O que fez Felipe Andreoli "não dar bola" e quase perder a chance de entrar no Angra
Por Emanuel Seagal
Postado em 03 de abril de 2023
O baixista Felipe Andreoli participou do podcast "Prática na Prática", apresentado por Jean Dolabella (Ego Kill Talent, ex-Sepultura), onde falou sobre o início da sua carreira, sua entrada no Angra, e como equilibrou a prudência com o sonho de ser músico profissional.
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Quando o Angra perdeu o trio Andre Matos, Ricardo Confessori e Luis Mariutti, vagas abriram para um dos maiores nomes do metal nacional, um sonho de muitos músicos, mas nem tanto para Felipe Andreoli, que embora tivesse alguma proximidade com os músicos, devido ao estúdio do Thiago Bianchi e por ter frequentado a instituição de ensino musical Souza Lima, não parecia muito interessado. "Foi engraçado, já estavam rolando essas audições pro Angra, e o pessoal mandando material, e eu estava escutando aquilo, até porque estava lá, frequentando o estúdio Contato (do Thiago Bianchi), onde o pessoal do Angra ensaiava, e eu ouvia os papos, e aí fiquei sabendo que o Aquiles (Priester), que tocava comigo com o Paul Di'Anno, estava pra entrar no Angra e estava mandando material, mas eu estava tão engajado no Karma, eu gostava tanto daquilo, que eu meio que não dei bola pro lance do Angra, não sei nem se eu me sentia pronto, sei lá", afirmou.
O seu futuro colega no Angra, o baterista Aquiles Priester, o pressionou para tentar a vaga de baixista, mas sem muito sucesso. "Eu nem sabia o que mandar pros caras, e não dei muita bola, não pensei muito no assunto, mas eu tinha muitos amigos em comum, com o Kiko e o Rafael especialmente, que na época eram os que tinham ficado na banda, e vários caras falaram de mim pra eles. O Aquiles falou, o Thiago Bianchi, do estúdio, falou. Os caras que tocavam jazz com o Kiko, ele estava estudando jazz com o pessoal que também era do Souza Lima, e os caras também falaram de mim, e o próprio pessoal lá de dentro do Souza Lima, até que um belo dia o Kiko me ligou e falou: 'Pô, e aí, não sei se você tá sabendo que o Angra tá precisando de baixista, e queria sabe ser você não tá afim de bater um papo'", disse.
Essa não era a primeira vez que a chance de entrar no Angra ocorreu, pois um dia o guitarrista Rafael Bittencourt o abordou nos corredores do Souza Lima, como Felipe relembrou: "Ele falou assim: 'Você toca as músicas do Angra?' Eu falei: 'Pô, eu conheço as músicas do Angra e tal, mas nunca toquei.' Ele: 'Mas você consegue tocar, aquela parte do final da 'Time' você consegue tocar aquilo?' Eu falei: 'Aquele solinho de baixo?', ele falou: 'Não, uma outra parte', e eu: 'Nem sei do que você tá falando', e passou. Eu estava tão viajando, em outra, que eu nem me liguei muito."
Felipe tinha o CD "Angels Cry" do Angra, mas nunca havia tocado as músicas da banda, e tinha menos de 24 horas para se preparar. "Eu fui aprender, coloquei o disco, e a primeira música era 'Carry On', que é uma música em 168 bpm. Eu comecei a tocar aquilo ali, deu 30 segundos e eu já estava com o braço doendo, travado, e falei 'Rapaz, amanhã vai ser ruim o negócio'." Apesar da dificuldade, ao chegar no dia seguinte na casa do Kiko Loureiro, ele descobriu que ambos tinham gostos em comum, fizeram uma jam juntos e eventualmente o convite para entrar no Angra chegou.
Clique no player abaixo para conferir o bate-papo completo.
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