Regis Tadeu traduz em palavras o que é se arrepiar ouvindo Black Sabbath
Por Bruce William
Postado em 23 de abril de 2022
Em mais um vídeo da série "Discos Que Envelheceram Bem", Regis Tadeu fala sobre o clássico "Sabotage", sexto álbum de estúdio do Black Sabbath, lançado originalmente em 1975. "Na hora que eu vi esse álbum, o choque foi imenso - mas ele foi muito negativo, a princípio, por causa dessa capa (mostra a capa e faz uma careta). Na época eu olhei e falei 'Cara, que raios de capa é essa? Como uma das minhas bandas favoritas ousava estampar no seu disco novo uma foto horrorosa como essa aqui?' Onde os caras estavam com a cabeça'. Sim, eu sabia que naquela época que, excluindo a mítica imagem da bruxa esverdeada do primeiro disco da banda (neste ponto Regis exibe o exemplar em vinil que ele ganhou da mãe em 1970 e já contou em outras histórias), então tirando essa imagem mítica do primeiro álbum, e também da belíssima capa do 'Sabbath Bloody Sabbath' (exibe desta vez uma edição em CD) eu já sabia que o Black Sabbath não era um daqueles grupos que primavam pela ousadia e pela beleza das suas capas", exibindo e comentando em seguida as capas do "Paranoid", "Master of Reality" e o "Vol 4" ("esta pelo menos tinha as imagens dos caras tocando do lado de dentro" diz Regis, enquanto exibe sua edição em vinil capa dupla com livreto), enquanto continua execrando a capa do "Sabotage" ("O Bill Ward parecia irmã mocréia que a gente tinha no círculo de amigos e que todo mundo fazia careta quando ela vinha beijar a gente", diz Regis).
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Regis conta então que quando colocou o disco pra ouvir, logo de cara adorou "Hole in the Sky", e concluiu naquele instante que mesmo se as demais músicas do álbum fossem ruins, só aquela música já valia a aquisição. "Aí eu estava lá ouvindo 'Hole in the Sky' e de repente a música acabou, de uma maneira muito repentina", diz. "Fiquei surpreso, assim como quando entrou um violão tocado num volume quase inaudível, e eu olhando no encarte do LP..." Neste ponto Regis conta que teve o vinil original nacional e fez o que ele chama de "burrada" de trocar pelo CD. Em seguida ele retoma: "E o teminha de violão bem baixinho chamado 'Don't Start Too Late', sonzinho tranquilo e relaxante, que foi novamente interrompido..." (neste ponto Regis procura as palavras e olha pro céu) ...olha, eu até hoje, abril de 2022, eu não consigo explicar o que eu senti quando o Tony Iommi entrou com aquele I-N-A-C-R-E-D-I-T-Á-V-E-L riff de 'Symptom of the Universe'! E eu tenho certeza que toda pessoa que ouviu esta música pela primeira vez... olha, se antes no meu quarto tinha aquela escuridão que eu falei, no exato momento em que começou a tocar 'Sympton' toda a Via Láctea, TODA ela foi tragada pro interior de um Buraco Negro que era o disco que estava tocando na minha frente! Juro por Deus! Comecei a ouvir a música e não conseguia respirar, meu cérebro começou a escolher pelas orelhas como se fosse um milk shake gosmento, enquanto eu (Regis gagueja) comecei a sacudir o corpo parecendo um Diabo da Tasmânia epilético. Eu só parei quando a música, na porção final, entra numa planície sonora acústica, quase jazz. E aquilo me deixou tão desnorteado, tão desconcertado, fora de brincadeira, eu fiquei mais perdido do que evangélico quando é jogado no meio de uma suruba!", conta Regis.
"A sensação lúgubre acabou quando entrou outra canção longa e assustadora chamada 'Megalomania'", prossegue Regis, descrevendo o resto da canção e do álbum com figuras de linguagem semelhantes às do parágrafo anterior, até que próximo ao final ele diz: "Então o que eu tenho a dizer é o seguinte, meu amigo e minha amiga: quase cinco décadas depois, toda vez que eu re-ouço esse disco, e eu re-ouvi o disco mais uma vez pra fazer esse vídeo aqui, eu me surpreendo porque eu sinto as mesmas sensações do passado, e foi exatamente por isso que eu fiz esse vídeo, pois esse disco envelheceu maravilhosamente bem!"
Por fim, Regis conclui: "Vou dizer uma coisa pra vocês, que beleza é a gente ser velho e ainda se emocionar com uma obra prima como se o tempo não tivesse significado nada. E se isso ainda acontece comigo, eu torço muito para que aconteça com você, e torço mais ainda que os seus filhos sintam exatamente o que eu e você sentimos a primeira vez que a gente ouviu esse disco!"
Veja o vídeo completo no player abaixo.
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