Laranja Sonora: conheça o disco ácido lançado em 2014

Laranja Sonora é uma banda de Rock 'n' Roll originária de Carmo do Paranaíba, interior de Minas Gerais. A banda formada em 2007 passou por várias formações e em 2014 completou-se por Vitor Guimarães, Ítalo Cardoso, Luis Eduardo, Renato Gontijo, Jonathas Amaral e Luiz Fernando; músicos experientes que foram membros de bandas como BURN, The JA/CK - Tributo ao AC/DC, O Casebre, Luiz Fernando e Os Astronautas, Rabinos do Sertão, Hammer of the Gods - Tributo ao Led Zeppelin, Dona Dinossauro, Outer Genesis, entre outros projetos da cena local.

O EP homônimo foi lançado em 25 de Janeiro de 2014 e com a mesma formação foram feitos alguns shows de exposição da obra.

O disco foi produzido pelo renomado produtor Alan Girardeli do estúdio Daum Rec em Patos de Minas, MG, a excelente capa é uma ilustração da artista Iara Borges.

A banda tentou seguir adiante com uma nova formação e realizou diversos shows e eventos na região do Alto Paranaíba.

Entretanto, o momento não era favorável para todos os envolvidos, naturalmente o projeto acabou sendo engavetado nesse mesmo ano de 2014. O material sonoro da LS é distribuído pela Tratore e está disponível nas principais plataformas de música do mundo.

Integrantes:

Voz: Vitor Guimarães
Guitarra, Violão e Voz: Renato Gontijo
Baixo: Jonathas Amaral
Bateria: Luís Silva (Andore)
Guitarra e Violão: Ítalo Cardoso

Em 2021, o vocalista e compositor Vitor Guimarães retornará com o projeto para resgatar músicas que foram deixadas de fora do primeiro disco em uma homenagem para o legado da Laranja Sonora.

'Depois de 14 longos anos sonhando e lutando por essa obra, finalmente! As músicas que foram arquitetadas para a sequência do homônimo serão produzidas e lançadas, o Laranja Sonora II verá a luz do dia em 16 de janeiro de 2021.'

O encarregado do disco é o mestre produtor Caio Machado do selo Echo Bird Records, a identidade visual é assinada pelo exímio artista Vagner Oliveira, são 6 canções que chegam para somar na imensidão do rico cenário brasileiro.

'Agradeço a todos que fizeram parte da história da banda, são 14 anos de LS e 7 anos do debut, 16 de janeiro de 2021, no aniversário de 7 anos do primeiro áudio oficial lançado, da gaveta pro mundo afora, Laranja Sonora - II.'

Mural das raridades.

Um breve relato do nosso tempo de 'Laranja Sonora'. O EP homônimo surgiu da minha insistência de registrar duas músicas (curiosamente a segunda e terceira composição da vida) que foram iniciadas em 2007, tempo de grande inspiração, sendo elas, "Rosas Negras" e "Maluco Por Você" (que antes se chamavam "Cortina do Amanhã" e "Esse é o plano") que foram registradas em ensaios apenas de maneira informativa, sendo assim engavetadas, juntamente com outras músicas que apresentei em tentativas com essa mesma formação, e também com a segunda formação (2008).

Sendo assim, gravar essas duas músicas se resumia em retomar a veia autoral e realizar esse sonho, ter uma gravação profissional, sem pretensões megalomaníacas, deixando assim um registro do nosso tempo para nossa geração, nossas famílias, nossos amigos e principalmente, inspirar, assim como fui inspirado a fazer. Ter uma banda para tocar tão somente covers já não fazia sentido, era hora de tentar algo novo.
A cena autoral de Patos de Minas estava em destaque no Alto Paranaíba, admirável, com o Festival Marreco, Coletivo Peleja, essa galera fez barulho, bandas que estavam lutando por espaço (Vandaluz, O Berço, Ana-Hu, Pato Junkie) produções de alta qualidade, uma coisa levou a outra, fui buscar minha própria voz, na tentativa de participar desse movimento.

A banda Laranja Sonora foi formada em 2007, passando por várias formações, em 2013, depois de muita conversa, os remanescentes do projeto Vitor e Luís Silva (Dudu) fizeram a convocação dos velhos amigos Ítalo Cardoso, Renato Gontijo e Jonathas Amaral, para assim iniciar os trabalhos de gravações.

