Confira raridades do AC/DC e músicas esquecidas da era Bon Scott
Por Vitor Bemvindo
Fonte: MOFODEU
Postado em 20 de novembro de 2009
Na era da informação, da internet e da música digital é cada vez mais difícil falar em raridades. Com poucos cliques é possível conseguir quase qualquer faixa já lançada no mercado musical, muitas vezes sem precisar ter que desembolsar um só centavo. O mercado fonográfico está se polarizando, cada vez mais, entre lançamentos digitais e edições para colecionadores. O AC/DC é uma das bandas mais pródigas em itens para colecionadores, o que proporciona também algumas jóias musicais perdidas nas prateleiras de alguns privilegiados.
Um dos motivos do AC/DC ter tanto material pouco conhecido pelo grande público é a duplicidade dos lançamentos feitos pela banda. Como todos sabem, a banda se formou na Austrália, onde estouraram e lançaram seus primeiros trabalhos. Conforme o grupo passou a conquistar espaço no mercado europeu e norte-americano, seus trabalhos foram relançados, muitas vezes de forma bem diferente das versões originais australianas.
Esses lançamentos australianos, por sinal, são objetos de desejo dos admiradores da banda, e chegam a ter preços exorbitantes no mercado de colecionadores, principalmente quando são originais da época, em vinil. Antes de estourar internacionalmente, o AC/DC lançou dois álbuns exclusivamente no seu país de origem, pela Albert Productions, "High Voltage" e "T.N.T", ambos de 1975.
Após assinar com a Atlantic Records, o grupo lançou internacionalmente um novo disco, homônimo ao seu primeiro lançamento australiano, que na verdade é uma compilação dos dois trabalhos anteriores. Por conta disso, algumas das faixas desses discos não ficaram muito conhecidas, como por exemplo, "Stick Around" e "Love Song" (provavelmente a única balada gravada pelo AC/DC), do "High Voltage" australiano, e versão de "School Days, de CHUCK BERRY, que saiu no T.N.T.
Outro aspecto apreciado pelos colecionadores são as diferentes artes das capas dos lançamentos. "High Voltage", por exemplo, saiu com três capas diferentes: a original australiana; uma segunda na versão original européia, lançada em 1976; e a mais conhecida internacionalmente.
Uma curiosidade sobre o T.N.T. é que, apesar de ser o segundo álbum, há entre as faixas do disco, uma das primeiras composições do grupo, "Can I Sit Next to You Girl", lançado como lado B do primeiro single da banda, ainda com o vocalista original, Dave Evans. O single, de 1974, é uma verdadeira raridade, que traz no lado A, a faixa "Rockin' in the Parlour". A canção em questão é bem diferente do estilo que a banda adotaria a partir 1975. A versão de "Can I Sit Next to You Girl" que vem no T.N.T. já é uma regravação, com vocais de Bon Scott.
O segundo lançamento internacional do AC/DC, "Dirty Deeds Done Dirt Cheap", também teve sua versão australiana, que saiu alguns meses antes, com uma capa diferente e com algumas faixas distintas. Entre as canções que só saíram na terra dos cangurus está o excelente blues-rock "R.I.P. (Rock in Peace)" e o clássico "Jailbreak", que já havia sido lançado como single em 1974. As versões da faixa-título e de "Ain't No Fun (Waiting Round to Be a Millionaire)" lançadas internacionalmente foram editadas em relação às originais e tem durações menores.
Em compensação, a versão internacional de "Dirty Deeds..." veio com uma faixa que na Austrália só saiu como single, "Love at First Feel".
Em 1977, "Let There Be Rock" foi lançado em março, na Austrália, e em junho, no resto do mundo. Mais uma vez, os dois lançamentos tiveram diferenças marcantes. A mais visível está na capa, mas as faixas estão em ordens diferentes e na versão australiana há "Crabsody In Blue" no lugar de "Problem Child", que na Oceania já havia sido lançado no álbum anterior.
A partir de 1978, os lançamentos do AC/DC passaram ter suas versões originais lançadas em outras partes do planeta. A versão norte-americana de "Powerage" é idêntica à australiana. Na Europa, no entanto, o disco saiu com uma faixa a mais: "Cold Hearted Man", que recentemente saiu na caixa "Backtracks". A arte da capa saiu idêntica em todo o mundo.
