Band Overview #1: Ainda existe vocal limpo no metal extremo
Por Gabriel Chiconi
Fonte: A Vitrola Mecatrônica
Postado em 25 de novembro de 2016
O Brasil vai riscar mais uma banda da lista de quem ainda precisa visitar o país. No fim de novembro, a banda holandesa de folk metal Heidevolk vai estar no Odin's Krieger Fest, em Curitiba e em São Paulo, pela primeira vez em território nacional.
Formada em Arnhem, nos Países Baixos, a banda tem um repertório de contos sobre a região de Gelderland, de onde vêm. Além disso, eles também falam de batalhas, da história dos povos germânicos e mitologia. Tudo isso é comum entre as bandas de folk metal, certo? No entanto, eles têm algumas diferenças: o foco no canto limpo e grave que lembra hinos ancestrais dos povos que eles representam.
Os vocais rasgados de metal extremo dão lugar para cantos épicos em vozes dobradas e gritos de guerra: a fórmula perfeita para shows bem-sucedidos. 'Eu gosto quando as bandas misturam os dois tipos de vocal,' explica Lars Nachtbraeker, vocalista da banda desde 2013.
E a forma com que a banda simula o som antigo não é com o exagero no uso dos sintetizadores (cof-cof, Alestorm), mas na composição. Embora eles não dispensem o uso da banda de heavy metal tradicional – baixo, guitarra e bateria -, de alguma forma, eles fazem você se sentir num cenário medieval, ouvindo a música dos saxões – isto é, se os músicos saxões tivessem instrumentos elétricos. Algumas criações, como Herboren in Vlammen, usam pouca instrumentação folk, mas mantêm a tradição na letra e na sensação de cantiga que seu som passa – são como bardos modernos.
As influências da banda são das mais diversas – eles citam desde o folk rock de America (A Horse With No Name) até o atmosférico Panopticon (Pale Ghosts), além de Cannibal Corpse e My Dying Bride. O baterista Joost den Vellenknotscher, membro mais antigo da banda, comentou o progresso da banda ao longo dos anos: 'Todo o trabalho do Heidevolk é natural para mim porque representa diferentes momentos na vida. Então [o som] progrediu, assim como você progride na vida pessoal'.
No mês de novembro a banda inicia sua primeira turnê na América do Sul. Embora eles nunca tenham vindo para cá, as expectativas são altas. 'Vendo as reações online do público do Brasil e da Argentina nós esperamos um público barulhento e divertido,' afirma Lars. 'Também separamos nossos shorts,' lembrou, quando perguntado sobre o clima de verão.
O lineup da banda na visita à América Latina é o de Lars Nachtbraeker e Jacco de Wijs nos vocais, Rowan Roodbaert no baixo, Kevin Storm e Koen Romeijn nas guitarras, e Joost den Vellenknotscher na bateria. O Heidevolk também conta com Kevin Vruchtbaert como guitarrista, mas ele não estará presente na turnê.
Em entrevista por e-mail, Lars Nachtbraeker afirmou que, como é a primeira vez que a banda vem para esses lados, vão tocar músicas de todas as fases da banda, de clássicos a lançamentos mais recentes. E enquanto a primeira turnê norte-americana ganhou a música Vinland em sua homenagem, será que poderíamos esperar algo parecido?
O grupo se apresenta no Odin's Krieger Fest no dia 25 de novembro em Curitiba e no dia 26 em São Paulo, ao lado das bandas brasileiras Confraria da Costa (nas duas datas), Hugin Munin (em Curitiba), Terra Celta, O Bardo e o Banjo e Taverna Folk (em São Paulo).
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