Tim Owens comenta o trabalho mais recente do Judas Priest e o KK's Priest
Por André Garcia
Postado em 13 de fevereiro de 2023
Não dá para falar no Judas Priest sem pensar em seu icônico frontman Rob Halford. No entanto, de 1996 a 2003, enquanto o vocalista saiu em carreira solo, a missão impossível de o substituir coube a Tim "The Ripper" Owens. Nesse período, foram lançados "Jugulator" (1997) e "Demolition" (2001).
Em recente entrevista para a Metal Sucks, Tim Owens comentou o trabalho mais recente do Judas Priest, bem como o trabalho do K. K. Downing — garantindo não haver rivalidade.
Metal Sucks: Você esperava que o primeiro álbum do KK's Priest tivesse uma receptividade tão boa?
Tim Owens: De certa forma, sim. Por ele ter sido do [Judas] Priest, claro, tudo que ele faz sempre será comparado àquilo. K. K. compôs músicas para o Judas Priest por 40 anos! E, sim, as músicas novas dele soarão assim também, o que tende a agradar a quem curte isso. Não que seja algo ruim: é como K. K. escreve, ele não está tentando reinventar a roda, ele escreve como ele mesmo.
Então quando alguém diz "Isso soa como Judas Priest", eu fico, tipo "Se não soasse como, seria maluquice; e, agora que soa como, é uma maluquice" Você perde de um jeito ou de outro. Eu sabia que seria bem recebido, porque era exatamente o que deveria ter sido. Não estava tentando soar como outra coisa. Aquilo é exatamente o que o KK's Priest é, não importa o que digam.
MS: Como você compara a música do KK's Priest com o trabalho mais recente do Judas Priest?
TO: Ah, eu acho o último disco do Judas Priest ["Firepower" (2018)] fantástico. Muitos disseram que, musicalmente, não soava como Judas Priest, mas, felizmente, é uma banda que muda todo disco mesmo. Estão sempre mexendo em seu estilo de um jeito empolgante, então sempre soam um pouco diferente. Eu adoro o que o Priest está fazendo, e amo o que nós estamos fazendo. É tudo metal, ambas as bandas têm espaço para fazer o que bem entenderem. As pessoas inventam que há uma rivalidade, mas não há.
MS: Você se arrepende de alguma coisa em sua passagem pelo Judas Priest?
TO: Eu não me arrependo. Inclusive gostaria que tivesse durado mais, aconteceu no momento perfeito da minha vida. Não me arrependo de nada, do "Jugulator" ou de qualquer coisa que aconteceu quando eu estava no Priest. Relembro meus anos no Judas Priest como alguns dos melhores momentos da minha vida e, repito, nos dávamos muito bem. Tudo aquilo foi ótimo.
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