Regis Tadeu lista as três melhores músicas da Legião Urbana
Por Bruce William
Postado em 25 de agosto de 2024
Quem acompanha minimamente o jornalista e crítico musical Regis Tadeu sabe que ele sempre fez ressalvas à Legião Urbana, uma das bandas mais queridas do público em geral das bandas de Rock que se consolidaram nos anos oitenta aqui no Brasil, e que por esse motivo geralmente são chamadas de BRock: "Na época em que o Legião Urbana lançou o álbum que leva o nome da banda, não causou nenhum impacto profundo em mim. Causou em milhões de fãs, alguns dos mais chatos da história da música brasileira. O fã de Legião é tão chato quanto o fã de Raul Seixas ou Dream Theater. Impressionante. Na época, quando ouvi a sensação foi de dar muitas risadas. Era uma banda de Brasília que se julgava punk, cantavam músicas razoáveis, mas com um timbre de voz parecido com o Jerry Adriani", disse Regis em um vídeo onde ele tece inúmeras críticas à banda.
Em outra parte do vídeo, Regis comenta: "Minhas impressões iniciais não mudaram ao longo dos anos. Eles continuavam arrebanhando uma imensa legião de fãs histéricos e insuportáveis. Ao contrário dos Paralamas do Sucesso, que expandiram seus horizontes musicais, Renato Russo e seus colegas permaneceram fincados nas raízes folk pós-punk, se tornando cada vez mais dependentes das letras do Renato. Depois do lançamento de 'Legião Urbana' nós soubemos que existia um rock de Brasília, que era um amontoado de pretensos punks".
Pode parecer que Regis tem apenas críticas ao trabalho da Legião, mas ele enxerga alguns pontos positivos, e inclusive confessa que mantém os discos do grupo em seu acervo, apesar das ressalvas: "Esse disco foi uma espécie de grito musical que abordou de um modo poético acima da média o que estava de errado no pensamento social mediano, na angústia daquele labirinto existencial que tinha (...) Ok, o disco não se trata de entretenimento puro, existe uma profundidade nele, e isso é perceptível sim 40 anos depois do seu lançamento original. E é por isso que mantenho esses discos, não só este, como os outros discos da Legião Urbana, para poder conversar a respeito deles com vocês".
O único integrante da Legião Urbana que Regis Tadeu considera um "bom músico"
Há um integrante da Legião que Regis considera um bom músico, conforme ele revelou durante participação no podcast Inteligência Ltda.
Para ele, a banda tinha um predicado que compensava o que ele considerava como sendo "precariedade técnica" dos músicos da Legião Urbana: "Agora, o Marcelo Bonfá e o Dado Villa-Lobos, como instrumentistas, são fraquíssimos. O grande apelo da Legião eram as letras e as melodias. Tinha uma coisa legal, que vejo em pouca gente, que mesmo se você não gostar, fica com ela na cabeça", conclui o crítico musical.
E em um corte de Live realizada no seu canal oficial no YouTube, um internauta pede para Regis, por gentileza, citar três canções da Legião Urbana que ele considera "boas" ou ao menos "razoáveis". Depois de pensar por alguns longos segundos com ar enfadonho, Regis responde, deixando claro que ele considera as músicas a serem citadas como "razoáveis" e curiosamente elegendo três faixas do mesmo álbum, o "Dois", lançado em 1986: "Eu diria que... 'Tempo Perdido', 'Andrea Doria' e 'Daniel na Cova dos Leões'. São canções razoáveis".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps