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Iced Earth: "Temos uma marca que é maior que a voz de uma pessoa"

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Postado em 23 de setembro de 2017

O ICED EARTH lançou este ano mais um grande álbum para somar-se à sua extensa discografia. "Incorruptible" (disponível no Brasil pela Hellion Records) traz uma variedade de temas, como a guerra civil americana (tema que frequentemente aparece nas letras da banda), e segue a pegada de álbuns como "Dark Saga", Atualmente formada por Jon Schaffer (guitarra), Stu Block (vocal), Brent Smedley (bateria), Luke Appleton (baixo) e Jake Dreyer (guitarra), a banda comemora os (merecidos) bons resultados de "Incorruptible". Conversei sobre o álbum com Joe Schaffer, guitarrista e alma da banda, sobre o disco novo, o décimo segundo da carreira do ICED EARTH, mas também sobre uma grande quantidade de outros temas, as mudanças no posto de vocalista da banda, sobre o projeto com o vocalista do BLIND GUARDIAN, sobre política e o domínio dos grandes bancos e corporações sobre os países. A entrevista foi realizada quando a crise EUA/Coreia ainda não tinha ainda atingido um ponto tão alto de gravidade, com o ditador norte-coreano Kin Jong Un fazendo ensaios com mísseis e Trump, presidente dos Estados Unidos, prometendo uma resposta. Mas parecíamos prever os próximos acontecimentos. "Simplesmente não precisamos de mais nenhuma guerra", disse Schaffer. Sobre as mudanças de vocalista, Jon afirma que o som do ICED EARTH se mantém e é reconhecido pelos fãs, independentemente de quem esteja com o microfone: "É uma coisa realmente difícil de alcançar, criar uma marca que seja ainda maior que eu ou que a voz de uma pessoa". Confira a entrevista completa logo abaixo.

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Daniel Tavares: Bem, primeiro vamos falar sobre o que é mais importante aqui. Vamos falar sobre o "Incorruptible", o álbum que vocês acabaram de lançar. Como você tem visto a recepção a ele até agora e o que você pode nos contar sobre esse disco para quem quer que ainda não o tenha ouvido ainda?

Joe Schaffer: Oh, a reação tem sido enorme. Os fãs foram realmente incendiados. Ele conseguiu bons resultados nas listas [rankings de vendagem de discos] no mundo inteiro. Ele é o álbum número um de rock e heavy metal no iTunes e na Amazon. Ele realmente está indo muito bem. E eu sempre digo para as pessoas que ainda não o ouviram é que tem tudo o que tem estado na história da banda. É como se estivesse tudo aqui. Não foi planejado, mas saiu dessa forma. Você pode sentir todo período do catálogo do ICED EARTH neste disco. Então, ele é realmente bem especial e eu estou certo de que se destina a ser um clássico. Não foi algo que decidimos, mas é ao que ele se destina.

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Daniel Tavares: Ele é um álbum conceitual? Sobre o que a maioria das canções fala?

Joe Schaffer: Não, de jeito nenhum. São dez canções completamente separadas e sem relação umas com as outras.

Daniel Tavares: E que canções vocês aposta que farão parte dos próximos setlists nos próximos shows?

Joe Schaffer: Nós temos tocado na Europa e temos tocado "Great Heathen Army" e "Seven Headed Whore". Nós vamos trazer mais canções para o setlist quando encabeçarmos nossa própria turnê na primavera [ele se referia à primavera no Hemisfério Norte]. Nós queremos dar às pessoas tempo para se acostumar com as canções e conhecer todo o material.

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Daniel Tavares: Ok, alguma chance para "Clear The Way (December 13th, 1862)"?

Joe Schaffer: Oh, sim. Isto é certo que vai acontecer na turnê, Esta é uma grande canção. Eu tenho certeza que sim. E também "Raven Wing", porque "Raven Wing" é definitivamente um hit. Existem muitas. Existem muitas grandes canções nesse álbum. Nós definitivamente vamos fazer "Black Flag". Nós provavelmente vamos fazer essas cinco, com certeza. E talvez um pouco mais. Isso provavelmente depende se os fãs quiserem ver muito desse disco.

