Pearl Jam: como a música ajudou Eddie Vedder a lidar com a depressão
Por Igor Miranda
Postado em 09 de dezembro de 2020
Antes mesmo de se juntar ao Pearl Jam e conquistar a fama, no início da década de 90, o vocalista Eddie Vedder já sofria de depressão. A música foi o grande combustível para ele conseguir lidar com o problema de saúde mental.
Em recente entrevista ao programa online "In the Coop with Keith Levenson", via CheetSheet, Eddie Vedder abriu o coração e contou como a doença o afeta desde a infância. Ele destacou o poder da música, porém, reforçou que outros cuidados também devem ser tomados.
"Para alguns de nós, a música é tudo que temos. E eu me refiro até a quando eu nem sabia tocar um instrumento. Sempre que converso com alguém sobre isso, seja sobre quando eu era bem criança ou sobre as depressões mais profundas, acabo dizendo que a música me ajudou. Cito que uma ou outra banda me ajudou, que uma canção me ajudou", afirmou.
Vedder revelou ficar muito feliz quando descobre que as músicas dele confortam outras pessoas - da mesma forma que canções de seus ídolos o auxiliaram no passado. "Algumas pessoas são meio que compelidas a me dizer: 'você me ajudou de verdade durante um período difícil com uma certa música que você compôs'", disse.
A música, por si só, não faz nada sozinha, de acordo com Eddie Vedder, que busca empoderar os fãs que o agradecem. "Eu sempre digo a eles: 'você superou o problema, a música talvez tenha sido como um bote salva-vidas por um minuto ali'. Mas eu sei do que eles estão falando, porque eu mesmo passei por isso. Estamos falando de 'Quadrophenia' (The Who), Talking Heads, The Germs, Sex Pistols, Ramones. Foi uma tábua de salvação completa para mim. A música importa? Sim", declarou o vocalista.
A entrevista de Eddie Vedder a Keith Levenson pode ser ouvida na íntegra, em inglês e sem legendas, no player a seguir.
* No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), associação civil sem fins lucrativos, oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, gratuitamente, 24 horas por dia. Qualquer pessoa que queira e precise conversar, pode entrar em contato com o CVV, de forma sigilosa, pelo telefone 188, além de e-mail, chat e Skype, disponíveis no site www.cvv.org.br.
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