Regis Tadeu e a verdade sobre os últimos dias de Kurt Cobain
Por Bruce William
Postado em 14 de abril de 2024
O jornalista e crítico musical Regis Tadeu publicou um vídeo falando sobre Kurt Cobain, com foco na trágica morte do músico que aconteceu há 30 anos, no que foi um dos acontecimentos mais marcantes da história do Rock.
"Neste vídeo aqui eu vou falar a respeito dos últimos dias dele, de como o Kurt Cobain se tornou um ícone angustiado ainda em vida e como ele sucumbiu ao peso dos seus demônios interiores, em que a fama e o sucesso deixaram nele tanta dor a ponto dele ter feito o que ele fez", diz Regis, logo no começo, passando a falar em seguida das controvérsias sobre a morte de Kurt, criticando a visão romantizada que se tem sobre seus últimos dias de vida, que Regis diz serem idealizados como se fosse uma espécie de calvário religioso, como se as drogas fossem elementos romantizados de uma maneira poética.
Regis passa então pouco mais de dez minutos descrevendo, em detalhes, os acontecimentos que precederam o suicídio de Kurt, incluindo o que se sabe sobre a cena da tragédia em si, e por fim conclui: "Muita gente tentou romantizar essa tragédia, mas a verdade é que o Kurt não foi apenas uma vítima das suas próprias circunstâncias, vamos dizer assim, mas também ele foi vítima de um sistema que devora as suas estrelas", diz Regis, comentando em seguida: "É uma prova da fascinação mórbida esta patuléia popular tem com a autodestruição de seus próprios ídolos".
Depois de comentar trechos da carta de despedida que Kurt deixou ao morrer, Regis explica: "Na verdade, o Kurt Cobain morreu porque ele não estava consciente da depressão que ele tinha desde os sete anos de idade, que nunca foi diagnosticada, nunca foi tratada. E essa depressão foi sim rentabilizada, como uma apatia vital crônica que acabou devolvendo pro rock da época uma visceralidade que tinha desaparecido com aquelas bandas posers horrorosas".
"Só que essa visceralidade, essa raiva, ela depois foi absorvida pelo próprio sistema, quando a moda passou a ter uma tal de estética grunge nas roupas das grifes mais famosas(...) essa autodestruição do Kurt Cobain não era uma pose, não era uma imagem de marca, era uma aflição, um desespero real de alguém que estava doente mentalmente, fisicamente e espiritualmente", diz Regis no contundente vídeo, que pode ser visto no player abaixo.
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