O premiado jornalista político que não consegue se livrar do Pink Floyd e o Mago de Oz
Por Bruce William
Postado em 09 de abril de 2023
Saiu no Ultimate Classic Rock: Charlie Savage, o primeiro jornalista a escrever publicamente sobre o fenômeno "Dark Side of the Rainbow", diz que nunca escapará do seu legado, mesmo tendo se tornado um repórter político vencedor do Prêmio Pulitzer.
Charlie contou que quando entrou na faculdade em 1994, teve acesso à internet pela primeira vez e, dentre as coisas que descobriu, estava a Usenet, um sistema de quadro de mensagens baseado em texto. "Tinha grupos para várias bandas que eu gostava, e alt.music.pink-floyd era um grupo especialmente interessante para o qual eu sempre retornava".
E foi ali que ele viu pela primeira vez a história do "Dark Side of the Rainbow". "Alguém disse que se você assistisse 'O Mágico de Oz' com o som desligado e tocasse 'The Dark Side of the Moon' isso se sincronizaria de maneiras interessantes. Aluguei uma fita VHS do filme e junto com colegas de classe fomos testar. Todos nós fizemos observações sobre várias sobreposições líricas com as imagens enquanto as encontrávamos. Então o álbum acabou e foi isso. Foi uma maneira muito universitária de passar 45 minutos em uma noite aleatória".
Daí, no ano seguinte, enquanto fazia estágio no The Journal Gazette, Savage propôs a ideia da matéria ao seu editor, que sempre estava procurando por histórias incomuns. "Eu me diverti com o artigo, inserindo muitas referências às letras do Floyd, e mais tarde publiquei uma cópia em um rudimentar site pessoal. Aquele artigo se transformou na página original da web sobre o assunto".
Em sua carreira como jornalista, Savage se especializou em matérias sobre questões de segurança nacional envolvendo questões constitucionais, altos escalões do governo, militares e coisas desse nível, tendo sido premiado com um prêmio Pulitzer por uma investigação jornalística sobre questões técnicas envolvendo o então presidente Bush. "Aquele meu artigo está referendado no WikiPedia", diz o jornalista, resignado em saber que o texto que escreveu quando tinha 19 anos vai segui-lo pelo resto da vida, apesar de todo o seu trabalho posterior.
Ao longo dos anos, os integrantes do Pink Floyd vêm negando que houvesse algo planejado neste sentido. O mais recente foi Roger Waters, que confessou achar o fenômeno divertido mas insistiu que não tem nada a ver com isso: "Pode ser que funcione se você fizer o que eles dizem, mas não tem nada a ver conosco. Nenhum de nós. Não foi nada planejado por qualquer pessoa do Pink Floyd".
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