com valorização cada vez maior pelo status de "cult" que alcançou. Algumas faixas foram retrabalhadas na compilação "Parched with Thirst Am I and Dying" (1992).

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