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Hardrugz: Banda do Rio Grande do Sul volta dos mortos

Por Mateus Rister
Fonte: Insanity Records
Postado em 15 de outubro de 2015

A Hardrugz iniciou os seus trabalhos em 2005. Com seu estilo calcado no Hard Rock festeiro dos anos oitenta, começou a atrair a atenção do público. Sempre esbanjando energia, seus shows passaram a ser ponto de encontro para os amantes do estilo. Como toda banda que está começando, eram poucas as composições próprias, mas eram fortes. Os problemas para manter uma formação fixa fizeram com que a banda encerrasse as suas atividades em 2008. Em 2015, a formação mais conhecida da Hardrugz, Brian Jones (vocal e guitarra); Fernando Skid (bateria); Biffi (guitarra) e Lucas de Anhaia (baixo) se encontraram e decidiram trazer a banda se volta à vida. Mesmo com a saída de Biffi, os outros músicos não desistem e recrutam Juliano Brum para o seu lugar.

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Entre uma gravação e outra, Brian Jones conseguiu tempo para falar conosco sobre o presente e o futuro da Hardrugz.

Fotos: Marii Castilhos

Mateus: Como surgiu a ideia de voltar com a banda?

Brian: A minha mulher me convidou para assistir a banda que o Skid toca, The Breguetes, e eu fui. Não falava com o Skid há anos e casualmente nos encontramos todos no mesmo bar, sem pretensão nenhuma. Eu, Skid, Lucas e o Biffi. Aí a minha mulher pediu para tirar uma foto da gente e então tivemos a idéia de voltar a tocar juntos. Marcamos um ensaio, sem compromisso e acabamos voltando.

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Mateus: Por que o Biffi acabou saindo?

Brian: O Biffi ficou dois meses e saiu. A nossas cabeças estão um pouco diferentes, antes a gente era mais do Poison, Hanoi Rocks, The New York Dolls, e com o tempo começamos a escutar outras coisas, eu fui mais para o lado do Metal, o Lucas toca Jazz, o Skid toca de tudo. E o Biffi queria seguir na linha do Hard Rock dos anos oitenta, não que a gente não goste, mas não conseguimos ficar só nessa. Começamos a fazer uns riffs mais pesados, mais trabalhados e o Biffi desanimou, fez um show e saiu.

Mateus: Como foi que o Juliano entrou para a banda?

Brian: Nós começamos a nos falar através de um amigo em comum. Ele curtia a forma que eu tocava e me convidou para fazer parte de um projeto. Enquanto isso, a Hardrugz continuava ensaiando em trio, sentíamos que faltava algo, as músicas estavam meio vazias, precisávamos de outro guitarrista. Um produtor nos ofereceu um show para ver como a banda iria se sair ao vivo. Então chamei o Juliano para fazer esse show, era só para quebrar um galho. Depois chegamos a fazer alguns testes com outros guitarristas. Mas os ensaios com o Juliano continuaram rolando, os guris curtiram muito tocar com ele , eu já curtia pelas influências obvias na música , as coisas fluíram tão bem que agora ele é um membro fixo da banda.

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Mateus: Como está sendo para você essa volta da Hardrugz?

Brian: No começo foi bem estranho, é legal ver que muita gente lembra da banda, principalmente em Gravataí, que a cidade onde a banda surgiu. Está sendo bom, fomos bem recebidos aqui em Porto Alegre também, estamos no caminho certo.

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Mateus: E como estão as composições dessa nova fase da banda?

Brian: Estão bem diferentes do som que as pessoas estavam acostumadas. Até o nosso set list de covers mudou, não estamos mais seguindo extremamente uma linha Hard Rock, claro que ainda tocamos Skid Row, Mötley Crüe, mas não tocamos só isso, hoje também tocamos Alice in Chains, Dio, Pantera. Não dá mais para ficar fechado em um único estilo, dez anos depois do início da banda, as nossas influências são mais variadas.

Mateus: Vocês estão gravando?

Brian: Estamos gravando no Suminsky, depois que eu o conheci, prefiro trabalhar com ele, pela parte de produção e tudo mais, ele sabe bem o que faz.

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Mateus: Em que formato esse trabalho será lançado?

Brian: Vamos lançar um EP, com quatro músicas, coisas antigas com nova roupagem, versões melhoradas das músicas que já tínhamos e novas composições.