O nome Laranja Sonora surgiu de uma visão da estética do nome em si, duas palavras que ficam bem juntas, não há que se falar em um significado especifico, da cor (laranja), ou do som (onda sonora), sim, rolou algumas sugestões para mudar o nome antes das gravações, mas com o passar dos dias, Laranja Sonora se consolidava.

E assim começou. O trato entre cavalheiros era: gravar essas duas canções e fazer dois shows, Carmo/Patos, então fiz algumas modificações nas letras de 2007 e depois de poucos ensaios já estávamos prontos para as gravinas. A escolha foi o elogiado Estúdio 'Daum Rec' com o Produtor Alan Delay, que também era um dos organizadores do Festival Marreco e fomentador da cena autoral local (festival que eu sonhava em participar, é muito massa).

Agendamos as gravações, adiamos uma vez, trabalhamos mais um pouco e pegamos a estrada em busca do sonhado cartão de visita autoral. Era evidente a imaturidade no estúdio, a falta de experiência, faltava algo, ou passava algo e o som fluindo.

Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

'Maluco Por Você' era a nossa "Ana Julia", uma balada sobre o amor incondicional, sobre ser rockeiro quebrado e vivenciar o drama do amor na juventude, poucas notas, música simples, para talvez ser aquela de maior alcance. Para 'Rosas Negras' que antes era um som 'grunge', criei uma roupagem na linha de uma balada folk, evidente inspiração nos sons que estavam rolando no nicho autoral de Patos de Minas, (O Berço), no melhor estilo anos 60’, com referências de 'The Ventures' e aquela brilhante música da introdução do seriado 'True Blood', as trilhas sonoras de Quentin Tarantino e era isso.

Músicas gravadas, mixadas, masterizadas. Decidimos divulgar as duas músicas! A sensação de ouvir a nossa própria música pela primeira vez foi sensacional, ler os comentários do pessoal, elogios, críticas, conselhos. Atualizávamos o facebook a todo minuto para ver se tinha novos comentários. Empolgamos!

Seguindo na estrada decidimos em lançar o EP com 4 (quatro) músicas, em uma festa para resgatar os sentimentos do passado, o rock adolescente dos tempos de banda 'Burn' onde qualquer sonho era possível e não havia tanta responsabilidade em nossas vidas. Foi natural a convocação do sexto elemento para a banda, as músicas pediam algo a mais e o nome Luiz Fernando Guimarães surgiu, vulgo 'Lu', amigo da banda e tecladista dos tempos de Burn.

A próxima canção que produzimos para o EP foi uma música que surgiu de um riff de 2008, "A minha parte" e falava sobre tentar mudar o mundo e o mundo não ajudar nesse processo, era uma letra de protesto e que chegou a ser registrada em áudio por uma fita VHS.

O som era destruidor, entretanto, estava fora do contexto das primeiras músicas registradas, que são duas baladas em uma linha folk rock/popular, a dificuldade então era de seguir uma linha aproveitando as ideias dentro do curto tempo que tínhamos, visto que fizemos a 'Maluquice' de agendar a data do lançamento do EP em Patos/Carmo sem mesmo antes ter material para constituir o disco, pensando bem, foi a melhor forma de fazer acontecer.

O riff dessa música em questão, por si só pedia uma letra que falasse sobre o Rock 'n' Roll, então fiz uma homenagem para o mestre avô Dalton e naturalmente para a banda The Gorillas - 1962/1968, conjunto de Carmo do Paranaíba MG que marcou época. Foi o útil ao agradável, a terceira música do EP "O Rock Em Minha Vida" foi uma pedrada, música que resgatou os tempos que ouvíamos sem parar bandas como: Deep Purple, Led Zeppelin, Rush, Sabbath. Estava mais do que decidido, a banda não ia seguir uma linha.

A quarta música do EP tem a melhor história, pois foi uma música sem qualquer tipo de planejamento. A Tempestade Perfeita surgiu do refrão "E temos saudades do que ainda não foi", ter saudade de um tempo que ainda não vingou, de um sonho, literalmente uma viagem. A construção dessa música surgiu do pensamento de que a verdadeira saudade consiste no sonho de uma vida da qual ainda não vivenciamos, filosofando no sentido de que aquilo que você já viveu foi de fato experimentado e aproveitado da melhor maneira dentro das possibilidades.

