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Death metal: por que o estilo está sem alma atualmente, segundo Nick Barker

Por Igor Miranda
Postado em 09 de abril de 2021

O death metal é, provavelmente, uma das vertentes do metal com mais bandas em atividade nos dias de hoje. Também é um dos subgêneros mais diversos, com ramificações internas como o modern death metal, industrial death metal, deathgrind, entre várias outras.

Apesar disso, o baterista Nick Barker, que tocou com nomes do porte de Cradle of Filth, Dimmu Borgir, Brujeria, Borstal e Testament, acredita que o death metal perdeu a sua essência. Conforme dito pelo músico em entrevista ao site Overdrive, o estilo deixou de ser marcado pela criação dos riffs para priorizar apenas batidas aceleradas.

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"Acho que o metal extremo ficou um pouco supersaturado, especialmente o death metal. Há um elemento em que tudo começa a soar igual. Trinta anos atrás, era tudo sobre os riffs e agora, trinta anos depois, é tudo sobre a rapidez da batida, das batidas por minuto. Não é mais sobre os riffs, é sobre a máquina de datilografia", comentou, inicialmente.

Em seguida, o músico citou as bandas e os álbuns que, em sua visão, melhor representam o death metal. "É uma pena que o death metal tenha se tornado assim. Sou da velha escola em pensar que o melhor death metal era 'Altars of Madness' (álbum do Morbid Angel), 'Slowly We Rot' (álbum do Obituary), Possessed, Death, etc. Atualmente, tornou-se quase sem alma", disse.

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Nick Barker reconheceu que a formatação atual da indústria fonográfica não favorece o surgimento de boas bandas de death metal. "É uma coisa geracional também. As pessoas não querem mais pagar pela música, elas esperam por ela de graça. Perdeu um pouco de sua credibilidade", declarou.

Logo depois, complementou: "Os artistas que estão criando essas músicas não estão recebendo o respeito que merecem. A atenção das pessoas hoje em dia é muito menor. Para ser honesto, eu não acompanho mais isso e estou muito distante".

Por fim, Nick Barker refletiu: "As boas bandas sempre resistirão, as outras serão apenas esquecidas".

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Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
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