Para Ian Anderson, os punks pensaram serem "a vacina" contra o rock progressivo
Por André Garcia
Postado em 27 de junho de 2022
O começo dos anos 70 foi a era de ouro do rock progressivo, com bandas como Yes, Genesis e Emerson Lake & Palmer todas em seu auge criativo. Nessa lista também entra o Jethro Tull, com clássicos como "Aqualung" (1971) e "Thick as a Brick" (1972). Nos anos finais daquela década, por outro lado, o surgimento do punk atropelou o progressivo, que passou a ser considerado antiquado e desinteressante.
Passaram-se décadas, mas o vocalista e líder do Jethro Tull, Ian Anderson, até hoje ainda torce o nariz para as bandas punks. Conforme publicado pela Ultimate Classic Rock, em entrevista para o The Guardian ele declarou: "Eu acho que os punks pensaram serem a vacina que livraria o mundo para sempre do terrível vírus do rock progressivo. Infelizmente, assim como no mundo real, o vírus tende a retornar de forma diferente."
Em outra entrevista também para o The Guardian, Anderson falou sobre como sua carreira sempre foi pautada pela busca por uma música eclética em vez de genérica.
"Eu amava o blues, mas, para mim, era apenas uma forma pragmática de abrir a porta, porque não era realmente o que eu queria fazer musicalmente. As referências eram 'Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band', dos Beatles, e depois 'The Piper at the Gates of Dawn', do Pink Floyd. Eu pensei: 'Eu quero fazer algo que seja assim, algo eclético.'"
"Ao longo de todos aqueles anos, no Jethro Tull nos esforçamos — para algumas pessoas nós nos esforçamos até demais. Mas é melhor fazer aquilo e quebrar a cara de vez em quando do que ficar confortavelmente sentado na acomodação. Eu ficaria incomodado se fizesse música genérica, como os [Rolling] Stones, ou mesmo o The Who — ou os Ramones, no mundo do punk."
Ciente das críticas que seu argumento o renderiam, Ian Anderson se antecipou ao dizer: "Eu entendo totalmente se as pessoas verem minhas divagações ao longo dos anos e pensarem: 'Se for para fazer uma lista de palavras, o que vem à mente quando se trata de Ian Anderson seria pomposo, vaidoso, arrogante e auto-indulgente'. Mas espero que também pensem em sério, estudioso, apaixonado e, acima de tudo, comprometido", concluiu.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A maior canção já escrita de todos os tempos, segundo o lendário Bob Dylan
Os quatro clássicos pesados que já encheram o saco (mas merecem segunda chance)
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
Guns N' Roses fará 9 shows no Brasil em 2026; confira datas e locais
Bruno Sutter aposta alto e aluga o Carioca Club para celebrar 50 anos de Iron Maiden em São Paulo
A melhor banda de rock progressivo de todos os tempos, segundo Geddy Lee
Kiko Loureiro diz o que o levou a aceitar convite para reunião do Angra no Bangers Open Air
O grupo psicodélico que cativou Plant; "Uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos"
"Estou muito feliz pela banda e por tudo que conquistamos", afirma Fabio Lione
Com mais de 160 shows, Welcome to Rockville anuncia cast para 2026
Sepultura anuncia último show na Europa
Quem é Alírio Netto, o novo vocalista do Angra que substituiu Fabio Lione
A melhor banda de rock de todos os tempos, segundo Bono do U2
Sweden Rock Festival anuncia line-up com Iron Maiden e Volbeat entre os headliners
Bangers Open Air acerta a mão mais uma vez e apresenta line-up repleto de opções
O artista que Ian Anderson coroou como "a mãe da reinvenção"
O disco de prog que Ian Anderson disse que ninguém igualou; "único e original"
Guitarrista Martin Barre, ex-Jethro Tull, anuncia autobiografia
Os 11 álbuns prog preferidos de Geoff Downes, tecladista do Yes e Asia