O tempo se encurtava, queríamos mais produções em nossas obras, detalhes, regravar algumas coisas, criar nossa identidade visual. E de poucos em poucos ensaios fomos dando vida nas ideias para o lançamento. Por fim, convoquei o meu velho comparsa Renato Gontijo e gravamos aqui em casa as guias de Rock Song e Nebulosas ("O Rock Em Minha Vida" e "A Tempestade Perfeita").

Estávamos prontos então para entrar mais uma vez no estúdio Daum Rec e finalizar o nosso EP, com pouco ensaio, na raça, estávamos prontos. Seguimos a métrica das primeiras músicas gravadas: primeiro bateria, depois baixo, em seguida guitarras/violão, depois vozes e por último teclado. A surpresa foi quando fui gravar os vocais e ouvi pela primeira vez as novas canções, eu já tinha sido advertido que não iria reconhecer o que se tornou a música "A Tempestade Perfeita" e que Rock Song estava com o som destruidor pelo qual a gente imaginou que seria. Foi de fato uma tempestade musical perfeita, emocionante.

Quando pegamos o trabalho final foi muito satisfatório, ouvíamos sem parar as músicas, foi demais. Inicialmente, encomendamos um desenho feito a mão para a capa do disco, mas na época não conseguimos digitalizar a tempo para o lançamento, uma verdadeira obra de arte da nossa amiga Júlia Melo, Gratidão!

Mais uma vez na correria, improvisei uma arte no software 'Picassa', usando imagens da internet e encomendei 100 unidades de discos, com impressão nos CDS, em seus respectivos envelopes. Começamos então com os ensaios direcionados para os dois shows. Nesses mesmos dias, ganhamos de presente o sensacional desenho que ficou sendo a capa final do trabalho em todas as mídias virtuais, ilustração da nossa amiga e apoiadora do movimento cultural regional, Iara Borges, Gratidão por toda Inspiração e apoio!

Por fim, dois excelentes shows, nostálgicos, ponderados, com direito a problemas técnicos e imprevistos, tudo muito válido. Conseguimos dar as caras na cena independente. (Bar na Béé & Sweet Home Rock Bar - Gratidão!)

Infelizmente, por motivos pessoais, tivemos duas baixas significativas na banda, Jonathas e Renato e em razão disso desaceleramos o processo de composição das músicas que tínhamos em mente para o disco com 9 (nove) faixas. Foi um baque, sempre é. Convocamos então o nosso amigo que foi baixista da Laranja Sonora em algumas apresentações e também participou de outras GIGS com a mesma turma em comum, Caio Melo (Mr. Mad Nights), fundador da banda Outer Genesis, da qual também participou Luís Silva e Weslley (segunda formação da Laranja Sonora, 2008) excelente músico/compositor.

E assim voltamos para o movimento, realizamos a primeira edição do festival internacional GRITO ROCK e participamos do II ROCK IN RUA, representando mais uma vez a Laranja Sonora. Seguimos adiante com a mesma formação, fizemos mais duas apresentações em junho de 2014 e nos ensaios a gente ainda tentava mexer em alguns esqueletos e até fizemos algumas novas músicas, a possibilidade de gravar o disco de inéditas ainda vingou por um tempo, a filosofia continuava de pé: Pés de Chumbo & Asas. O momento não era favorável para todos os envolvidos, naturalmente o projeto acabou sendo engavetado nesse mesmo ano de 2014.

O pé no chão foi necessário, pois estávamos todos nessa fase transitória da vida, de concursos, formaturas e a incessante busca pela calmaria, estabilidade. Mas o sonho continua e continuou, as asas são permanentes, já passamos do ponto sem retorno, somos a Laranja Sonora. Por fim, gostaria de agradecer a todos os músicos que fizeram parte da banda Laranja Sonora: Márcio Lucas, Weslley Araujo, Jader Natalício, Renato Gontijo, Leandro Ramanery, Caio Melo, Ítalo Cardoso, Luiz Guimarães, Dudu (Andore), Jonathas Amaral.

Agradeço também a todos os envolvidos no EP, significa muito, sem dúvidas foi o passo mais importante da minha jornada musical e continuem com a música sempre que o Timing da vida permitir, que as sonoridades cósmicas estejam com vocês! Para quem leu, obrigado pela paciência!

Atenciosamente,
Vitor Guimarães - Laranja Sonora

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