Scream Waver: líder da banda comenta último lançamento e planos
Por André Nascimento
Postado em 16 de abril de 2022
Eloisio Michalski, baixista e líder da SCREAM WAVER, contou os planos e as novidades do quarteto do município Sul Fluminense numa entrevista via e-mail, que pode ser conferida na íntegra abaixo.
Como foi o processo de composição, produção e gravação de "Dystopian Tales", novo EP da banda, lançado no último trimestre de 2021?
Foi um processo interessante, pra dizer o mínimo. A gente tinha acabado de lançar um single (From Silence to Chaos) com o novo integrante da banda, o Erick (Eller, novo guitarrista ), pra dar um gostinho do seria a nova cara da Scream Weaver, finalmente com um guitarrista fixo. E agora era o momento de montar um trabalho mais completo com ele, trazendo novos ares e uma pegada que a gente já estava buscando!
Nesse novo EP o Scream Weaver voltou a ter um guitarrista em sua formação. Eloísio como foi o processo de escolha e a sua sensação de voltar ser dedicar 100% ao contra-baixo?
A sensação de voltar pro contrabaixo foi muito boa, é meu instrumento principal, embora escreva muito em outros, na Scream Weaver não dá pra me imaginar em outro papel senão este. O processo de escolha não foi muito difícil, a gente já tinha sondado o Erick antes e o fato de sermos conhecidos já ajudou muito. Num passado remoto, eu havia o havia convidado para esse projeto, mas ele estava muito enrolado com a sua faculdade e outros projetos dele.
Nas seis faixas, cinco contam com a participação da vocalista Nathália Newlands. Qual foi a intenção ? A Scream Weaver tem planos de agregar a vocalista?
A gente já pensou a respeito, mas só de imaginar a banda com mais um integrante já dá uma canseira. É muito difícil a gente conseguir casar os horários de todos e fazer a coisa funcionar com apenas 4 pessoas, isso sem contar nosso produtor (Ricardo Lins) e a galera da arte (Fernando Ramos e Rafael Ramos). A Nathália é uma amiga muito querida e fã da banda, a gente quis fazer isso pra montar essa ponte com os nossos fãs e ao mesmo tempo realizar um sonho meu, que foi sempre ter uma voz feminina na Scream Weaver, fazendo duetos com uma voz masculina. Isso tudo é do momento, não temos planos de fazer a banda virar um quinteto, só se a coisa crescer muuuito ao ponto de a gente se dar o luxo de viver só disso. Isso também seria um sonho, mas na atual conjuntura, não rola.
Quais as expectativas da banda num período incerto, onde a pandemia do Covid-19 está de certo modo controlada e shows estão voltando. Os planos da banda para o ano de 2022?
2022 parece uma montanha russa, uma hora dá as caras de que irá melhorar, outra parece que vai piorar. Cada hora uma nova variante toma conta e a luz no fim do túnel, que antes estava próxima, agora está distante de novo. A gente quer continuar gravando e já estamos iniciando a pré-produção do próximo trabalho. A ideia é lançar dois EPs e dois singles esse ano, mas se não rolar, pelo menos um EP e dois singles.
Depois de três EPs, alguns singles e um álbum ao vivo, o Scream Weaver não tem a intenção de lançar um full álbum?
A gente tem a intenção de lançar um álbum, sim. Porém, as pessoas parecem cada vez mais desinteressadas num produto com o tamanho e magnitude de um álbum, por isso estamos optando por lançar EPS, que são curtos e parecem atender melhor a demanda do público. Os singles também se encaixam bem nessa onda, por isso temos usado eles como um prenúncio do próximo EP. Parece que a gente voltou pros anos 50/60 em que tudo era só single, mas temos muita vontade de gravar um álbum, é mais um daqueles sonhos!
Como fã de música e músico, o que você acha da cultura do streaming e a mídia física cada vez mais restrita a um nicho de colecionador?
Me entristece ver as pessoas largando os cds e vinis de lado. Eu sou colecionador e adoro ter a arte em minhas mãos, poder ler as letras no encarte, admirar aquele trabalho artístico de uma forma menos virtual, sabe? Sinto falta da época em que entrava numa loja de CD e saia de lá com alguns para adicionar a minha coleção, mas o futuro parece cada vez mais apontar para uma direção digital, em que os encartes estão em sites etc. Se é essa a direção, é por aí que iremos, como banda. Falando por mim, vou continuar alimentando minha coleção de CDs e lamento por isso tudo está se tornando um nicho, mas ao mesmo tempo fico contente de ele ainda existir. Parece que tudo está se tornando um nicho, até certo ponto.
A trilha sonora de "Sob o Olhar da Lua" foi produzida pelo Scream Weaver. Conta mais sobre o processo de composição e gravação.
Essa trilha foi nossa estréia nessa área. Queremos muito seguir com esse tipo de trabalho e a gente recomenda muito que vocês visitem o nosso site (www.screamweaver.com) para terem mais informações a respeito! O que posso dizer aqui é, foi um trabalho que nos orgulhamos muito e não vemos a hora de continuar a parceria com o amigo e produtor, Caio do Almo!
Eloísio, para encerrar a entrevista, algumas recomendações de álbuns, livros e séries?
Eu to botando minha vida em dia no quesito leitura de 'clássicos', então recomendo muito Júlio Verne - o autor está me encantando muito durante essa Pandemia tão sombria. Além de trazer muita inspiração pro livro que estou escrevendo, junto de Parasite Eve - livro de um autor japonês (Nota: o autor do livro a que ele se refere se chama Hideaki Sena). Recomendo muitos ambos. No quesito álbums, recomendo Moonlight Benjamin, que está fazendo parte da minha trilha sonora diária, assim como o último disco do Nightwish - Human. :II: Nature. De séries, eu tenho debulhado Ps! - uma série da HBO MAX que é quase um retrato autobiográfico do saudoso Contardo Calligaris, que perdemos nessa Pandemia.
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