Joe Lynn Turner comenta sua entrada e sua saída do Deep Purple
Por André Garcia
Postado em 03 de novembro de 2022
Quando se fala de Deep Purple, a maioria dos fãs logo pensa na formação MK II, de álbuns como "Machine Head" (1972). Muitos se limitam a ouvir apenas essa formação, a mais clássica, e a MK III, que produziu "Burn" (1974). Por conta disso, certas fases parecem ter caído no esquecimento, como a do "Come Taste the Band" (1975), o único com Tommy Bolin na guitarra; e o "Slaves and Masters (1990), o único com Joe Lynn Turner no vocal.
Joe Lynn Turner além de já ter tocado com Ritchie Blackmore no Rainbow de 1980 a 84, ainda tinha no currículo uma passagem pela banda de Yngwie Malmsteen de 1987 a 89. Contratado pelo Deep Purple em 1989 para substituir Ian Gillan, conforme publicado pela Ultimate Classic Rock, ele contou como foi sua entrada e sua saída da banda.
"Fui chamado de última hora" disse ele em entrevista para a BraveWords, "porque o road manager Colin Hart me ligou e perguntou 'Topa vir fazer um teste [para o Deep Purple]? E eu respondi 'Tenho que fazer teste?'"
"Então dirigi até lá, e lá estavam eles, em uma velha e abandonada estação de ski, na parte do bar, fedendo a cigarro e cerveja. Assim que eu entrei, [Ritchie] Blackmore começou a tocar, e eu fui para o microfone. Aí então Jon Lord, que Deus o tenha, começou a fazer alguma coisa, e aquilo se tornou 'The Cut Runs Deep', bem ali mesmo. Depois da jam eles olharam um para o outro e disseram 'Esse é o cara!' E foi assim que aconteceu."
O vocalista observou que na época tinha propostas de outras bandas, como The Foreigner and Bad Company, mas "eu insisti 'Quero entrar para o Purple!' e foi o que fiz. Nunca olhei para trás, e não me arrependi por um único minuto."
A passagem de Turner pelo Deep Purple chegou ao fim em 1992, no começo da produção do novo álbum, "The Battle Rages On…" (1993). Ao ser questionado se ficou desapontado com aquilo, ele confessou que sim.
"Sim, tenho que dizer que foi uma decepção, mas eu sabia que ia acontecer. Eu sabia por que estava acontecendo. Eu sabia que eles conseguiram um contrato enorme com a BMG para colocar Gillan de volta na banda. Não se deixa passar alguns milhões de dólares assim, então eles ficaram, tipo, 'Foi mal, Joe'."
"Todo mundo gostava de dizer 'Joe foi demitido', mas a verdade é que eu não fui. Eu disse: 'Vou sair de cena para que o Purple possa surgir de novo'. Porque eu sempre amei o Purple." Reconhecendo que "Slaves and Masters" não é exatamente um dos discos preferidos dos fãs, ele defendeu o trabalho dizendo que "levamos muita porrada por causa daquele álbum, mas, se você prestar atenção nele… até que é bem legal!", concluiu.
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