O último disco da banda com os vocais de Bon Scott foi o primeiro a ser lançado simultaneamente em todo o planeta e com as mesmas faixas. A arte da capa australiana, contudo, tem algumas diferenças. O álbum, no entanto, marcou a internacionalização definitiva da banda. A partir de "Highway to Hell", o AC/DC se tornou uma banda do mundo.
Algumas gravações raras da banda saíram na caixa-tributo a Bon Scott, lançada como "Bonfire", em 1997. O box traz gravações ao vivo da banda nos estúdios da Atlantic Records, em Nova Iorque, em 1977, e no Pavillon de Paris, em 1979. Além de uma versão remasterizada de "Back in Black" (disco lançado como um tributo a Bon Scott), a caixinha traz um CD recheado de raridades. Esse disco foi intitulado "Volts" e traz, entre muitas outras coisas, a versão original de "Whole Lotta Rosie", que se chamava "Dirty Eyes", que tinha letras e até a harmonia bem diferentes da faixa que viria ser um clássico do AC/DC. Da versão original só se aproveitou, basicamente, o riff.
"Volts" traz, ainda, versões alternativas para "Touch Too Much" e "If You Want Blood You Got It" e "Get It Hot", além da versão original de "Beatin' Around The Bush" que anteriormente se chamou "Back Seat Confidential".
Quer ouvir algumas dessas raridades e outras músicas esquecidas pela banda e pelos fãs. Acesse o site do MOFODEU, o Programa que tira o MOFO do ROCK, e ouça o podcast número 074: "AC/DC Além do Óbvio". Ao invés de ficar ouvindo sempre as mesmas canções da banda, conheça algumas pérolas perdidas no link abaixo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
O álbum do rock nacional dos anos 1980 que Prince ouviu e gostou muito do trabalho
Ex e atuais membros do Pantera, Pentagram, Dark Funeral e Fu Manchu unem forças no Axe Dragger
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
Box-set do Rainbow com 9 CDs será lançado em março de 2026
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
A maior linha de baixo do rock, para Geddy Lee; "tocaria com eles? Nem a pau"
Iron Maiden confirma segundo show da "Run For Your Lives Tour" em São Paulo
O dia em que Romário foi assistir a um show do U2 - e não gostou do que viu
Höfner vai à falência e Paul McCartney lamenta em declaração
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
Matt Tuck fala sobre show com Limp Bizkit no Brasil e a morte de Sam Rivers
A música que era country, mas acabou virando um clássico do rock progressivo
A banda que nunca fez um álbum ruim, de acordo com Ozzy Osbourne; "grandes e profissionais"
Plano do Pantera era dar um tempo após "Reinventing the Steel", segundo Rex Brown
Como Beatles transformou xingamento a Mick Jagger em nome de álbum clássico da banda
Quando a TV Globo jogou Raul Seixas pra escanteio e ficou com Renato Russo
O álbum pesado dos Titãs que Nando Reis considera "horrível"; "Eu não ouço esse disco"

Os 5 artistas e bandas de rock mais pesquisados no Google Brasil em 2025
A banda clássica de rock em que Ozzy Osbourne era viciado: "Eles são como carne e batata"
5 rockstars dos anos 70 que nunca beberam nem usaram drogas, segundo a Loudwire
O álbum do AC/DC que era o preferido de Malcolm Young, e também de Phil Rudd
Como Pete Townshend "salvou" o AC/DC, talvez sem nem saber que estava no meio do rolo
"Vale a pena gastar salário mínimo no show?": Andre Barcinski critica preço do AC/DC em SP
Quando Paul McCartney apresentou o AC/DC para Dave Grohl; "Eu gosto de rock alto"
Site americano aponta 3 bandas gigantes dos anos 1970 que quase fracassaram antes da fama
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
Debate: "Highway to Hell" ou "Back in Black" - qual é o melhor álbum do AC/DC?
Spin: os 40 melhores nomes de bandas de todos os tempos
Paul Stanley relembra como o Kiss tratava bandas de abertura, como o AC/DC



