Como Rafael Bittencourt agiria hoje em dia com produtor que expulsou baterista do Angra?
Por Gustavo Maiato
Postado em 11 de julho de 2023
O baterista Marcos Antunes foi retirado do Angra nas gravações do "Angels Cry" após o produtor alemão Charlie Bauerfeind perceber que ele não conseguiria gravar a tempo suas partes para o disco.
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Em entrevista ao Ibagenscast, Rafael Bittencourt foi perguntado como ele agiria naquela situação com a cabeça de hoje mais madura. Em sua resposta, o guitarrista deixou claro que realmente existe um cronograma a ser seguido e que isso é um "senso de realidade".
"Bom, eu tinha expectativas elevadas com o disco por ter feito faculdade de música, tanto em composição quanto em regência. Essa ambição pode ser vista como soberba, mas eu a encaro como autoconfiança. Tenho uma boa habilidade de gravação e estudo bastante para me aprimorar nisso. Na verdade, eu já sabia que meu trabalho seria lançado no Japão, então estava confiante.
No entanto, quando cheguei lá, o produtor me disse que estávamos com pouco tempo e que tínhamos um cronograma apertado para a gravação. Para minha surpresa, o baterista não conseguiria gravar dentro desse cronograma. Foi um choque para mim perceber que o cronograma era mais importante do que o próprio músico.
Afinal, somos uma banda, éramos parceiros desde o início. Mas o produtor deixou claro que, quando voltássemos ao Brasil, poderíamos continuar com a parceria, desde que não interferisse no cronograma. Para ele, o compromisso de entregar no prazo era primordial, e ele estava disposto a chamar outro baterista se necessário.
Essa situação pode acontecer novamente hoje em dia, mas a diferença é que eu agiria com autoridade e firmeza. Eu diria que faz todo sentido seguir o cronograma, pois agora tenho mais conhecimento do mercado e sei como as coisas funcionam.
Se eu estivesse produzindo uma banda e enfrentasse uma situação semelhante, teria que interromper a gravação, abortar o projeto ou chamar outro músico que pudesse seguir o cronograma. Não estaria disposto a negociar, porque é assim que funciona.
Entendo que o ego do artista pode ser ferido quando se depara com a realidade cruel de que o cronograma é mais importante do que suas próprias limitações. Mas é importante ter um senso de realidade e entender que, no estúdio, o cronograma se sobrepõe a tudo mais. Ter essa percepção mostra maturidade como artista, em vez de acreditar que é o único capaz de mudar o mundo".
Ainda sobre Marcos Antunes, Anderson Bellini, diretor do documentário sobre Andre Matos, explicou seu ponto de vista sobre o assunto em entrevista ao mesmo canal e reportada aqui no Whiplash.Net.
"É bem delicado isso. Lembro dessa época. O Marco Antunes voltou muito machucado. Você tem lá seus 20 anos. O Marco era tão importante no Angra quanto o Andre Matos, Rafael Bittencourt ou André Bastos. O Angra eram eles quatro. Os ensaios eram na casa do Marco. Nesse embrião era isso aí.
Depois, surgiu o Kiko Loureiro e tal. Eles iam atrás de tudo para a banda, batalhavam por isso. O Luis Mariutti e o Kiko Loureiro eram o baixista e o guitarrista, respectivamente. Era diferente. Nessa ocasião, o Marco não era um cara qualquer que foi para a Alemanha e não conseguiu gravar o disco. Era a banda dele! Ele chegou lá e foi demitido, impedido de gravar. Eu sofro muito por ansiedade, imagina isso. Eu estou contando os dias para lançar o documentário no Summer Breeze. Imagina eles ligarem um dia antes e falarem que não ia rolar mais. O Angra estava contando os dias para ir para a Alemanha e foi tesourado por um cara que nunca ouviu a banda. Um cara que apareceu do nada e cortou seu trabalho.
Aí, mandaram ele de volta ao Brasil. Ele voltou machucado. Ele talvez tenha falado coisas com raiva ou tentou processar. Alguma coisa deve ter rolado e eles nunca sentaram para conversar. Ele ficou sabendo que estavam testando outro baterista e ele tinha sido demitido. A história é que deram uma chance para ele estudar. Eu já não sei se ele disse que não queria mais ou se a chance rolou. Cada um fala sua versão no filme".
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