Glenn Hughes: ele se arrepende de ter saído do Trapeze para entrar no Deep Purple
Por Igor Miranda
Postado em 12 de fevereiro de 2021
O vocalista e baixista Glenn Hughes acredita que nunca deveria ter deixado o Trapeze, sua primeira banda de destaque, para se juntar ao Deep Purple em 1973. Apesar da declaração forte, o músico tem esse pensamento não por questões artísticas, mas pessoais, relacionadas aos problemas com o vício em drogas que teve por anos.
Em entrevista à Guitar World, Hughes refletiu sobre as consequências trazidas pela dependência química em sua vida. Para ele, muitos problemas aconteceram a partir de sua entrada para o Deep Purple, que o deixou mundialmente famoso.
"Perdi muitas pessoas em minha vida, mas o homem que me tornei por causa disso mostra que devemos deixar as expectativas e os ressentimentos de lado. Eu tinha muito apego a coisas, pessoas e lugares. Quando você precisa abandonar isso, é difícil. Digo a você: eu nunca deveria ter saído do Trapeze. Deveria ter ficado nesse barco", afirmou.
O cara que atende pelo apelido de "the voice of rock" ("a voz do rock") aponta que sair do Trapeze "tem sido o tormento de sua vida". "Porém, eu tive que deixar isso para trás", disse.
A atuação de Glenn Hughes como frontman do Trapeze teve início em 1969, rendendo os álbuns "Trapeze" (1970), "Medusa" (1970) e "You Are the Music...We're Just the Band" (1972). A formação do trio era completa por Mel Galley (Whitesnake) na guitarra e Dave Holland (Judas Priest) na bateria.
Foi justamente o trabalho de Hughes no Trapeze que chamou a atenção do Deep Purple, que precisava de um cantor e de um baixista para as vagas deixadas por Ian Gillan e Roger Glover, respectivamente. A ideia, inclusive, era ter Glenn em ambas as posições, mas a banda reconsiderou e trouxe David Coverdale para ser o frontman, com o baixista também se apresentando como co-vocalista.
Perguntado se a permanência no Trapeze teria deixado Glenn Hughes longe dos vícios, ele respondeu: "Acredito que sim. Eu poderia ser afetado por isso depois, mas eu só bebia meio litro de cidra quando tinha 18 ou 19 anos. Nunca quis a 'caspa do diabo'. Quando a cocaína surgiu na América, em 1971, eu não quis. Se eu tivesse continuado em Cannock (cidade na Inglaterra) a vida toda, provavelmente eu nunca teria encontrado cocaína, então, não sei a resposta".
Além disso, ele apontou que o Trapeze nunca teve o reconhecimento que deveria ter no Reino Unido, terra natal dos integrantes. "Acho que a banda nunca fez o sucesso que merecia no Reino Unido, enquanto a América nos amava", declarou.
Por fim, o músico apontou ter orgulho de sua sobriedade, conquistada há 23 anos, em novembro de 1997. "Que vida eu tive. Após todos esses anos, tendo 69 anos de idade, eu posso continuar trabalhando, pois eu trabalho o estilo de vida espiritual. Isso realmente salvou a minha vida", concluiu.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
O disco de hip-hop que fez a cabeça dos irmãos Cavalera nos anos 80
O hino do Black Sabbath - e do Metal - que Tony Iommi acha supervalorizado

O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"
Beatles, Led Zeppelin; Regis Tadeu explica o que é uma boyband e quem é ou não é
Ian Gillan nem fazia ideia da coisa do Deep Purple no Stranger Things; "Eu nem tenho TV"
Ian Gillan atualiza status do próximo álbum do Deep Purple
Adrian Smith se diz triste pela aposentadoria de David Coverdale, mas reconhece que era o momento
Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
Regis Tadeu coloca Deep Purple no grupo de boybands ao lado do Angra
O músico "complicado" com quem Ronnie James Dio teve que trabalhar; "uma pessoa realmente ruim"


