Bon Scott em 1977: "Bandas europeias não tocam rock"
Por André Garcia
Postado em 25 de dezembro de 2022
Em acensão nos Estados Unidos, no final de 1977, o AC/DC já era considerado um nome de peso na Europa, especialmente na Inglaterra.
Em passagem por Londres, o vocalista Bon Scott gravou uma entrevista para o programa musical australiano Countdown — um dos grandes apoiadores da banda em sua terra natal desde o começo de sua trajetória. A entrevista foi ao ar no dia primeiro de novembro, e, entre outras coisas, o frontman foi questionado sobre o público europeu da época.
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Countdown: Vocês são bem grandes na Europa. Você pode falar um pouco sobre o mercado europeu, no que se refere ao AC/DC?
Bon Scott: O mercado europeu é meio estranho, tem muitos malucos por aí, agora tem essa coisa de ser ou não punk. Bandas europeias não tocam rock — e quando tocam, não tocam bem, sabe? O único rock que eles recebem é o que vem da Inglaterra, América e, agora, da Austrália.
Countdown: Vamos colocar que há quatro grandes mercados: o dos Estados Unidos (onde vocês estão para fazer uma extensiva turnê), Europa, Inglaterra e Austrália. A banda muda de um mercado para outro, ou mantém a mesma abordagem?
Bon Scott: É exatamente a mesma coisa. Para que mudar? Nós somos o que nós somos. Não vamos mudar para agradar a ninguém. Se botar todo mundo junto numa sala, eu não saberia distinguir um do outro. Acho que [o público] é a mesma coisa no mundo todo.
AC/DC
O AC/DC foi formado no começo dos anos 70 na Austrália pelos fanáticos por rock e blues irmãos Young — Angus e Malcolm formavam a dupla de guitarra, enquanto George, o mais velho, fazia papel de produtor e mentor. Com a entrada do icônico e carismático vocalista Bon Scott, a banda gravou seus primeiros álbuns, soberbas demonstrações de rock pauleira e sem frescuras.
Após anos de ralação emendando turnês e gravações sem parar, a banda iniciou sua ascensão internacional com "Let There Be Rock" (1977), chegando ao mainstream com "Highway to Hell" (1979). Por outro lado, recebeu um baque enorme com a trágica e inesperada morte de Bon Scott, superada em grande estilo com "Back in Black" (1980). Estreia de Brian Johnson no vocal, o sucesso foi tanto que o álbum está entre os mais vendidos de todos os tempos com dezenas de milhões de cópias vendidas.
Com o passar do tempo, a banda se manteve na primeira prateleira do rock com constantes lançamentos e turnês. O legado que construiu, até hoje é mencionado por quase tudo que é banda de rock pesado e heavy metal como uma das principais influências. Nos últimos anos sofreu duas grandes baixas entre 2016 a 2018 que colocaram a banda em cheque: a morte de Malcolm Young e o afastamento de Brian Johnson, substituído temporariamente por Axl Rose.
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