Mateus: Tem previsão de lançamento?

Brian: O primeiro single, eu imagino que no máximo em dois meses já vai estar disponível.

Mateus: O EP será lançado de forma independente ou em parceria com algum selo?

Brian: Hoje nós temos uma parceria com a Esporro Records, o single será lançado de forma virtual. Para o EP vamos fazer uma pequena prensagem, talvez umas cem cópias, se esgotar e o público continuar procurando, faremos outras.

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Mateus: Já tens a arte gráfica do EP?

Brian: Sim, o logotipo foi feito pelo Cadu Pelegrini do Kiara Rocks, ele nos ajudou muito, até na formatação do nome. E a arte da capa do EP foi feita pelo Gabriel Flag, que é o nosso produtor.

Mateus: E como está a agenda de shows?

Brian: Fizemos alguns shows, foi muito legal, mas agora estamos dando um tempo para atualizar o set list, arrumar as composições, para deixar os próximos shows cada vez mais com a nossa cara. Por enquanto vamos focar nas gravações.

Mateus: Como você analisa a cena atual?

Brian: Algumas bandas que eu acompanho tocam mais no interior ou fora. E as daqui… É um assunto complicado. O Rock And Roll está em baixa no Brasil. Rock no brasil é aquela coisa foda né mano. Algumas casas não valorizam as bandas , obviamente tu precisa ter um bom show para oferecer, e ser autocrítico sempre, fazer sempre o melhor para valer cada centavo. Porque, para cobrar algo tu deves pensar pra si mesmo, eu pagaria pra assistir isso? Por quê alguém pagaria? O fato é, tem muita banda boa por aqui, que faz seu corre , rala pra caramba para ter algo bom a mostrar. Algumas se valorizam e algumas são desvalorizadas pelas casas de shows. Tu precisas ter um diferencial. E por aqui tem coisa bem melhor do que está no mainstream, mas falta espaço. Enfim, algumas bandas criam parcerias para reativar essa cena, outras conquistam seu espaço, de canto com seu som, e quem vai aos shows também ajuda a criar a cena. Eu sempre toquei em todos os tipos de banda, nunca estive infiltrado em determinada cena, nunca conheci as "panelas". Nunca contei ou cobrei fazer parte de uma. Mas sempre respeitei todas as bandas de forma igual, o Rock tem muito subgênero que acaba dividindo a cena. Acho que é por isso o Funk e Sertanejo no Brasil tem tanto espaço, é o mesmo público unido sempre. Um exemplo, eu apoio as bandas que eu curto, mas não posso simplesmente ir em shows das bandas que eu não sou fã, do que não me agrada, só por apoiar. Assim como também não espero o mesmo comigo, mas do contrário, sempre que eu pude, eu ajudei. Cansei de votar e levantar votos para bandas colar em shows. E tem bandas gringas que eu deixaria de ver no mesmo dia para ver uma daqui, porque para mim, algumas tem o mesmo nível. São as bandas daqui que precisam de apoio, as gringas já são bem conhecidas e tem bastante apoio, não é mesmo? Mas o que eu posso te dizer? Eu não saberia julgar a cena. É um assunto delicado e as bandas estão aí. Mas para bandas cover, com certeza a cena está forte. Tu precisa sobreviver certo? Eu mesmo tenho duas bandas só de cover. Não se importem com opiniões, ou más criticas e portas na cara. Se tu curte realmente vai lá, faz teu som e se diverte. E por favor.. se valorize.

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Mateus: Como de praxe, deixou esse espaço final para você passar um recado para quem acompanha o trabalho da Hardrugz:

Brian: Bom, eu quero dizer que se alguém esperava escutar o som da Hardrugz de oito anos atrás, talvez se decepcione. Hoje estamos mais maduros, estamos tocando melhor e só vamos lançar material quando estiver de acordo com a qualidade que desejamos. Temos novas influências, mas garanto que mudamos para melhor, tanto na parte técnica, quanto na parte de produção, estamos fazendo de tudo deixar a banda cada vez melhor.

Contatos com a Hardrugz:
https://www.facebook.com/hardrugzoficial?fref=ts

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Sobre Mateus Rister

Jornalista, assessor de comunicação/imprensa e músico. Apaixonado por Rock And Roll, cinema e contracultura. Dono do blog insanityrecords.com.br e incentivador de cenário musical autoral.
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