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2019: os melhores discos do ano segundo Daniel Tavares

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Fonte: Daniel Tavares
Postado em 08 de janeiro de 2020

Não há nada o que comemorar neste ano que acabou. E que bom que acabou.. Perdemos um dos maiores nomes do Heavy Metal no Brasil...

Admirado por milhares, respeitado por todos, ANDRE MATOS deixa um legado que não se restringe ao que chegou a lançar antes de desaparecer deste mundo tão repentinamente, mas também ao imenso número de bandas e jovens artistas que inspirou e que continuarão produzindo por muitas e muitas décadas. No entanto, jamais iremos ter a proximidade de seu talento, sua simpatia e sua voz novamente. E isso é o suficiente para que 2019 seja um dos piores anos para a música brasileira, especialmente para o Heavy Metal.

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Deste ano terrível, há, entretanto, algumas coisas boas a falar. Dos discos que mais ouvimos e algumas boas surpresas temos que, claro, com inúmeras injustiças, destacar os seguintes (sem ordem de preferência, embora haja alguns que realmente quase gastaram toda a agulha do Spotify):

Banco del Mutuo Socorso - Transiberiana

A BANCO DEL MUTUO SOCCORSO é mais uma daquelas seminais bandas italianas de prog com nomes esquisitos que acabaram tendo que ser reconhecidas também por seus acrônimos, a exemplo de Premiata Forneria Marconi (PFM), Il Rovescio della Medaglia (RDM) e, pasmem, Raccomandata con Ricevuta di Ritorno (RRR).

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Um dia a BANCO DEL MUTUO SOCCORSO pediu ao tempo mais tempo. Ele respondeu que não, mas ainda lhe concedeu mais quarenta anos de grandes canções, a bater testa a testa com os rivais britânicos do "rei carmesin". E mesmo depois do trágico acidente que tirou a vida de seu carismático vocalista e membro fundador Francesco Di Giacomo, o tempo ainda deu mais uma segunda chance à banda, na figura de Tony D'Alessio, um participante da versão italiana do X Factor. Tony D'Alessio não tem na voz o mesmo soul estilo Tim Maia que era possível notar em Di Giacomo (eu exagero?), mas tem uma agressividade maior que deve cair no gosto principalmente dos norte-americanos. Eu chuto.

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Uma viagem não tão extensa quanto a viagem humana de "Darwin" (de 1972), "Transiberiana" ainda é uma experiência de vida e intenta contar, através da metáfora de uma viagem cruzando a Sibéria (nas entrelinhas, um território bem maior que a natal Itália dos integrantes da banda) a trajetória de vida de uma pessoa e, porque não dizer, da própria banda quinquagenária.

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Vittorii Nocenzi, membro fundador, explica a viagem como um caminho sempre aberto para a exploração de novas linguagens, com a habilidade de contaminá-las, recriá-las e modernizá-las, por fora da banalidade de esquemas pré-estabelecidos. " A jornada trans-siberiana é a jornada propriamente dita, a mais ansiosa e mais arriscada, a mais aventureira e a mais sonhada, a mais impermeável e a mais fascinante, como a vida. A jornada trans-siberiana é uma metáfora em si, com sua alternância genotípica de territórios hostis e paisagens de tirar o fôlego", disse ele.

A capa é uma releitura da capa do debut, agora com o pictograma do cofrinho representando o globo e com a dita ferrovia em destaque. Isso pode ser uma notícia ruim com a banda demonstrando através do ideograma que está se aposentando. Ou pode ser boa, apontando para um recomeço depois da trágica perda de seu vocalista há poucos anos. De uma forma ou de outra. é por causa desse álbum que o papai aqui mergulhou fundo no prog italiano e até começou a estudar o idioma, que, ao contrário do prog ao redor do resto do mundo, predomina nas composições de cada uma das bandas citadas ali em cima.

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DREAM THEATER - Distance Over Time

O DREAM THEATER deu uma boa contribuição para o ano de 2019 com uma passagem pelo Brasil e um disco que os trouxe de volta aos tempos áureos. "Distance Over Time" afastou-se da pomposidade do chato "The Astonishing" e mostra que a banda mais importante do Metal Progressivo ainda é, sim, muito relevante. Uma resenha completa você pode encontrar aqui:

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GONG - The Universe Also Collapses

A nova encarnação do GONG dá ao excelente "Rejoice! I'm Dead", de 2016, um sucessor à altura, embora bem mais curto. Com apenas quatro canções (uma de vintes minutos que passam como se fossem dois), a turma que hoje levanta a bandeira da clássica banda de rock progressivo, inclusive o brasileiro Fabio Golfetti na guitarra, mostra como uma banda pode se reinventar mesmo após a perda de seu principal mentor. Longe de algumas das deliciosas maluquices do passado, mas mantendo a virtuose e psicodelia, com o toque jazz unipresente de Ian East, a banda generosamente nos oferece mais uma obra de extrema beleza em 2019.

