Ex-Pink Floyd diz que seria "fascinante" usar inteligência artificial em músicas novas
Por André Garcia
Postado em 29 de julho de 2024
Qual foi o principal membro do Pink Floyd? Os fãs se dividem: para alguns foi Roger Waters por suas letras e conceitos'para outros foi David Gilmour por seus solos épicos e belas melodias; há ainda os que considerem o visionário Syd Barrett por ter pavimentado o caminho para que a dupla brilhasse.
Muitos acabam se esquecendo do discreto baterista Nick Mason — o único membro a ter feito parte de todas as formações, turnês e álbuns da banda. Existiu Pink Floyd sem Waters, sem Gilmour e sem Barrett… mas sem Mason, não!
Hoje em dia ele contribui para manter o legado do Pink Floyd vivo liderando o Saucerful Of Secrets, exclusivamente dedicada a tocar os primeiros trabalhos da banda. Em recente entrevista para o The Mirror, ele surpreendeu seus fãs ao se mostrar aberto em utilizar inteligência artificial e avatarem para trazerem o gigante de volta à vida.
"Seria fascinante ver o que a inteligência artificial poderia fazer com música nova se você fizesse uma espécie de 'O que teria feito Pink Floyd?' Seria a IA criar um cenário onde David [Gilmour] e Roger [Waters] voltassem a ser amigos. Poderíamos ser como o ABBA quando terminássemos com isso."
Infelizmente, nem mesmo a mais avançada das inteligências artificiais é capaz de reconciliar esse dois…
ABBA Voyage é amplamente reconhecido como o que há de mais avançado em termos de espetáculo musical virtual. Nele, os membros da banda foram digitalizados e tiveram horas e mais horas de movimentos capturados — como se não bastasse, eles ainda foram rejuvenescidos para como eram no final dos anos 70 como avatares animados.
A turnê, que iniciou em 2022 e está prevista para ir até 2025, foi conferida de perto por nomes como Mick Jagger. Gene Simmons e Paul Stanley ficaram tão impressionados com o potencial daquilo que, ao decidirem se aposentar em carne e osso, já começaram a produzir seu próprio show digital com avatares.
Mas, voltando a Nick Mason, ele se demonstrou grato por ter sido parte de uma história tão bem-sucedida quanto a do Pink Floyd:
"Em uma carreira de 55 anos, a maior parte foi muito divertida. Fomos enormemente privilegiados de estar em uma banda de sucesso e fazer turnês pelo mundo e conviver com pessoas realmente interessantes. É uma oportunidade de ouro para conhecer todos os seus atletas e atores favoritos. A melhor de manter a banda ativa é nosso benefício. Faz sentido manter ela viva do que acabar com ela. Eu também gosto [do fato de o Pink Floyd não estar mais na ativa] porque quanto mais tempo passa, mais você pode olhar para isso com um brilho mais rosado [de nostalgia]."
Para a preocupação dos fãs mais conservadores, no último mês de abril David Gilmour à Uncut se mostrou aberto a fazer uma versão Pink Floyd do ABBA Voyage: "Se alguém viesse com todo o dinheiro e todas as ideias brilhantes — e depois que concordássemos com uma série de condições muito, muito difíceis e onerosas — eu diria: 'Sim, OK'."
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