"Eu sou uma vadia de Internet", diz Lars Ulrich, baterista do Metallica
Por Gabriel Costa
Fonte: Blabbermouth
Postado em 11 de outubro de 2009
Em 29 de setembro, o baterista do METALLICA, Lars Ulrich, foi entrevistado por Cindy Scull, da rádio texana 97.1 The Eagle Rocks. Confira trechos da conversa abaixo.
Sobre os rumores de que o METALLICA estaria organizando uma turnê com os "Big Four" — as quatro grandes bandas da cena thrash metal underground da década de 1980, grupo que inclui, além do próprio METALLICA, SLAYER, MEGADETH e ANTHRAX.
Ulrich: "Isso ganhou vida própria. Eu não sei o que eu poderia acrescentar ao assunto. Até onde eu sei, nós não falamos com ninguém sobre isso; nós só falamos a respeito entre nós. E, obviamente, porque você acaba sendo pego no rumor da coisa toda, me perguntam a respeito umas quatro vezes por dia.
Eu queria poder te dar uma exclusiva... Eu não sei o que dizer. Certamente poderia ser divertido, se todo mundo estivesse disposto; nós certamente estaríamos dispostos. Mas não é algo iminente; não é algo que está sendo discustido para janeiro. Todo mundo tem seus próprios planos e todo mundo está fazendo suas próprias coisas, mas em algum ponto, é claro, na situação certa, eu acho que poderia ser superdivertido.
Escuta, os caras no METALLICA certamente adoram nostalgia, adoram linhagens, adoram fazer os fãs entenderem como as coisas, tipo, vieram a acontecer, e ligar os pontos e todo esse tipo de coisa, então eu definitivamente estaria disposto a isso. Mas eu ainda não dei nenhum telefonema. Mas veremos o que vai acontecer. Eu tenho certeza que definitivamente poderia acontecer um dia."
Sobre se ele tinha alguma ideia sobre no que estava se metendo quando enfureceu muitos fãs ao declarar uma batalha de alto nível com o Napster em 2000, por causa de downloads ilegais de música.
Ulrich: "Aquilo foi só um sonho ruim, nunca aconteceu. [Risos].
Você conhece a expressão 'compartimentalizar' algo? Está numa parte do meu cérebro que eu raramente posso acessar, mas...
Olha, não há glória em nada daquilo. Nós assumimos uma posição e muitas pessoas não concordaram com a posição que assumimos. Um monte de gente agora vem e diz, 'Vocês estavam certos o tempo todo,' me dando tapinhas no ombro, mas mesmo assim foi um verão muito bizarro, e eu não obtive nenhuma glória daquilo.
Nós sempre lutamos por aquilo em que acreditamos, sempre lutamos por uma espécie de necessidade impulsiva de defender o METALLICA de qualquer protesto ou qualquer pessoa que meio que venha contra nós — é quase como uma mentalidade de gangue; proteger o que é seu — e isso nos colocou em alguns mau bocados, como você sabe muito bem, mas ainda assim, obviamente foi a coisa certa a fazer, porque nós nos jogamos naquilo. Eu gostaria que estivéssemos um pouco melhor preparados para o que estava vindo, mas escute, foi há quase 10 anos.
Ao contrário da crença popular, a questão nunca foi com a Internet, a questão nunca foi com a prática do donwload... A
questão foi... Bem, eu vou dizer de uma forma um pouco mais politicamente correta. Foi sobre de quem era a decisão. O que nós estávamos defendendo era... eu não tenho problemas com dar nada de graça, eu não tenho problemas com a Internet. De quem é a decisão sobre se você quer dar algo de graça? Nós sentimos que essa decisão deveria ser nossa, e outra companhia tomou essa decisão por nós, e nós sentimos que isso era meio fora de linha, então fomos lá em busca de algum tipo de retribuição ou coisa do gênero (Ri) — 'Vamos lá, faça dez flexões por ter feito aquilo.' Então a coisa toda ficou um pouco maluca. Mas nós sempre fomos totalmente pró... Eu sou uma vadia de Internet — Eu fico na Internet tempo demais todo dia — e eu tenho 13 iPods e tudo o mais. Então essa não era a questão. É sobre quem toma as decisões. Se você quer dar as suas coisas de graça, então eu dou as minhas coisas de graça, mas essa decisão é minha."
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