Titãs: segundo Manoel Poladian, palavrões nas músicas quase quebraram a banda
Por Gustavo Maiato
Postado em 10 de janeiro de 2022
Não há dúvidas de que os Titãs foram fundamentais na história do rock nacional e, ao longo de uma imensa trajetória, passaram por diversas fases. De acordo com Manoel Poladian, que trabalhou com a banda por diversas ocasiões, um período específico da jornada do grupo foi especialmente difícil, pois a decisão de inserir palavrões nas músicas fez com que muita gente passasse a torcer o nariz e parasse de consumir as músicas.
"Os Titãs, quando vieram trabalhar na Poladian, estavam iniciando e eu fiz um acordo forte de promoção com a Warner. Vendíamos 350 mil discos a cada lançamento e fazíamos muitos shows. Eles eram um grande sucesso. Um dia, eles resolveram sair e ir para outra praia. Eles decidiram fazer um rock pesado, com palavrões. Esse momento levou às famílias dos Titãs a terem dificuldade de sobrevivência. Perderam muito dinheiro e viviam na base da piedade. Não ganhavam dinheiro. Isso durou até o dia que o Marcelo Fromer, que era meu amigo pessoal, chegou para mim e pediu para voltar para a Poladian. Ele me trouxe uma música e disse que dessa vez tinham aliviado nos palavrões. Aí o refrão era: ‘Filho da puta, filho da puta!’ (risos). Não tinha aliviado nada! Mas aí depois ele trouxe uma música chamada ‘Domingo’. Só aí começamos a falar a mesma língua. Para sustentar oito famílias, precisa ser algo comercial e vender. Ele precisava convencer o lado radical da banda a gravar um acústico", explicou.
O assunto foi comentado por Manoel Poladian durante sua participação no podcast Corredor 5. O produtor entregou detalhes sobre como foram as negociações para o famoso acústico na MTV, gravado pelos Titãs em 1997.
"Eu peguei o contrato que os Titãs tinham pensado com a Warner e rasguei. Era algo absolutamente leonino. Falei que esse contrato não valia nada. Eu falei que queria US$ 1 milhão de adiantamento e que iria começar a negociar com a MTV. Aí veio um contrato novo. Eu queria que a cada 1 milhão de discos vendidos tivesse mais US$ 1 milhão de dólares de adiantamento. O Marcelo e o Nando Reis me ajudaram a convencer todos. Nesse contrato, eu era como mais um Titã. Eu sempre cobrei a minha participação na proporção dos meus investimentos. Não era justo eu ganhar mais do que um deles. Isso é importante de as pessoas saberem. O acústico deve ter vendido uns 6 milhões de discos", comentou.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
A banda que serviu de inspiração para o Eagles: "Até os Beatles curtiam o som deles"
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
Aos 74 anos, David Coverdale anuncia aposentadoria e diz que "é hora de encerrar"
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
A surpreendente balada que era a música favorita de todos os tempos de Ozzy Osbourne
O álbum que metade do Black Sabbath concordava ser o pior da banda
O pior disco do Led Zeppelin, de acordo com o Ultimate Classic Rock
Halestorm é anunciada como atração do Monsters of Rock 2026
As 5 melhores músicas de progressivo com menos de 3 minutos, segundo a Loudwire
A melhor gravação de bateria de todos os tempos, segundo Phil Collins
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
O pior disco de cada banda do Big Four do thrash, segundo Mateus Ribeiro

O álbum dos Titãs que Herbert Vianna achou que os Paralamas nunca superariam
A reação de Malu Mader e Marcelo Fromer à saída de Arnaldo Antunes dos Titãs
A profecia da lendária sambista Clementina de Jesus sobre os Titãs
O ex-jogador de futebol por quem Nando Reis era fascinado
A única vez na história que os Titãs discordaram por razão moral e não estética
A melhor música dos Titãs, na opinião de Mateus Ribeiro


