Johnny Rotten: vocal do Sex Pistols cuida da esposa com Alzheimer em tempo integral
Por Igor Miranda
Fonte: The Mirror
Postado em 11 de junho de 2020
John Lydon, outrora conhecido como Johnny Rotten, vocalista de bandas como Sex Pistols e Public Image Ltd, revelou em entrevista ao The Mirror que está cuidando em tempo integral de sua esposa, Nora Forster. Ela foi diagnosticada recentemente com Alzheimer.
Lydon, de 64 anos, e Nora, de 78, são discretos com relação ao público, mas estão juntos há mais de 40 anos. Os dois se casaram em 1979, pouco após o fim do Sex Pistols.
"Nora tem Alzheimer. Sou cuidador dela em tempo integral e não vou deixar ninguém confundir a cabeça dela. Para mim, a pessoa real ainda está lá. Aquela pessoa que eu amo ainda está lá, todos os minutos de todos os dias, e essa é a minha vida. É uma pena que ela se esqueça das coisas", afirmou o vocalista.
O icônico Johnny Rotten descreveu a situação da esposa como uma "ressaca permanente". "Fica cada vez pior, partes do cérebro armazenam cada vez menos memórias e, de repente, algumas lembranças somem completamente. Especialistas estão muito impressionados com o fato de ela nunca me esquecer. Estamos constantemente um com o outro e essa lembrança dela não vai sair de lá", disse.
Por fim, o vocalista disse que está 100% comprometido com o cuidado à esposa, recusando-se a interná-la em uma clínica ou asilo. "Fico isolado de qualquer forma porque cuido dela integralmente. Não preciso sair por aí e socializar com c*zões", afirmou.
Em função da doença da esposa, nos últimos anos, a carreira musical de John Lydon está em hiato. O último show feito pelo Public Image Ltd aconteceu em novembro de 2018, na Cidade do México, como última data de uma turnê que promovia o documentário "The Public Image is Rotten". O álbum de estúdio mais recente, "What the World Needs Now...", é de 2015.
O Alzheimer
De acordo com o Ministério da Saúde, a Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.
A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles.
Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.
A causa do Alzheimer ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.
No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas.
Para mais informações sobre a Doença de Alzheimer, acess o site do Ministério da Saúde.
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