Ozzy Osbourne: "Se Trump diz algo, eu faço o oposto do que ele falou"
Por Igor Miranda
Postado em 26 de agosto de 2020
O vocalista Ozzy Osbourne voltou a se posicionar contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Desta vez, ele falou sobre o político em questão durante um episódio do programa "Ozzy Speaks", na rádio SiriusXM.
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Em meio ao bate-papo com o co-apresentador Billy Morrison, Ozzy tocou no assunto da pandemia do novo coronavírus. O cantor lembrou que o público precisa usar máscaras e praticar o distanciamento social.
Foi aí que o Madman fez uma crítica a Donald Trump, conforme transcrito pelo site Blabbermouth. "Goste ou não do governo, tanto faz. Os médicos nos dizem o que fazer: use máscara, lave as mãos, distanciamento social... não vou a lugar algum. Se o presidente diz algo, eu faço o oposto do que ele falou. Ele muda de ideia toda hora", afirmou.
Em seguida, Ozzy destacou que é importante ter alguém próximo para que se possa desabafar em meio ao momento difícil que atravessamos. "As pessoas precisam aprender a compartilhar seus sentimentos com alguém de confiança, pois as pessoas que estão trancadas e preocupadas com a pandemia precisam descarregar. Se você não fizer isso, ficará deprimido, e quem sabe o que vai acontecer se você se deprimir?", disse.
O cantor pontuou que as pessoas não precisam ter medo de compartilhar seus sentimentos. "Todos estamos no buraco agora. Estamos todos em um ambiente onde não queríamos estar. Se estou sozinho, é algo ruim. Minha cabeça nunca me diz para fazer algo que seja bom", concluiu.
Para Ozzy, Trump "age como idiota"
Recentemente, em entrevista à Rolling Stone, Ozzy Osbourne fez uma série de críticas a Donald Trump. "Se eu disputasse a presidência, tentaria aprender um pouco sobre política, porque a p*rra do cara que está lá não sabe muito sobre isso. A Constituição diz que todos podem ser presidentes, mas não é como se qualquer um pudesse se tornar um cirurgião e chegasse com um bisturi. Você precisa saber o que está fazendo", afirmou, inicialmente.
Ozzy se recusou a escolher seu nome preferido para as próximas eleições nos Estados Unidos. Porém, ele não escondeu sua decepção com Trump, especialmente no que diz respeito à forma como o presidente americano lidou com a pandemia do novo coronavírus.
"Na minha vida toda, nunca vi algo assim. Está piorando, não melhorando. E esse cara age como um idiota. Não gosto de falar de política, mas preciso dizer o que sinto com esse cara. Não há muita esperança. Talvez ele tenha uma carta na manga e nos surpreenda, e espero que tenha. Mais de mil pessoas morreram no país em um dia recentemente. Isso é insano. Pessoas precisam lidar com o distanciamento e o uso de máscaras, senão nunca vai acabar", declarou.
Proibição de uso de músicas
Ozzy e sua esposa e empresária, Sharon Osbourne, proibiram Donald Trump de usar as músicas do Madman em eventos políticos em junho de 2019. Na época, o casal ainda provocou o presidente.
"Tenho uma sugestão para o sr. Trump: talvez ele deveria procurar alguns de seus amigos músicos. Talvez Kanye West ('Gold Digger'), Kid Rock ('I Am The Bullgod') ou Ted Nugent ('Stranglehold') permitam o uso de suas músicas", dizia a nota, citando apoiadores de Trump.
Diversos outros músicos do rock também proibiram o uso de suas canções por parte de Donald Trump. Entre eles, estão Guns N' Roses, Aerosmith, Linkin Park, Twisted Sister, R.E.M. e Neil Young.
No fim do último mês de julho, vários artistas de rock e outros estilos divulgaram uma carta aberta exigindo que políticos dos Estados Unidos passem a pedir autorização antes de utilizar suas músicas em eventos nesse sentido - neste caso, não direcionado apenas a Donald Trump, mas a todos os gestores públicos. A iniciativa foi mobilizada pela organização sem fins lucrativos Artist Rights Alliance (ARA).
Nomes como Mick Jagger e Keith Richards (ambos Rolling Stones), Steven Tyler e Joe Perry (ambos Aerosmith), Elton John, Lionel Richie, R.E.M., Green Day, Panic! at the Disco, Blondie, Linkin Park, Sheryl Crow, Sia, Lorde, Elvis Costello e Cyndi Lauper, entre outros, assinaram o texto feito pela ARA. São mais de 50 artistas e bandas solicitando atenção neste ponto.
Veja, abaixo, alguns artistas que já se posicionaram contra o uso de músicas em eventos políticos de Donald Trump:
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