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Os absurdos da produção do Rock in Rio 85 contra bandas nacionais, segundo Lobão

Por Gustavo Maiato
Postado em 28 de março de 2022

A edição de 1985 do Rock in Rio marcou a estreia do festival e colocou o Brasil definitivamente na rota dos grandes shows internacionais. De acordo com Lobão, o grande problema com o evento foi a maneira com que a produção tratou as bandas nacionais.

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Foto: Divulgação - Anatole Klapouch
Foto: Divulgação - Anatole Klapouch

O assunto foi comentado por Lobão durante entrevista ao podcast Inteligência Ltda. Segundo o compositor, aquela era uma época em que o jovem brasileiro valorizava muito o produto nacional no que diz respeito às bandas de rock.

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"A indústria brasileira ficou milionária depois do Rock in Rio de 1985. Antes, só havia os sertanejos e a MPB, que era chiquérrima, mas não vendia. Quando fui trabalhar com a Marina, não existia PA no palco. O show business foi inventado por causa do rock. Nos anos 1980, os garotos no Brasil queriam ouvir música feita aqui. Não queriam ouvir Joy Division e sim Legião Urbana. As bandas brasileiras tinham mais preferência do que uma gringa. Se tivesse um festival, então, eram esses os artistas que o povo queria ver", disse.

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Mesmo com essa preferência do público brasileiro, as bandas nacionais não foram tratadas de igual para igual pela produção do Rock in Rio de 1985. Isso porque, segundo Lobão, havia contratos que impediam, por exemplo, de artistas nacionais usarem toda capacidade da luz ou palco.

"A derrocada do rock começou quando veio esse papo de que o gringo era melhor. A submissão dos contratos do Rock in Rio foi um absurdo. Todas as bandas brasileiras tocaram de manhã. Nos festivais gringos, os artistas se encontram e todos se conhecem. Em 1985, era vedado. O Queen vinha com guarda-costas e os brasileiros ficavam encolhidos no canto. Tinha um contrato que dizia que as bandas nacionais só poderiam usar 10% do palco, 10% da luz, 10% da potência do som, 10% da visibilidade na imprensa. Tudo isso era monitorado", comentou.

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Por fim, Lobão explicou que mesmo com essa espécie de boicote que passou a surgir por parte da imprensa nacional, as bandas de rock brasileiras ficaram cada vez melhores.

"Depois disso, decidi não fazer mais show internacional. Aquilo é um matadouro, você vai ser uma radiografia de contraste horrorosa para o próximo show gringo, que vai massacrar o seu. Tinha a máfia do show business internacional e tínhamos que seguir essa regra. Depois de 1985, começou uma imprensa parida do Rock in Rio, que começou a ridicularizar as bandas brasileiras em detrimento aos produtos internacionais. Lembro que todo final do ano tinha uma enquete dos críticos musicais falando que esse seria o último verão do rock brasileiro. Mas na verdade até 1989, os artistas foram ficando mais maduros e melhores. Mesmo com todos jogando contra", concluiu.

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Confira a entrevista completa aqui.

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Sobre Gustavo Maiato

Jornalista, fotógrafo de shows, youtuber e escritor. Ama todos os subgêneros do rock e do heavy metal na mesma medida que ama escrever sobre isso.
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