Amoeba Music: maior loja de discos abre site revolucionário
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 03 de fevereiro de 2013
A mega-varejista musical sediada na Califórnia AMOEBA MUSIC, a última grande loja de discos, entrou pra era digital com os dois pés, inaugurando um novo e belo web site reformulado. E possivelmente o elemento mais intrigante desse site, e um reflexo direto da filosofia ‘cava mais fundo’ da Amoeba, é a assim chamada seção ‘Vinyl Vaults’ – milhares de LPs, discos de 78 e 45 RPM raros e fora de catálogo que fluem nas três lojas da empresa a todo instante – mas agora disponíveis para venda através de download pago.
"Temos digitalizado bastante", diz JIM HENDERSON, que é dono da Amoeba junto com os sócios MARC WEINSTEIN, KAREN PEARSON e DAVE PRINZ. "O que você vê agora é o que ficou perdido, não foi valorizado, tudo de gravadoras falidas, artistas obscuros, coisa que a gente realmente apoia. A maioria é rock, com muito jazz, muito blues, um pouco de country, alguns falados. Tem esquisitices, claro."
Muitos dos LPs tem sido remasterizados a partir da melhor referência encontrada em vinil. Já há 1000 títulos à venda, mas a Amoeba vai adicionar de 10 a 15 todo dia.
Weinstein afirma que caso uma venda seja feita, o dinheiro vai para uma conta de garantia. "Se alguém disser, ‘Esse disco é meu’, bem, OK, podemos retirá-lo ou vendê-lo, e você fica com esse belo master digital. Vamos vender o disco, vamos promovê-lo, vamos assinar um contrato."
O site – www.amoeba.com – que tem vendido CDs, discos de vinil, DVDs, acessórios, tranqueirada e colecionáveis já há 18 meses, e enviando-os [DE GRAÇA] para colecionadores ao redor do mundo – foi lançado em sua versão beta no dia 2 de outubro passado.
O site oferece agora uma vasta gama de downloads digitais, que incluem não só a coleção de vinis raros, mas também uma referência de mais de 4500 biografias de artistas e mais de 6500 resenhas.
A arrumação da casa levou seis anos, a um custo estimado pelos sócios da Amoeba como em torno de 11 milhões de dólares. O projeto empregou 200 pessoas.
A Amoeba está vendendo seus ‘Vinyl Vaults’, que podem ter amostras ouvidas via streaming no site em três categorias de preço, de acordo com a qualidade das faixas: 78 centavos por um MP3, 80 centavos por um M4A Lossless e US$ 1.50 por um WAV.
Não importa qual o formato preferido, as faixas mais antigas passaram por uma extensa faxina sônica, assim como por uma remasterização que assombra os discos de 78 RPM. "Há percussão e outras coisas que você não conseguia ouvir num disco de 78", diz Weinstein. "Nós temos um engenheiro em particular que de fato conseguiu lidar com as inconsistências, estática, tudo para extrair todo o som sem perder nada."
No ramo há 22 anos, a Amoeba tem agora 500 empregados e opera as três maiores lojas de discos dos EUA: sua loja original de 1000 metros quadrados em Berkeley deu inicio a tudo em 1991. A filial de 1800 metros quadrados em São Francisco abriu em 1997em um antigo boliche. E sua maior localização, a de2600 metros quadrados e dois andares em Hollywood foi inaugurada em Novembro de 2001.
Apesar da queda em vendas que atingem toda a indústria, as cifras da Amoeba não caíram em 2012 se comparadas às do ano anterior – a empresa permanece sendo uma Mecca para consumidores de música, mesmo uma década depois do fechamento de lojas rivais, como a Tower Records e as Virgin Megastores.
Mas enquanto a Amoeba entra para o admirável mundo novo do varejo digital, a loja não vislumbra de modo algum sair da venda de produtos físicos. Na verdade, os sócios veem seu projeto na rede como um anexo aos negócios tradicionais da empresa.
"Nosso objetivo é ter um site que ajude a divulgar as lojas", diz Henderson. "Nós vemos isso como uma relação muito cíclica, e o próximo passo lógico a ser dado por nós."
Henderson afirma que ele sente que o site poderia ser uma fonte de lucro se a Amoeba conseguir fazer com que as grandes gravadoras se juntem a eles e o Vinyl Vaults se torne popular. Weinstein vê o site como um imã para audiófilos.
"Adoraríamos sertão abrangentes como achamos que todo tarado por discos quer que sejamos", ele diz, "então há um lugar pra ver a profundidade do catálogo de todo mundo, para aprender mais sobre eles e trocar informação com outros colecionadores."
Texto na íntegra- em inglês: http://playadelnacho.wordpress.com/2013/02/03/amoeba-records-goes-online-but-retains-brick-and-mortar-biz/
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
Download Festival anuncia mais de 90 atrações para edição 2026
O disco do Metallica que para James Hetfield ainda não foi compreendido; "vai chegar a hora"
Os melhores guitarristas da atualidade, segundo Regis Tadeu (inclui brasileiro)
A música do Kiss que Paul Stanley sempre vai lamentar; "não tem substância alguma"
Ace Frehley deixou livro pronto para ser lançado em 2026
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
Wolfgang descarta gravar álbum com ex-membros do Van Halen
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
"Guitarra Verde" - um olhar sobre a Fender Stratocaster de Edgard Scandurra
AC/DC confirma show único no Brasil em São Paulo para fevereiro
Priorizando a saúde, Paul Rodgers não irá ao Rock and Roll Hall of Fame 2025
Como era sugestão de Steve Harris para arte de "Powerslave" e por que foi rejeitada?
Dois fãs tumultuam show do Metallica e vão em cana enquanto a banda continua tocando
As músicas do Iron Maiden que Dave Murray não gosta: "Poderia ter soado melhor"
A ríspida mensagem que Scott Ian enviou a Kerry King quando soube da volta do Slayer
Cliff Burton e a banda que ele gostava muito, "por incrível que pareça"
"Tocar com Ozzy era como morar na casa dos pais", diz Zakk Wylde

Indústria: Como as gravadoras fazem dinheiro hoje em dia
Cachês: nova lista revela quanto embolsam astros do Rock e Metal



