Humberto Gessinger comenta o que havia de legal nos anos 80 que fez surgir tantas bandas boas
Por Bruce William
Postado em 11 de março de 2023
Os anos 80 foram um período de grande efervescência cultural no Brasil, e isso se refletiu na música também. Existem várias razões pelas quais tantas bandas de rock surgiram naquele período.
Engenheiros Do Hawaii - + Novidades
Uma das principais razões foi o contexto político e social do país na época. Os anos 80 foram marcados pelo fim da ditadura militar no Brasil, e a redemocratização trouxe uma série de mudanças importantes na sociedade. Com mais liberdade de expressão e uma maior abertura cultural, muitas bandas tiveram a oportunidade de se expressar e se tornar mais conhecidas.
Outra razão foi o surgimento de novas tecnologias, como os sintetizadores e as baterias eletrônicas, que permitiram aos músicos explorar novos sons e possibilidades. Isso ajudou a criar um som característico da década, que misturava elementos do rock, pop, eletrônica e funk.
Além disso, a indústria fonográfica estava em um momento de expansão, o que possibilitou que muitas bandas conseguissem gravar e lançar seus álbuns. A chegada da MTV ao Brasil também foi um fator importante, pois permitiu que as bandas tivessem mais visibilidade e alcançassem um público maior.
Por fim, vale destacar que muitas bandas dos anos 80 foram influenciadas pelo rock internacional da época, como a new wave, punk rock e pós-punk, e isso se refletiu na sonoridade das bandas brasileiras.
Todas essas razões contribuíram para o surgimento de muitas bandas boas de rock no Brasil nos anos 80, que até hoje são lembradas como um marco importante na história da música brasileira.
E em conversa com o ATL Pop, Humberto Gessinger comentou o que havia de tão legal nos anos 80 que fez com que surgissem tantas bandas boas.
"Às vezes fico pensando… Será que foi uma concentração de gente de talento? Acho que o que talvez aconteça hoje é que nós tenhamos ficado mais preguiçosos como ouvintes, menos generosos, muito pragmáticos e não damos chances da gurizada desafinar nas primeiras músicas autorais deles. Já queremos o refrão antes da introdução. A nossa geração correu muitos riscos. Todo mundo tinha algo de 'foda-se', sem prestar muita atenção em querer fazer as coisas certas. Hoje em dia vejo a molecada muito pragmática. Isso ao invés de facilitar, tá prejudicando o caminho deles. A gente tinha vergonha de ser parecido com outra banda. Hoje em dia os caras tem orgulho de dizer: Minha banda é parecida com isso, com aquilo… Caralho! Mas.. De fato, essa geração dos 80 construiu um repertório muito interessante, além do que a estrada passou a ser uma coisa importante, fazendo surgir um ambiente ao redor".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
O guitarrista do rock nacional que é vidrado no Steve Howe: "Ele é medalha de ouro"
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
10 guitarristas impossíveis de serem copiados, conforme o Metal Injection
A "guerra musical" dentro do Guns N' Roses que fez a banda se desmanchar
Glenn Hughes passa mal e precisa encerrar show mais cedo em Belo Horizonte
Esposa e filho homenageiam David Coverdale após anúncio de aposentadoria
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
Megadeth lança "I Don't Care", faixa de seu próximo - e último - disco de estúdio
O clássico do metal oitentista inspirado em Toto, desastre do Titanic e Monsters of Rock
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
As duas músicas que Bruce Dickinson usa para explicar o que é rock and roll
A pior faixa do controverso "St. Anger", segundo o Heavy Consequence
Sharon Osbourne revela o valor real arrecadado pelo Back to the Beginning

A piada de Humberto Gessinger sobre Porto Alegre que muitos acharam bairrista
A expressão artística que Humberto Gessinger acha covardia: "Não tenho paciência"
A comparação entre Renato Russo e Humberto Gessinger na visão de Carlos Maltz


