Paul Stanley: "impossível parar com o Kiss"
Por Marco Néo
Fonte: Blabbermouth
Postado em 07 de maio de 2007
Courtney Devores, do Charlotte Observer, recentemente conversou com o guitarrista/vocalista Paul Stanley, do KISS, sobre seu trabalho como pintor. Segue a entrevista:
Você sempre foi um artista visual, tanto quanto um músico?
Paul: "Desde quando eu era bem pequeno, pelo que me falam, eu era razoavelmente talentoso para as artes. Eu cresci em Nova York freqüentando a "escola-irmã" daquela que é abordada no filme 'Fama'. Eu freqüentava a escola pela arte, mas acabei sendo direcionado para a música".
Quando você começou a pintar?
Paul: "Há mais ou menos seis anos eu passei por um divórcio. O meu melhor amigo me disse, 'você precisa começar a pintar', coisa à qual eu nunca tinha me dedicado antes. Então eu comprei algumas telas e tubos de tinta e comecei a trabalhar. Foi na verdade uma jornada emocional muito poderosa, que me permitiu mergulhar no meu íntimo de uma forma que foi muito mais fácil através da pintura do que seria através de palavras. Eu intencionalmente evitei uma pintura que fosse mais realística. Isso, pra mim, tira todo o poder emocional da arte".
Então por que os quadros do KISS?
Paul: "Os quadros da banda eu fiz porque eu sabia que os fãs de KISS iriam gostar. Eu não gostaria contudo de me comprometer a fazer mais quadros assim, foi somente uma forma de agradecimento".
Você acha que os colecionadores não sabem que você é o Paul Stanley do KISS?
Paul: "Muitas das pessoas que adquiriram minha arte não tinham idéia de que eu era o autor quando os viram. Pra mim isso é um grande elogio".
Como evitar que uma exposição em uma galeria se torne uma convenção de fãs?
Paul: "É importante avisar a todos que não é uma sessão de autógrafos. Há tempo e lugar para isso, e uma galeria de arte não é o local mais adequado. Obviamente, os fãs irão aparecer de qualquer jeito. Eu creio que seja uma ótima idéia de apresentar a arte para pessoas que normalmente não teriam esse acesso".
Você coleciona arte?
Paul: "Eu colecionava muita 'Art Nouveau', 'Tiffany Lamps' e coisas desse período. Atualmente não há nenhuma obra de pintor famoso na minha casa. Eu perdi algumas oportunidades e até hoje eu fico me perguntando por que não comprei um Picasso".
Você ficou satisfeito com a resposta ao seu trabalho?
Paul: "Me senti enormemente gratificado e agradecido. Eu tendo a agir - tanto na música como na arte - de maneira a evitar ser esnobe e de fazer coisas mais ligadas para gente que não se preocupa se os outros estão olhando pra ver o que elas estão fazendo. Por outro lado, essas pessoas também não se importam de gastar um dinheirinho com isso".
Recentemente você lançou um álbum solo. Você também tem planos para o KISS no futuro próximo?
Paul: "Eu não poderia parar com o KISS nem que eu quisesse. Nós faremos alguns shows neste verão (no hemisfério norte) pra dar uma 'alongada nos músculos'. Não vai ser uma turnê. O trabalho para o KISS sair em turnê é grandioso, algo como colocar um avião cargueiro em funcionamento".
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