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Daniel Tavares: Ok. E falando sobre "Clear The Way", o que esse 13 de dezembro de 1862 quer dizer. Quais são os fatos descritos nessa canção? Você explicaria pra quem ainda não ouviu falar disso?

Joe Schaffer: Bem, se você quiser se aprofundar nisto, o melhor seria procurar da data no Google. Mas é basicamente o segundo dia da batalha de Fredericksburg. A canção é um tributo à brigada irlandesa, que lutou nessa batalha. E foram massacrados. É uma história humana bem trágica e pesada. É uma canção que eu tenho querido escrever por provavelmente 15 anos. E finalmente aconteceu. Então, é ótimo. As pessoas podem "googlar" também sobre a brigada irlandesa e vão descobrir sobre o que eu estou escrevendo. Você pode pegar uma pouco nas letras, mas é muito complexo.

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Daniel Tavares: Ok, e você tem uma outra canção, chamada "Gettysburg (1863)". Ela não é desse álbum [A peça, de quase 32 minutos de duração, foi lançado em 2004 como disco adicional do álbum "The Glorious Burden" e também em um DVD, de 2005, sendo, na verdade, composta por três canções:"The Devil to Pay","Hold at All Costs" e"High Water Mark" ] e é uma das maiores canções que já ouvimos. Você gostaria de falar algo sobre ela, porque é também uma das canções que os fãs adoram.

Joe Schaffer: Bem, este foi um grande empreendimento. Ela tem quase 32 minutos e foi, provavelmente, meu maior épico. É a minha maior composição épica de todos os tempos. Ela é sobre a batalha de Gettysburg que aconteceu na mesma guerra, mas depois de "Clear The Way", mas foi também uma gigantesca, muito trágica, maciça batalha de três dias. Se você for ao Gettysburg National. Park e der uma volta por lá, você vai sentir o quanto foi pesada. Você vai sentir a energia, vai sentir quantas dezenas de milhares de pessoas morreram lá. Quando você pensa em guerra, obviamente a guerra é trágica o que quer que aconteça , mas quando você pensa em guerra civil com seu próprio povo lutando uns contra os outros, há um outro nível, outro tipo, de peso nisso. Este sempre foi um período inspirador para mim, para ler sobre ele, para escrever canções. Na trilogia de Gettysburg foi a primeira vez que eu trabalhei com uma orquestra de cinquenta e cinco membros e foi realmente bacana, porque eu fiz a maioria daquelas partes em demos no teclado e ter seres humanos de verdade numa orquestra com cinquenta e cinco membros e gravando aquelas partes foi muito empolgante. Foi há muito tempo atrás, mas foi uma experiência muito legal.

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Daniel Tavares: Eu acredito. E uma vez que estamos falando de canções e setlists, e quanto a shows no Brasil? Quando vocês planejam voltar ao Brasil e tocar algumas canções do "Incorruptible"?

Joe Schaffer: Eu não sei ainda. Nós estamos fazendo planos. Eu sei que o primeiro passo é tocar nos festivais. E então a turnê norte americana vai acontecer em outubro. Então, se nós vamos para a América do Sul neste ano ou no começo do ano que vem, depende. Mas nós vamos aí, com certeza. Eu só não sei qual período do ano ainda. Eu sei que existem muitos fãs na América do Sul, mas fica difícil ir com tantos shows, então nós vamos tentar chegar aí quando não houverem tantas bandas fazendo turnê. Nós temos um agente que está vendo isso pra gente agora.