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Borknagar - True North

Não é verdade que os esquimós tem dezenas de palavras para neve, mas é verdade que o BORKNAGAR tem dezenas de canções para louvar sua gélida terra natal. Em 2019 podemos dizer que se somaram mais 9. "True North" começa repentinamente, com o som de trovão, como não estamos mais tão acostumados e é um tanto mais leve que os álbuns anteriores e com mudanças na voz (não só nos nomes, com o retorno do vocalista I.C.S.Vortex e a partida de Vintersorg, mas também na quase ausência de guturais). O álbum de 2019 tem belos momentos cheios de melodia e garantem uma vontade de começar tudo de novo logo que acaba a belíssima "Voices". E se você não fizer isso, canções assobiáveis como "Up North" vão ficar na sua cabeça como uma maldição.

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Krenak - Under Hatred

Brutalidade em forma de música. A KRENAK ficou afastada dos palcos por um tempo, mas retornou com um segundo trabalho extremamente coeso e milimetricamente perfeito. Os vocais de Felipe Ferreira são arregaçadores e a parede de violência que o trio faz está no nível dos primeiros álbuns dos grandes nomes do estilo como MORBID ANGEL e DEICIDE. Porradaria do início ao fim, sem conceções.

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Tool - Fear Inoculum

O álbum do TOOL não é fácil de ouvir. Canções longas demais e cheias de efeitos podem afastar os mais desavisados. No entanto, quem procura por sangue novo (embora o TOOL não seja exatamente isso) encontra um prato cheio em "Fear Inoculum". O álbum foi prometido para 2018, 17 e vários anos anteriores, então, todo esse tempo de falsas promessas devem ter maturado a obra como um bom vinho. Passagens instrumentais sem pressa, riffs marcantes e uma áura de mistério preenchem todo o álbum, a joia de 2019. Pra quem acha que não há mais nada de novo no rock, é melhor rever os pensamentos.

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Thrunda - Não é Que Eu Vou Fazer Igual, Eu Vou Fazer Pior

A THRUNDA recebeu um duro golpe em 2018. O baterista Hermes Capone faleceu vítima de um AVC. A banda, no entanto, não desistiu de sua luta antifa e fez de "Não é Que Eu Vou Fazer Igual, Eu Vou Fazer Pior" uma homenagem não só ao amigo perdido, mas a todo o rock feito no Ceará, não se restringindo ao punk e HC, estilo que pratica. Bandas como FACADA, JUMENTAPARIDA e até mesmo a Death Metal OBSKURE receberam seus tributos em forma de um álbum de covers rápidas e urgentes. O álbum vale não só por ser uma compilação de muito do que tem sido feito de melhor no estado nordestino, mas também pela própria assinatura da THRUNDA.

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Ave Sangria - Vendavais

Demorou décadas para que a AVE SANGRIA lançasse seu segundo álbum oficial. E, sem alarde, a banda que mal saia de seu Pernambuco natal lançou "Vendavais", um álbum com um som muito NOVOS BAIANOS, muito MORAES MOREIRA e, obviamente, muito AVE SANGRIA, um rock baseado no rock inglês, mas com um sabor muito nordestino (ou uma música pernambuca com sabor roqueiro). E no meio disso tudo, psicodelia de Sol quente na moleira até dar uma dor. Um disco para ficar "Em Órbita".

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Possessed - Revelations of Oblivion

"Revelations of Oblivion" até tenta trazer novamente a aura de "Beyond The Gates" e do seminal "Seven Churches", mas, embora falhe na tarefa, o retorno de Jeff Becerra aos estúdios é algo a ser louvado. Ao vivo, Becerra, mesmo em sua cadeira de rodas é um frontman como poucos. E a atuação de Emilio Marquez molestando a bateria também é digna de nota.

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Rival Sons - Feral Roots

O rock and roll resiste e vive no RIVAL SONS. Com instrumental perfeito, rico e com um dos melhores vocalistas que apareceram nos últimos tempos, o RIVAL SONS mantem acesa a chama do LED ZEPPELIN, DEEP PURPLE e afins, mas, sem soar uma cópia. É como ouvir um disco de 1978, mas estando em 1975. Destaque óbvio para a faixa título.

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Blut aus Nord - Hallucinogen

O que diabos é o BLUT AUS NORD. Seja o que for, é muito bom. Som black metal misturado com ambient music, shoegaze, space rock e o que você achar que deve jogar junto na panela. Uma banda para acompanhar e torcer para que lancem novos discos todo ano.

