As mudanças de dinâmica após a saída de Portnoy do Dream Theater
Por Samuel Coutinho
Fonte: Metal da Ilha
Postado em 30 de setembro de 2014
Steven Rosen do Ultimate-Guitar.сom recentemente conduziu uma entrevista com o guitarrista dos gingantes do metal progressivo do DREAM THEATER, John Petrucci. Um trecho da conversa segue abaixo.
Ultimate-Guitar.сom: Alguma coisa mudou desde que (o baterista) Mike Portnoy saiu?
Petrucci: As únicas coisas que não mudam ao longo do caminho com diferentes membros da banda é a interação de si mesmo com outros compositores e como essa dinâmica altera o resultado da música. Por exemplo, quando nós começamos e Kevin (Moore, teclados) estava na banda e nós estávamos escrevendo músicas juntos, houve uma certa dinâmica lá. Não é que eu mudei a minha abordagem na guitarra ou a minha abordagem composicional, mas é o resultado coletivo que muda porque você está interagindo com outro músico.
Dream Theater - Mais Novidades
Ultimate-Guitar.сom: Isso acontece toda vez que um músico se junta ou deixa a banda?
Petrucci: Sim, muita coisa mudou quando Jordan (Rudess, teclados) entrou na banda há quase 15 anos. Eu tive a experiência de escrever com ele com o LIQUID TENSION EXPERIMENT para dois álbuns e depois, claro, quando ele se juntou ao Dream Theater para o álbum ["Metropolis Pt. 2:" ] "Scenes From A Memory". Mais uma vez, ele é um músico brilhante além de compositor e escrever junto com ele deu uma dinâmica diferente e o material veio de forma diferente. Mas acho que o meu papel permanece consistente. Eu escrevo as letras e isso é uma grande paixão minha. Fui até mais no papel de produtor, que é algo que eu descobri que realmente amo fazer. Eu acho que desde que Mike saiu, foi algo que provavelmente se transformou, assim, isso definitivamente se tornou apenas o meu único esforço, ser o único produtor. Mas sim, eu espero que isso responda à pergunta. É uma resposta complicada, mas ao mesmo tempo simples.
Ultimate-Guitar.сom: Mas os dois últimos álbuns com Mike Mangini na bateria - "A Dramatic Turn of Events" e "Dream Theater" - não se parecem nada com os álbuns que Mike Portnoy tocou. É por causa dessa interação natural que você está falando? Ou é porque você escreveu especificamente diferentes tipos de peças de bateria e grooves para Mike Mangini tocar, algo que você não fez com Mike Portnoy?
Petrucci: É um pouco das duas coisas. Eu acho que, no geral, tem mais a ver com essa coisa orgânica. Um bom exemplo é quando fizemos os testes com os bateristas, os caras foram todos incríveis. Tivemos essas jams e nós apenas tocamos direto com todos esses caras diferentes e cada uma destas jams foram incríveis. Você poderia pegar coisas do que poderia ter sido uma música que você trabalhou. Porque todo mundo tem esse grande espírito de improvisação e criação na hora, além de interagir e ouvir. Mas todos eles têm apenas maneiras diferentes de fazê-lo e estilos diferentes. Você se move um pouco dependendo de como essa interação esteja indo. Então, essa é a parte orgânica e, como eu disse antes, isso vai mudar com cada músico que você toque. Felizmente, com Mike Mangini, foi uma coisa muito natural e ele foi o único cara que quando tocamos ficamos tipo, "É isso. Isso funciona. Isso é tão natural".
Ultimate-Guitar.сom: Você imediatamente sentiu essa conexão com Mike Mangini, quando ele fez o teste?
Petrucci: Eu senti como se eu tivesse crescido com o cara e fosse tocar com ele para sempre. Aliás esse tipo de interferência e essa interação natural é igual quando eu também desenvolvi meu estilo como um jovem guitarrista, porque eu sempre toquei com bandas diferentes e estilos diferentes. No meu bairro havia uns cinco ou seis grupos diferentes de pessoas com quem eu tocava.
Leia a entrevista completa (em inglês) no link abaixo:
http://www.ultimate-guitar.com/interviews/interviews/john_petrucci_answers_readers_questions_thanks_to_all_the_people_who_submitted.html?no_takeover
Fonte original desta matéria:
http://www.blabbermouth.net/news/dream-theaters-john-petrucci-discusses-change-in-band-dynamic-after-mike-portnoys-departure/
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As músicas do Iron Maiden que Dave Murray não gosta: "Poderia ter soado melhor"
"Guitarra Verde" - um olhar sobre a Fender Stratocaster de Edgard Scandurra
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
A banda brasileira que está seguindo passos de Angra e Sepultura, segundo produtor
Ramones e a complexidade técnica por trás da sua estética
Como foi para David Gilmour trabalhar nos álbuns solos de Syd Barrett nos anos 1970
O filme de terror preferido de 11 rockstars para você assistir no Halloween
A única música do Led Zeppelin que Geddy Lee conseguia tocar: "Padrão repetitivo"
A banda que deixou o Rage Against The Machine no chinelo tocando depois deles em festival
Valores dos ingressos para último show do Megadeth no Brasil são divulgados; confira
"Ace Frehley não teve qualquer influência sobre mim", diz George Lynch
A música favorita de todos os tempos de Brian Johnson, vocalista do AC/DC
O guitarrista que Steve Vai diz que nem Jimi Hendrix conseguiria superar
Mais um show do Guns N' Roses no Brasil - e a prova de que a nostalgia ainda segue em alta
Inferno Metal Festival anuncia as primeiras 26 bandas da edição de 2026


Mike Portnoy está empolgado com relançamento de "Dressed to Kill", do Kiss
Como uma música completamente flopada me apresentou a uma das bandas do meu coração
Mike Portnoy comemora maior turnê do Dream Theater e indica novidades para 2026
A música do Dream Theater inspirada em atrocidades que civis sofrem na Arábia Saudita
Mike Portnoy diz que há um "Lars Ulrich" de diferença entre ele e Neil Peart
O disco definitivo do prog, de acordo com Mike Portnoy, baterista do Dream Theater
O dia que acharam que Humberto Gessinger curtia Dream Theater, segundo o próprio
O dia que Robert Plant pediu um cigarro para James LaBrie em um bar (e não ganhou)
Contra-baixo: as melhores introduções do Heavy Metal


