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Death Metal: O headbanger que se tornou membro da Al Qaeda

Por Rívia Coimbra
Fonte: New Yorker
Postado em 01 de fevereiro de 2007

(Tradução de trecho da matéria publicada no New Yorker)

Um artigo de 22 de janeiro da revista The New Yorker de Raffi Khatchadourian intitulado "Azzam o Americano" discorre sobre Adam Gadahn — um cidadão americano da California do Sul e membro do "comitê de imprensa" da Al Qaeda, que postou na internet que durante um tempo esteve obcecado com "música Heavy Metal demoníaca" antes de se mudar para Orange County e descobrir a fé Islâmica. Confira um trecho da história a seguir:

"Quando ele completou 15 anos, [Adam] descobriu outra forma de interagir com outras pessoas além da fazenda onde morou até os 16 anos: através de uma 'obscura' subcultura musical chamada Death Metal".

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"Death metal é uma derivação extrema do Heavy Metal, uma reação à superficialidade da cultura popular dos anos 80. No início dos anos 90, bandas que tocavam Death Metal se consideravam parte de uma elite de vanguarda. Eles regulavam suas guitarras de maneiras não convencionais, e alguns, influenciados por músicos clássicos, compunham músicas em que eram requeridos um alto grau de disciplina e virtuosidade técnica para serem tocadas. No palco, os artistas frequentemente usavam calças de lycra para ostentar seu físico atlético e se mostrarem despretensiosos; o estilo de vocal que constitui a assinatura do gênero é um grunhido pesado ('Nós gostamos quando é simplesmente podre', disse um músico). É uma subcultura apaixonada por sua ofensividade, e obsessiva em proteger sua pureza artística".

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"Phil Gadahn [pai de Adam] 'não era particularmente louco por isso', disse Rich Haupt [um colecionador de discos que se tornou amigo do pai de Adam nos anos 90], 'mas se ele tivesse sido capaz de enxergar além da estética obscura ele poderia ter entendido o interesse de seu filho na música'. Spinoza Ray Prozak, um ex D.J. de Death Metal, falou: 'Death metal é um movimento extremista. Nós somos pessoas que não gostam da sociedade moderna. Nós achamos que ela é um caminho para a morte, perdição, destruição, horror; é parte da maneira moral como vemos o universo. Várias músicas de Death-Metal falam sobre doença, especialmente o tipo de doença que destrói por dentro, que te incapacita, e que não há como lutar contra, de forma que você deve esperar que te consuma lentamente. Muitas músicas são sobre paralisia, ferimento, necroses'. Enquanto Phil Gadahn em sua música se focava em redenção, Death Metal se foca na decadência. Adeptos do gênero geralmente declaram rejeitar a Cristiandade, mas o fazem com uma estrutura religiosa, usando a linguagem e imagens do Paganismo ou do Satanismo, ao invés do ateísmo. Fans que perdem o interesse pela música, o que acontece com a maioria, frequentemente se tornam religiosos".

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"Não está claro quando Gadahn conheceu o Death Metal, mas por volta de 1993 ele decidiu aprender o máximo possível sobre isso. Muitos dos seus seguidores, ele descobriu, eram adolescentes pensantes como ele. Eles buscavam, nem tanto por uma maneira de liberar seu ódio mas por uma experiência autêntica e poderosa. 'Enquanto o Heavy Metal atrai muitos caras que levantam peso e amassam latas de cerveja, Death Metal é uma combinação realmente interessante de gente, mas muitos são só nerds', disse Prozak. Gadahn comprava cópias de pequenas revistas alternativas que continham listas de fãs que queriam trocar álbums ou fitas cassete. Ele escrevia para as pessoas das listas, e os envelopes que retornavam eram cheios de fitas e pedaços de papel contendo nomes e endereços de ainda mais fãs que queriam se corresponder. Segundo Prozak, 'ele provavelmente mantinha contato, no mínino, com várias centenas de pessoas pelo mundo todo. Ele levava isso muito a sério. Ele lia sobre a música, ele pesquisava o máximo que podia. E ele, que tinha cerca de dez álbums e achava legal, se transformou em um cara que tinha acesso à quase tudo do gênero'. Na época, a Internet ainda não era comum, e o Death-Metal underground devia parecer exclusivo e de dificíl alcance. Mais importante, essa rede de correspondência tornava a geografia irrelevante. Era um mundo ao qual Gadahn podia pertencer".

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"Para os adolescentes do underground do metal que chegaram a conhecer Adam Gadahn, ele foi sempre uma figura obscura. Como um amigo lembrou, ele era 'uma voz no telefone, algumas fitas no correio, algumas cartas'. Alguns dos seus correspondentes se lembram que ele era altamente extremo; outros dizem que ele era bobão. Ele falava sobre questões sociais, ou sobre revistas em quadrinhos da Disney que tinham o Tio Patinhas, e Huguinho, Zezinho e Luisinho, que ele adorava. Algumas vezes ele ficava com amigos tanto tempo no telefone que eles se perguntavam como ele pagava a ligação. Em todas as suas conversas, Gadahn se mostrou educado, altamente culto, e veemente, além de possuir uma voz calma e agradável. Ele tinha como amigos universitários que eram anos mais velhos que ele. 'Adam era realmente inteligente e um cara muito legal', disse John E. Brown II, que era um estudante da Universidade de Wyoming quando Gadahn lhe enviou sua primeira carta. Chris Leffler, que tinha uma banda em Kentucky chamada CATACLYSM, trocou inúmeras cartas com Gadahn e 'nunca percebeu quão novo ele era'. Jeff Hayden, o guitarrista da banda TIMEGHOUL, de Missouri, o relembrou como 'um jovem de grande personalidade e cômico'.

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O artigo na íntegra (em inglês) pode ser lido no link abaixo.

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