Thee Oh Sees - Face Stabber

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THE OH SEES é uma das coisas mais legais que ouvimos ultimamente. E foi graças a uma indicação do enciclopédico Gastão Moreira, em um dos vídeos em seu canal. A capa, sem nome algum, não dá absolutamente nenhuma pista do ritmo hipnótico dançante do conteúdo de "Face Stabber". Ficamos meio viciados na levada de baixo de "The Daily Heavy", que abre o álbum e em todas as outras quinquilharias que vem adiante (e descobrimos coisas boas também na antiga fase da banda, chamada simplesmente de OH SEES). Os caras também lançaram um "álbum" esse ano chamado "The 12" Synth, mas ainda não conseguimos ouvir com a atenção merecida. Confira aqui o vídeo do Gastão e depois aproveita para conhecer as outras sugestões do VJ, como o "South of Reality", da THE CLAYPOOL LENNON DELIRIUM, com a voz de Lennon (o filho Sean, mas um timbre muito próximo ao do pai) e o baixo de Les Claypool.

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Manegarm - Fornaldarsagor

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Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Há muito mais no Viking Metal que o AMON AMARTH. Um mergulho na mitologia nórdica, com canções abordando mitos e lendas, heróis e guerreiros da península escandinava, o MANEGARM lançou este ano mais um excelente e essencial trabalho. O idioma pode ser uma barreira, mas cada uma das canções de "Fornaldarsagor" teve, à época que antecedeu o lançamento, a tradução e explicação do tema nas redes sociais da banda. O MANEGARM estave no Brasil em 2018 para shows em Porto Alegre e em São Paulo (dois shows, um acústico). Já está na hpra de voltar. E com o Fornaldarsagor na bagagem.

Blood Incantation - Hidden History of the Human Race

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Uma canção Death Metal com quase vinte minutos? Temos. Mas que fique bem claro que o principal apelo no segundo álbum deste banda do Colorado não é apenas a duração da música. O inusitado resultado poderia ser alcançado juntando qualquer quatro ou cinco faixas "normais" de qualquer banda de Death Metal. "Awakening from the Dream of Existence to the Multidimensional Nature of Our Reality (Mirror of The Soul) realmente precisa de cada um dos seus minutos. Uma longa viagem pelos mistérios do espaço e pelos mistérios do nosso próprio chão, uma viagem pelo passado (alienígena?) e pelo futuro (post-mortem?) que precisa e deve ser apreciada com dedicação. A BLOOD INCANTATION não tem nem dez anos de formação, mas já atrai olhares como um grande medalhão.

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Rammstein - Untitled (ou Rammstein)

Um simplesh palito de fóshforo pode não fazerr neim barulho. Ou um eshtrrago enorrme. O álbum que não teim nome, mash que ficou conhecido pela alcunha da própria banda alemã teim o peso, a eletrrônica, mas tambéim a grosseria inereinte ao idioma, a conteshtação, o cinishmo... É verrdade que o clipe de "Deutschland" (com o nome do país natal do RAMMSTEIN - da forrma como eles o conheceim por lá), um dos melhores clipes do ano, realmeinte carrega todo o álbum nash costash, mas não teim muito trabalho pra isso. Há fillers como "Was Ich Liebe, mash muitosh bonsh momeintosh como a kraftwertika "Radio", a rraivosa "Puppy" e a bela "Diamant". É impressionainte o resultado alcançado por Till Lindemann e seus asseclash de Berlim. Em teimpos de "Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos" seria até bom que o RAMMSTEIN cantasse algumash de suas letrash em português. Ou quem sabe, não.

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Sons of Apollo - Live with the Plovdiv Psychotic Symphony

Pegue Jeff Scott Soto, Bumblefoot, Billy Sheehan e os ex-DREAM THEATER Derek Sherinian e Mike Portnoy, tempere com a Orquestra de Plovdiv (acostumada a acompanhar astros de rock em suas incursões sinfônicas), junte tudo numa panela, bote pra ferver por duas horas e quarenta e sete minutos e você terá uma extraordinária obra prima. Escrever assim pode parecer simplório demais, mas, qualquer tese de doutorado que porventura venhamos a escrever sobre um grupo como esses vai parecer a música do Danoninho. Focando no primeiro álbum oficial do super grupo, "Psychotic Symphony" (o próximo está pra chegar) e incluíndo covers magistralmente escolhidas e executadas de LED ZEPPELIN, QUEEN e PINK FLOYD, entre outros, esse é um álbum imperdível. Claro também que este é o melhor registro em vídeo do ano.

Maquinas - O Cão de Toda Noite

O virtuosismo e melancolia que resulta na mistura de Jazz e rock avant-garde é frágil, forte, defeituoso, viril, etéreo, denso... Aqui a música extrapola limites, voa... É torto. E é por isso que é tão bom. O lamento está morto. E é por isso que é tão urgente. E não estejamos mais onde nunca estivemos porque é para lá que vamos.

