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Clearview: "Quando Henrique Pucci entrou, o disco já estava pronto"

Por Thiago Rahal Mauro
Fonte: Clearview
Postado em 30 de agosto de 2017

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A banda Clearview acaba de lançar o novo álbum "Absolute Madness". Formado por Rick Pellario (vocal), Caio Turim (guitarra), Felipe Gila (guitarra), Thiago Dantas (baixo) e Henrique Pucci (bateria), a banda Clearview gravou o novo disco com o produtor musical Nick Jett, que chegou no resultado final de "Absolute Madness" com maestria.

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Influenciados por Cro‐Mags, Warzone, Exodus, Anthrax, Youth of Today, Biohazard, Sepultura, SSD e DRI, o Clearview foi formado em 2002, como projeto paralelo de integrantes de bandas do circuito underground de São Paulo.

Conversamos com Rick Pellario sobre esta nova fase do Clearview e a entrada do baterista Henrique Pucci na banda, ex-Project46.

Confira a entrevista:

A banda Clearview estava parada por um tempo e surpreendeu os fãs com a sua volta. Como foi o processo para o retorno do grupo?

Rick Pellario: A banda desacelerou em relação a turnês e shows durante um curto período para focar 100% nas músicas novas, entramos em estúdio para produzir o "Absolute Madness" e isso tomou tempo pois queríamos trazer algo novo para as pessoas.

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O que vocês fizeram durante o tempo que a banda ficou parada?

Rick Pellario: A banda nunca ficou parada. O tempo todo ficamos produzindo material, revisando as músicas que fariam parte do disco "Absolute Madness" e fizemos alguns shows esporádicos.

O quanto a entrada do baterista Henrique Pucci (ex-Project46) ajudou no processo da volta da banda? O que ele contribuiu para as músicas novas?

Rick Pellario: Vamos considerar volta como volta ativa aos palcos. Quando o Henrique saiu do Project46, eu fiz uma ligação para ele pois o conhecia no mínimo uns 20 anos, sua primeira gravação foi comigo na bateria, nos encontramos para falar de música e após alguns ensaios e conversas, o Henrique acabou assumindo o posto de baterista pois quando finalizamos as músicas do "Absolute Madness" precisávamos de um baterista que estivesse 100% conosco nesta empreitada, foi ai que o Henrique acabou assumindo o posto e entrando de cabeça na banda.

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As músicas do álbum "Absolute Madness" já estavam prontas ou vocês criaram algo novo? Como foi o processo?

Rick Pellario: Quando o Henrique entrou na banda, o disco já estava pronto, a banda havia escrito os sons com o nosso produtor musical Nick Jett (Terror / Piece by Piece) pois é algo que leva tempo e não queríamos fazer qualquer disco, queríamos dar um passo à frente com a música que fazemos e com este disco, temos certeza que chegamos exatamente onde queríamos chegar (musicalmente). Flertar com diversos estilos de música pesada sem perder a nossa identidade.

Onde o álbum foi gravado e como foi esta parte do novo trabalho?

Rick Pellario: Toda a parte de engenharia de captação sonora foi feita no Bay Area Studios em São Paulo. Além do Nick Jett, responsável por toda produção do disco junto com a banda, tivemos como apoio no processo de captação sonora o produtor musical/musico Diego Rocha vulgo "Cabelo" que junto ao Nick Jett acharam exatamente o tipo de timbre que buscávamos para o disco. A Mixagem e masterização foram feitas no estúdio Casa Sonido que fica na Califórnia (USA). O processo de captação foi muito rápido, como já vínhamos trabalhando nas músicas, assim que o Nick chegou no Brasil, entramos em estúdio com ele para fazermos alguns ajustes nos sons e começarmos a gravar efetivamente. Gravamos o disco todo em 10 dias seguidos, porque além da banda todos trabalhamos em outros empregos, então montamos uma logística para agilizarmos o mais rápido possível para não prejudicar nenhum horário.