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Daniel Tavares: O ICED EARTH já teve muitas mudanças de formação. Vocês já tiveram cinco vocalistas, como Matt Barlow e Tim Rippers. Por que você acha que as formações da banda mudam tanto? E como você acha que os fãs reagem a estas mudanças, especialmente no posto de vocalista, porque a voz da banda é uma coisa que você reconhece mais facilmente numa banda? Mesmo que se possa dizer que o AC/DC tiveram dois, três vocalistas, todo mundo conhece o som do AC/DC, por exemplo, pela voz, pelos tons...

Joe Schaffer: Todo mundo conhece o som do ICED EARTH também, então, isso é um fato. Eu entendo que seja difícil, mas existiram várias diferentes razões para as mudanças. Muitas tem a ver com as condições brutais dos contratos com as gravadoras às quais a banda teve que estar submetida. Sabe, eu poderia ter saído, mas eu não saio. Sabe, isso é bem óbvio. ICED EARTH tem sido minha visão e meu bebê desde o começo. Eu sou a força motora da banda. Isso não exclui o talento das outras pessoas, mas todo mundo que já trabalhou com a banda sabe que sou eu que dirijo tudo à frente, produzo e faço com que ela soe como ICED EARTH. É mais que apenas uma voz, ou o som de uma guitarra, é como fazer canções. É dar formação a uma coisa. Se você ouvir apenas vagamente, apenas na superfície, então você realmente vai pensar apenas nos vocais, mas, uma vez que muitos dos fãs do ICED EARTH são mais profundos que isso, eles conseguem distinguir, mesmo antes dos vocais começarem, que é uma canção do ICED EARTH. É uma coisa realmente difícil de alcançar, criar uma marca que seja ainda maior que eu ou que a voz de uma pessoa. A dinâmica é assim: se você tem um compositor e você tem um vocalista na mesma pessoa, isso é uma coisa que não é substituível. Se você tem um compositor e um vocalista, se o vocalista muda e o compositor é realmente o cara que cria o som da banda, eu quero, dizer, desse jeito funciona. Se você pegar...existem muitas bandas diferentes com cantores diferentes. Se a força motriz da banda é outra pessoa na banda, a banda ainda soará da mesma forma, independentemente de que instrumentistas ou vocalistas mudem. Isso não quer dizer que todo mundo vá gostar da mudança. Algumas pessoas eu acho que ficam presas ao passado. Tudo bem, elas podem ficar presas ao passado e ficar com aqueles álbuns que elas gostam, mas, a maioria das bandas que são sérias e que tem uma visão de realmente continuar investindo em si próprias vão seguir em frente. Sabe, nós vivemos o momento para o futuro e não para o passado.

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Daniel Tavares: Eu estava pensando no IRON MAIDEN, na forma como o Steve Harris dirige a banda, da mesma forma que você. E sobre o DEMONS AND WIZARDS, seu projeto com o vocalista do BLIND GUARDIAN, Hansi Kürsch. Em uma entrevista recente, você comentou que estariam trabalhando em um novo material. É verdade? Quando nós vamos ter um novo material do DEMONS AND WIZARDS?

Joe Schaffer: Bem, nós estamos nos estágios iniciais, mas, sim, é verdade. Eu não posso dizer quando exatamente, porque eu não consigo tirar um tempo livre no começo do ciclo de um álbum do ICED EARTH. E ele está trabalhando em algum material também, mas nós estamos trabalhando nisso. Nós temos querido isso por muitos anos e agora está acontecendo de verdade, então a questão é quanto tempo isso vai levar. E isso eu realmente não posso responder, porque nós não queremos apressar nada, não há razão pra isso, nós queremos fazer isso com qualidade, música com qualidade. Eu diria que dentro de um ano, dois no máximo. Mas eu acho que podemos conseguir terminar em um ano ou dezoito meses.

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Daniel Tavares: Você tem falando também em algumas entrevistas sobre política. Nos Estados Unidos você tem o Donald Trump e algumas pessoas dizem que ele pode entrar em um processo de impeachment. E aqui nós tivemos um processo de impeachment no ano passado e talvez tenhamos outro processo de impeachment este ano [Nota: a entrevista foi realizada em junho, antes da decisão da Câmara de não afastar Michel Temer da Presidência] no Brasil. Como você vê a política em geral, o que você falaria sobre política? Você conseguiria comparar a política brasileira com a política americana?

