Qual foi o festival de música mais lucrativo de todos os tempos, segundo o Guinness
Por Gustavo Maiato
Postado em 28 de outubro de 2023
Desde os dias do movimento hippie e do lendário festival Woodstock, os festivais de música se tornaram uma parte fundamental da cultura popular. Desde então, muitos eventos musicais grandiosos surgiram em todo o mundo, com alguns dos mais proeminentes sendo o Glastonbury, o Coachella e o Burning Man. Como é bem documentado, esses festivais não são verdadeiros gigantes econômicos. O Coachella, por exemplo, gera somas incríveis de dinheiro anualmente.
Isso fica evidente quando observamos o impacto econômico do Coachella em 2023. Estima-se que o festival tenha gerado mais de US$ 1,5 bilhão para a economia local, grande parte desse valor proveniente das vendas de ingressos, merchandising e patrocínios. A edição deste ano atraiu mais de 500.000 fãs ao longo de seus dois fins de semana, com uma média diária de cerca de 60.000 pessoas, o que representou o dobro do público do ano anterior.
No entanto, o Coachella de 2023 não foi o festival mais lucrativo de todos os tempos. Curiosamente, o conceituado Guinness World Records lista em seu site que o título de festival mais rentável pertence ao Outside Lands Music & Arts Festival de 2019, realizado no Golden Gate Park, em São Francisco, que arrecadou US$ 29.634.734 (£24.624.200) após vender 205.500 ingressos com preços a partir de US$ 155 (£120). O evento teve como atrações principais Paul Simon, Childish Gambino e Twenty One Pilots, além de nomes de peso como Blink-182, Counting Crows, Hozier, Kygo, Lil Wayne, The Lumineers, Kacey Musgraves e Bebe Rexha.
No entanto, parece que essa informação não é precisa. Outras fontes relatam que o festival de música mais lucrativo de todos os tempos foi o Desert Trip de 2016. Um festival de música de seis dias realizado nos dias 7-9 e 14-16 de outubro daquele ano no Empire Polo Club, em Indio, Califórnia.
O lineup contou com ícones culturais como The Rolling Stones, Bob Dylan, Paul McCartney, Neil Young, Roger Waters e The Who. Ficou famoso por uma apresentação em que The Rolling Stones interpretaram a clássica canção "Come Together" de seus antigos amigos, os Beatles. Irônica e sarcasticamente, o festival recebeu o apelido de "Oldchella" quando seu lineup de dois shows por noite foi anunciado na mesma época que o Coachella, um festival igualmente organizado pela Goldenvoice.
Refletindo o quão lucrativo o Desert Trip foi, seu lineup de estrelas ajudou a esgotar os ingressos em questão de horas, gerando uma receita de US$ 160 milhões antes mesmo de começar devido aos estimados 75.000 participantes. Uma experiência cara, um passe geral para o fim de semana custava US$ 399, com ingressos exclusivos na área próxima ao palco sendo vendidos por impressionantes US$ 1.599. Em média, estimava-se que os fãs gastariam mais de US$ 1.000 cada um.
De acordo com matéria da Far Out, o CEO da Goldenvoice e organizador do evento, Paul Tollett, declarou ao The New York Times: "Acabou sendo o show mais lucrativo de longe. Superou o segundo colocado, que é o Coachella, por muito. A receita foi de aproximadamente US$ 160 milhões para os dois fins de semana."
"Isso é algo único e sem precedentes", continuou ele. "Não é realmente um festival, é um concerto, com duas bandas se apresentando por dia. Eu simplesmente achei que essas seis bandas deveriam tocar juntas. Nunca foi feito antes."
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