Facing Fear - Ana Jansen

Ana Joaquina Jansen Pereira não poderia chegar a ser chamada de "a Elisabeth Bathory brasileira", mas, pela crueldade com seus escravos, virou lenda no Maranhão. Diz-se que foi condenada a vagar eternamente pelas ruas de São Luís em uma carruagem fantasma. A banda FACING FEAR resolveu "homenageá-la" no primeiro álbum completo. E fizeram um bom trabalho. As canções, os agudos e os solos de guitarra (principalmente estes, na minha opinião) do disco, que, apesar de parecer, não é conceitual, vão cair no gosto dos Headbangers. Embora a arte da capa lembra um pouco o álbum "Abigail", de KING DIAMOND, o que você vai encontrar na obra assemelha-se muito mais ao JUDAS PRIEST. Uma banda underground na medida para festivais.

Johnata Doll e os Garotos Solventes - Alienígena

"Ah ele quer se sentir à vontade
para fazer piada de preto e gay
Ah ele que sentir à vontade
para deixar mulheres em submissão
Ah ele quer comprar um revólver
para atirar num pobre no sina
Aí matou a mãe, a irmã, a avó, a cadela aí
Depois vieram e votaram nele".

Versos assim abrem "Matou a Mãe" e o próprio "Alienígena", de Johnata Doll, cearense que, assim como um baiano fez em 1978 numa canção, neste 2019 traduziu a maior metrópole do país em seu terceiro álbum. O olhar "estrangeiro", ou melhor, "alienígena" pela Paulista, pelo Vale do Anhangabaú não poderia ser mais nativo. "Alienígena" tem a cara do metrô, tem a cara do Centrão, tem o cheiro do Tietê, mas tem também a cara das praças de alimentação dos shopping centers. E ainda temos a aura oitentista de INOCENTES, CÔLERA e, em bem menor amplitude, LEGIÃO URBANA. A capa... bem, a capa é bem feia. Não há dúvida nisso.

Uganga - Servus

Depois de "Opressor", em 2014, não seria surpresa se o UGANGA lançasse mais um grande trabalho. E realmente não foi. "Servus" é tudo aquilo que se esperava e um tanto mais. O trabalho de Manu Jocker (ex-SARCOFAGO) e da banda está ainda mais empolgante, com rápidas visitas a outros estilos musicais, mas com um Thrash que não fica a dever em nada a qualquer outra banda que cante em inglês (inclusive as brasileiras). Riffs chamativos, solos cativantes, introduções certeiras e, o que é bastante necessário para uma banda que se arrisca a cantar em português, letras contundentes fazem de "Servus" mais um álbum para ouvir muitas e muitas vezes dos mineiros. Um dia a UGANGA será lembrada como as grandes do Thrash Nacional. Já deveria ser, aliás.

An Theos - Renăscând

A exemplo do Folk Metal escandinavo, o Folk Metal romeno também pode se tornar bem interessante com a adição dos elementos da cultura do país de Vlad, o Impalador. Contando a história dos povos e guerreiros da região dos Carpatos, o octeto AN THEOS é um dos representantes do estilo, que trás elementos bem interessantes e algumas diferenças com o que estamos acostumados a chamar de Folk Metal. "Renăscând" (renascimento) é o terceiro álbum e, depois de uma certa estranheza inicial, torna-se viciante. Se se interessar mais pelo metal romeno preste atenção também na E-AN-NA (N.T. Sem Fim) e no álbum "Nesfârşite", também lançado em 2019.

Comentários finais

2019 também viu os filmes biográficos musicas aparecerem como grande filão como consequência ou não do sucesso de "Bohemian Rhapsody". Pelo menos três destes tiveram grande destaque: "Lords of Chaos", sobre os eventos pertubadores da história do MAYHEM (o filme é de 2018, mas vimos em 2019), "The Dirt", sobre o MOTLEY CRUE e "Rocket Man", sobre ELTON JOHN. Os três são muito recomendáveis. E que a moda continue.

Esse ano o álbum do OPETH ("In Cauda Venenum") não entra na lista. Embora ele tenha seus bons momentos e conte, claro, com a genialidade e virtuosismo de Akerfeldt, Akesson e cia, falta-lhe um "punch", uma força que o mova. E não estamos falando de guturais. Por outro lado, uma banda que perdeu esse dito "punch" há muito tempo e parece estar pelo menos disposta a buscá-lo novamente é o COLDPLAY. "Arabesque" um dos primeiros singles de "Everyday Life" é espetacular. O resto do álbum não segue o ritmo, mas fica a mensagem de que há salvação para o COLDPLAY. E pra gente? Será que temos salvação?

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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