Joe Schaffer: Bem, eu não sei. Eu quero dizer, eu realmente não posso falar inteligentemente sobre política brasileira porque eu não vivo aí e não conheço os detalhes, mas eu acho que, em geral, se você olhar em todo o mundo, ela é toda corrupta. E essa corrupção cria caules dos ricos e dos grandes banqueiros, que são aqueles que realmente dão as regras no mundo. E eles vivem nas sombras. Então eles montam todos esses políticos, apesar de que são eles que tem a autoridade suprema. Esses políticos montados não tem. E esse é o truque. Esta é a grande coisa que tem movido as pessoais. Elas acreditam que tem uma escolha, mas elas não tem escolha. Não importa pra mim, especialmente aqui nos Estados Unidos, se é um republicano ou se é um democrata. Sabe, os banqueiros de Wall Street controlam ambos os partidos. A única coisa que eu pensei que era realmente interessante sobre o Trump foi que ele supostamente não era financiado e nem tinha o apoio financeiro dos banqueiros de Wall Street. Então, isso é interessante. E você também tem o fato de que a elite social, econômica e política do país, os republicanos o odeiam, os democratas o odeiam, a mídia o odeia. Então você tem que imaginar que talvez ele seja um cara bom. [risos] Eu não sei cara. Porque todos esses montes de merda, eu quero dizer, pessoas terríveis o odeiam absolutamente. Eu não sei o que ele é. Eu não estou dizendo que ele é e eu não sou um apoiador dele. Eu acredito que o sistema federal dos Estados Unidos é completamente criminoso. Eu acho que o tempo vai dizer se o Trump é bom ou mau, ou o que quer que seja. Eu não gosto da ideia de falar em mais e mais guerra. Simplesmente não precisamos de mais nenhuma guerra, mas toda vez que a economia chega perto de explodir, eles bombardeiam outro país. Este é o problema. Parece que é tudo a mesma situação. Quase todo país no mundo é regido por um banco central. E então você tem que perguntar quem rege esse banco central. E é aí que você realmente se preocupa com o quanto nosso sistema político funciona. Enquanto as pessoas sejam capazes de produzir dinheiro a partir do ar rarefeito, corruptos de ambos os lados, ou de todos os lados, do sistema político, então as pessoas do mundo terão uma batalha real em suas mãos. É tão ilusório, toma lugar nas sombras, e quando você sabe que controlando a mídia, controla a informação que as pessoas conseguem, é fácil enganar as pessoas. E este é o problema. É um sistema muito feio em todo o mundo e eu acho que as pessoas estão acordando cada vez mais para isso. Eu só fico preocupado e acho que minha visão geral é que a liberdade é melhor que mais governo, não importa qual, porque, se você tem um governo que controla tudo ou corporações que controlam o governo, ambos os sistemas são ruins, não importa como você queira chamá-los. Você pode chamá-los de comunismo, fascismo, socialismo, o que quer que seja. Tudo isso tem a ver com mais e mais governo. A ideia do governo em si é controlar as pessoas, controlar sua riqueza. Eles roubam seu dinheiro e o redistribuem. Usualmente eles roubam para si mesmos ou para grandes corporações. Eu acredito que se tivéssemos um mercado livre, um mercado realmente livre, um sistema baseado na liberdade, haveria mais paz no mundo. E haveria mais riqueza para as pessoas. Mas, ao invés disso, nós temos todos esses criminosos sequestrando o governo. Eles roubam das pessoas, eles criam a guerra e eles se sentam nas sombras e apenas riem disso. E ficam vergonhosamente ricos e seus lucros aumentam porque eles estão no poder. Foi assim com os Bushes, Clinton e Obama e em toda a história recente. Isso acontece em todo o mundo dessa forma. Então isso é simplesmente horrível, uma situação horrível. Eu espero que as pessoas possam perceber isso, porque uma vez que isso é visto, uma vez que isto é exposto, então desmorona, porque isso só pode funcionar enquanto trabalha nas sombras, através de mentiras e ilusão. A menos que nós entremos numa coisa global, que é o que muitas pessoas querem, porque a tecnologia recente está entrando no caminho, no caminho em que eles sejam capazes de controlar a humanidade pode ser muito amedrontadora. Eu quero dizer, se você assistir a muitos dos filmes distópicos que foram lançados na última década, vai saber que eles estão quase te dizendo o que vai acontecer. E eu acho que a humanidade vai resistir no final porque, sabe, o universo não funciona de uma forma. Esta é uma longa resposta para a sua pergunta. Eu apenas fico puto com essas coisas.

