Ozzy Osbourne: para ele, Trump não sabe nada de política e age como idiota na pandemia
Por Igor Miranda
Postado em 22 de agosto de 2020
O vocalista Ozzy Osbourne compartilhou sua visão sobre o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em entrevista à Rolling Stone. O cantor, que reside no país há décadas, não está nada satisfeito com a gestão de Trump e não poupou críticas a ele.
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"Se eu disputasse a presidência, tentaria aprender um pouco sobre política, porque acho que a p*rra do cara que está lá agora não sabe muito sobre isso. A Constituição diz que todos podem ser presidentes, mas não é como se qualquer um pudesse se tornar um cirurgião cardíaco e chegasse com um bisturi. Você precisa saber o que diabos está fazendo", afirmou Ozzy, inicialmente.
O Madman também revelou que discorda da possibilidade de um político mais velho, como Donald Trump, se reeleger. "Deveria haver uma idade-limite. Oito anos não é nada para muitos, mas para nós, se você está com 76, oito anos são como a morte", disse. Trump tem 74 anos, enquanto Joe Biden, seu principal concorrente na disputa eleitoral, tem 77. Ozzy, por sua vez, está com 71.
Ozzy se recusou a escolher seu nome preferido para as próximas eleições. Porém, ele não escondeu sua decepção com Trump, especialmente no que diz respeito à forma como o presidente americano lidou com a pandemia do novo coronavírus.
"Na minha vida toda, nunca vi algo assim. Está piorando, não melhorando. E esse cara age como um idiota. Não gosto de falar de política, mas preciso dizer o que sinto com esse cara. Não há muita esperança. Talvez ele tenha uma carta na manga e nos surpreenda, e espero que tenha. Mais de mil pessoas morreram no país em um dia recentemente. Isso é insano. Pessoas precisam lidar com o distanciamento e o uso de máscaras, senão nunca vai acabar", declarou.
Em levantamento divulgado na última sexta-feira (21), pela Universidade Johns Hopkins, foram registrados 5.615.998 casos e 175.204 mortes por coronavírus nos Estados Unidos até agora. Entre quinta (20) e sexta (21), foram 44.023 contaminações e 1.078 óbitos.
É o país com mais casos e mortes, seguido pelo Brasil, em ambos os quesitos. Por aqui, são 3.532.330 contaminações e 112.304 óbitos, de acordo com o Ministério da Saúde.
Ozzy e sua esposa e empresária, Sharon Osbourne, proibiram Donald Trump de usar as músicas do Madman em eventos políticos em junho de 2019. Na época, o casal ainda provocou o presidente.
"Tenho uma sugestão para o sr. Trump: talvez ele deveria procurar alguns de seus amigos músicos. Talvez Kanye West ('Gold Digger'), Kid Rock ('I Am The Bullgod') ou Ted Nugent ('Stranglehold') permitam o uso de suas músicas", dizia a nota, citando apoiadores de Trump.
Diversos outros músicos do rock também proibiram o uso de suas canções por parte de Donald Trump. Entre eles, estão Guns N' Roses, Aerosmith, Linkin Park, Twisted Sister, R.E.M. e Neil Young.
No fim do último mês de julho, vários artistas de rock e outros estilos divulgaram uma carta aberta exigindo que políticos dos Estados Unidos passem a pedir autorização antes de utilizar suas músicas em eventos nesse sentido - neste caso, não direcionado apenas a Donald Trump, mas a todos os gestores públicos. A iniciativa foi mobilizada pela organização sem fins lucrativos Artist Rights Alliance (ARA).
Nomes como Mick Jagger e Keith Richards (ambos Rolling Stones), Steven Tyler e Joe Perry (ambos Aerosmith), Elton John, Lionel Richie, R.E.M., Green Day, Panic! at the Disco, Blondie, Linkin Park, Sheryl Crow, Sia, Lorde, Elvis Costello e Cyndi Lauper, entre outros, assinaram o texto feito pela ARA. São mais de 50 artistas e bandas solicitando atenção neste ponto.
Veja, abaixo, alguns artistas que já se posicionaram contra o uso de músicas em eventos políticos de Donald Trump:
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