A ótima formação do Megadeth que gravou apenas um disco de estúdio
Por Mateus Ribeiro
Postado em 31 de julho de 2024
Qualquer pessoa minimamente familiarizada com a história do Heavy Metal, sabe que a banda de Thrash Metal Megadeth é conhecida não apenas pelo seu som pesado, rápido e técnico, mas também pela constante troca de integrantes. Desde o início dos anos 1980, quando o guitarrista/vocalista Dave Mustaine fundou o Megadeth (após ser expulso do Metallica), cerca de 15 músicos diferentes passaram pelo grupo.
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Estabilidade que durou uma década
Apesar de todas as trocas de integrantes, o Megadeth passou por um período de estabilidade entre o final dos anos 1980 e o fim da década de 1990. Durante o período em questão, o Megadeth contou com os serviços de Dave Mustaine (guitarra/vocal), Marty Friedman (guitarra), David Ellefson (baixo) e Nick Menza (bateria).
O talentoso time escalado no parágrafo anterior é conhecido como a formação clássica do Megadeth, e gravou discos emblemáticos, com destaque para "Rust In Peace" e "Countdown To Extinction", lançados respectivamente em setembro de 1990 e julho de 1992.
O time que poderia decolar, mas não vingou
A formação clássica do Megadeth se desfez em 1998, com a saída de Nick Menza. O baterista foi substituído pelo experiente Jimmy DeGrasso, que antes de se juntar ao Megadeth, havia tocado com Alice Cooper, Y&T e Suicidal Tendencies.
Em 2000, foi a vez de Marty Friedman deixar o Megadeth. O icônico guitarrista saiu da banda durante a turnê de divulgação do álbum "Risk" (1999) e cedeu lugar ao veterano Al Pitrelli, músico que fez parte do Savatage na década de 1990.
O Megadeth entrou nos anos 2000 com um time de respeito, que além de técnica, tinha muitos anos de experiência. Apesar das ótimas credenciais, Dave Mustaine, Al Pitrelli, David Ellefson e Jimmy DeGrasso permaneceram por apenas dois anos. O quarteto foi desfeito em abril de 2002, quando Mustaine decidiu encerrar as atividades do Megadeth e demitir todo mundo (inclusive ele mesmo).
"The World Needs A Hero" é o único registro de estúdio gravado pela formação citada algumas linhas acima. Nono álbum do Megadeth e sucessor do controverso "Risk", "The World Needs A Hero" é um bom trabalho, que infelizmente não engrenou, tanto que Mustaine "fechou" o Megadeth um ano depois que o disco foi lançado. A faixa-título, "Disconnect", "Dread And The Fugitive Mind", "1000 Times Goodbye", a balada triste/quase cafona "Promises" e "Return To Hangar" são os destaques do álbum, que poderia ser a despedida do Megadeth.
Além do "esquecido" "The World Needs A Hero", Mustaine, Pitrelli, Ellefson e DeGrasso gravaram o ao vivo "Rude Awakening", que conta com grandes clássicos do Megadeth, como "Peace Sells", "Holy Wars…The Punishment Due", "A Tout Le Monde" e "Angry Again". Um dos pontos altos de "Rude Awakening" é a performance inesquecível de "She-Wolf", que pode ser vista aqui.
Mustaine odiava os seus parceiros
Quando decidiu acabar com o Megadeth, Mustaine alegou que estava com uma lesão em seu braço esquerdo. Embora não tenha citado o relacionamento com seus ex-companheiros de banda no comunicado oficial, Mustaine aparentemente não estava muito feliz com seus parceiros de trabalho, como mostra matéria publicada na edição 72 da revista Classic Rock.
"Eu odiava ficar perto de todos os caras [da banda] e comecei a usar drogas novamente. Eles se aproximavam de mim no palco e eu simplesmente virava as costas. Para eles, tudo girava em torno do dinheiro; eu era o único que dava autógrafos e ficava com os fãs. Era como ser um mórmon e ter três p*tas como esposa", relatou o chefão do Megadeth, que reativou o quarteto em 2004 (e se livrou das drogas).
"The World Needs A Hero", único álbum do Megadeth gravado pela formação que é o tema desta nota, foi lançado em maio de 2001. Para conferir uma breve resenha do disco, acesse o link a seguir.
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