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Daniel Tavares: Sem problema, foi também uma boa resposta. Existe uma pergunta que faço para todos os meus entrevistados. Queria saber se há algum artista ou banda que você goste, que escute em sua casa ou mesmo que tenha tido alguma influência no seu som e que venha do Brasil.

Joe Schaffer: Bem, a única banda que eu realmente conheço é o SEPULTURA. Estou tentando lembrar se conheço alguma além do SEPULTURA. O ANGRA é do Brasil, ou apenas um de seus membros?

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Daniel Tavares: Sim, o ANGRA é do Brasil.

Joe Schaffer: Está certo. Ok. Eles eram uma grande banda lá atrás. Eu não tenho ouvido nada deles por um longo tempo, mas eu acho que, sabe, quando a gente precisa de um pouco de energia extra antes de subir no palco e eu ponho um pouco de SEPULTURA pra rolar no backstage. É usualmente algumas vezes quando nós estamos cansados, nós estamos esgotados de todas as viagens e nós botamos um pouco de SLAYER e SEPULTURA e começamos a fazer jams e acordamos. Eu diria que estas duas bandas são as únicas que realmente são familiares pra mim, mas tem mesmo um bom tempo que eu não penso no ANGRA. Eu quero dizer, eles ainda estão na ativa?

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Daniel Tavares: Sim. Eles ainda estão na ativa. Agora estão com o Fabio Lione, do RHAPSODY OF FIRE, nos vocais.

Joe Schaffer: Ele é italiano, né?

Daniel Tavares: Sim. E o Kiko Loureiro, guitarrista do ANGRA, agora está tocando no MEGADETH.

Joe Schaffer: Certo, está certo. OK. Eu agora lembro de ter lido sobre isso.

Daniel Tavares: Estamos chegando ao final da entrevista. Foi um prazer conversar com você, mas eu gostaria que você mandasse uma mensagem pra todos os seus fãs do Brasil, diga o que quiser pra eles, pra gente encerrar.

Joe Schaffer: Eu adoro vir ao Brasil. É um lugar que tem um dos espíritos mais ardentes no mundo. Então nós estamos querendo voltar aí e eu encorajo todo mundo a conferir o "Incorruptible" porque ele é um disco que eu acho que vai fazer todos os fãs do ICED EARTH, ou quase todos porque você nem sempre consegue atingir todo mundo, vai fazer a vasta maioria deles muito orgulhosa e muito feliz. Então eles devem conferir. Estamos procurando estar aí numa turnê. Obrigado.

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"Incorruptible" tracklist:

1. Great Heathen Army (5:21)
2. Black Flag (4:56)
3. Raven Wing (6:25)
4. The Veil (4:47)
5. Seven Headed Whore (3.00)
6. The Relic (Part 1) (4:59)
7. Ghost Dance (Awaken The Ancestors) (6:35)
8. Brothers (4:45)
9. Defiance (4:08)
10. Clear The Way (December 13th, 1862) (9:30)

Todas as fotos nesta matéria: icedearth.com

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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