Metallica: nos bastidores da gravação do "Ride The Lightning"
Por Bruce William
Fonte: Metallica Remains
Postado em 03 de maio de 2017
Matéria publicada no Noisey fala sobre o livro "So Let It Be Written: The Biography of Metallica's James Hetfield", e mostra um trecho contando um pouco dos bastidores das gravações do disco "Ride the Lightning". Veja o texto completo no link abaixo e confira um trecho logo a seguir:
https://noisey.vice.com/pt_br/article/ride-the-lightning-metallica-gravacoes
Quando 1984 chegou, tudo era menos orwelliano do que alguns haviam previsto. Longe de ser uma época de censura na mídia e repressão cultural, houve um verdadeiro surto de produtividade sonora, naqueles que foram tempos empolgantes para um headbanger. De diversas maneiras, 1984 foi um ano fundamental para heavy metal. Algumas das grandes bandas aproveitam o ápice do sucesso, ao passo em que novatos — incluindo o Metallica — tentavam subir no bonde. Iron Maiden, a mais bem-sucedida banda do New Wave of British Heavy Metal que Lars tanto adorava, lançaria seu disco de temática egípcia Powerslave naquele ano, enquanto o Judas Priest — outra potência do metal britânico — voava alto com Defenders of the Faith. Ambas as bandas seguiram na estrada e lançando material de qualidade por mais de duas décadas, mas este certamente foi um dos muitos pontos altos para as duas, especialmente para o Iron Maiden. Seus cenários de palco amplos e produção visual ambiciosa deram o tom das bandas que vieram depois. Os suíços do Celtic Frost — que influenciaram uma série de bandas de death e black metal com seu disco de estreia nada convencional intitulado Morbid Tales — eram mais uma banda jovem que tentava fazer parte do mercado com uma sonoridade mais extrema e obscura. Com um número crescente de seguidores na Europa, se houve alguma oportunidade para que o Metallica se estabelecesse como destaque de uma cena metálica em transição, 1984 era essa janela.
O ano não começou como planejado. Após um show no Channel Club em Boston em 14 de janeiro, os equipamentos da banda foram roubados de uma van no lado de fora do local. Hetfield foi o mais impactado com o roubo, aparentemente, já que estava acostumado a usar um amplificador Marshall específico para criar o som de guitarra que queria. Graças ao equipamento emprestado dos colegas do Anthrax, gerenciados por Zazula, o Metallica pôde completar a turnê. Não tinha folga, mesmo sem equipamento. Os Zazulas minaram seu novo relacionamento com o Venom ao marcar com Metallica e Venom a turnê europeia Seven Dates of Hell. Dave Marrs, cujo envolvimento com Hetfield datava desde os tempos de escola em Downey, ainda trabalhava para a banda como roadie de Lars e lembra desta turnê como ponto de virada da banda: "Ouvíamos Mercyful Fate 24 horas por dias, sete dias por semana, dentro daquele ônibus durante a turnê e assim que chegamos na Dinamarca e fomos ao Sweet Silence Studios, lá estava a banda. Àquela altura eles já não tinham como me manter na Europa, então voltei pra casa. Não me arrependo de nada já que nem sabia direito o que estava fazendo ali. Quando você cai na estrada, logo descobre se foi feito para aquilo e não era esse o meu caso."
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