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Confira o videoclipe de "Dirty Streets":

Assistir vídeo no YouTube

Em termos de sonoridade, o que vocês estão buscando neste novo álbum? E a parte lírica? Por cantar em inglês que tipo de mensagem vocês querem passar para os fãs?

Rick Pellario: Neste disco tentamos flertar com todos os estilos presentes na história da banda, vindo desde o hardcore veloz norte americano da década de 80 até com o crossover do meio da década de 90.É a primeira vez que gravamos 2 músicas com vozes limpas, ficamos bastante satisfeitos com o resultado final. Foi realmente uma experiência legal colocar esta ideia para funcionar pois conseguimos mantemos a ideia principal da banda que é fazer um som pesado e veloz. Com este novo álbum, buscamos atingir as pessoas que já conhecem e as pessoas que nunca ouviram a banda, porque não é um disco totalmente segmentado, mas sim um disco que abrange diversos estilos de música pesada em pouco mais de 22 minutos. O tipo de mensagem que queremos passar para as pessoas com este novo disco é o nosso cotidiano e a superação que cada um tem dentro de si. É um disco que fala nas entre linhas que devemos acreditar na nossa força interior. Cantar em inglês, é algo que julgamos necessário hoje para mostrarmos as nossas ideias. O inglês é uma língua falada mundialmente e como não queremos barreiras com a música, optamos em sempre escrever os nossos discos em inglês. Quem sabe futuramente faremos algo em português? (risos) mas por hora, o inglês é o ideal para nós.

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Quando vocês lançaram o último álbum a indústria fonografia era de uma maneira e agora mudou totalmente com as plataformas digitais. Como vocês estão lidando com este novo momento?

Rick Pellario: A indústria fonográfica mundialmente é afetada por causa da internet. Hoje as informações são muito velozes em termos de conectividade. As plataformas digitais hoje são excelentes ferramentas para disseminar a música por toda rede. Conversamos com os selos responsaveis que farão o lançamento nacional do "Absolute Madness" (Caustic Recordings / Agência Samsara) e ambos foram totalmente a favor de colocarmos o disco para streaming em todas as plataformas digitais, pois isso também já mostra como será o disco deixando as pessoas livres para adquirirem o disco seja em formato físico ou virtual. Nós como banda queremos que o máximo de pessoas escutem o disco que foi feito com muita sinceridade e diversão. Entendemos que o mercado fotográfico não é o mesmo mercado que tínhamos 10/12 anos atrás, porém quanto mais pessoas souberem da existência da banda, tentaremos colocar mais discos nas ruas e assim todo o material que a banda trabalha (merch.

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Como está o cenário atual do rock e hardcore brasileiro? Vejo muitas bandas novas compondo e gravando discos. Você pode citar algumas?

Rick Pellario: O cenário do Rock / Hardcore nacional não está ruim, bastam as bandas criarem conteúdo relevante e se organizarem. Não dá para depender apenas dos contratantes de shows, porém se todos tiverem a consciência que hoje o nível de exigência das pessoas é algo que aumentou drasticamente, ninguém se contentará com material sem qualidade. As pessoas querem apoiar coisas que elas se identifiquem. Bandas compondo? Nossos amigos do Paura estão prestes a lançar o disco novo deles intitulado Slowly Dying of Survival. O Institution acabou de gravar uns sons em português. O Violent Stomp segue compondo material para o primeiro full length deles. O Survival of the Streets (Curitiba) acabou de disponibilizar para streaming o disco novo deles.

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Para finalizar, quais os próximos planos da banda para este ano? Existe uma turnê agendada?

Rick Pellario: Após o nosso show de lançamento, vamos embarcar para os Estados Unidos para tocarmos no maior festival Americano de música Hardcore/Punk da atualidade: This is Hardcore. Voltando dos Estados Unidos, daremos início com a turnê do disco "Absolute Madness" intitulada "MADNESS TOUR". Estamos fechando algumas datas aqui na América do Sul ainda este ano. Para 2018, possivelmente turnê europeia e seguir tocando aqui na America do Sul. O futuro é incerto (risos). Para quem quiser levar o show da "MADNESS TOUR" para sua cidade, só escrever para: [email protected].

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